Capítulo 5

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— Você não deveria ter vindo aqui. – declarei, assim que ele fechou e travou a porta. Depois que minha irmã saiu. Ele se virou para mim. E voltou a se aproximar da cama. Ele estava vestindo os mesmos trajes despojados de quando havia acordado.

— E como eu explicaria para sua irmã? Dizendo 'Vai lá você. Eu vou ficar aqui.' Ou 'Cuide dela você é sua irmã' ? – questionou ele, sentando na beirada do meu colchão. Levantei a cabeça do travesseiro. E o ajeitei na cabeceira. E então posicionei meu corpo para ficar sentada.

— Qualquer uma dessas duas. Eram perfeitas escolhas para você fazer. Mas não. Você preferiu vir aqui. Para que? Para me afrontar novamente? Para se esfregar com minha irmã na minha frente?

Ele passou as duas mãos pelos cabelos.
— Eu vim aqui para ver como você estava.

Cruzei meus braços.
— Eu estou bem não estou? – ele assentiu. — Então o que ainda faz aqui?

— Por que você não se acalma um pouquinho.

— Eu estou no meu quarto. Se está incomodado. Basta se retirar. A porta é logo ali. – apontei, enfurecida.

— Você fica tão linda quando está brava. – ele umedeceu os lábios. — E isso me deixa com uma vontade absurda de beijá-la até que me implore por mais e mais. – declarou ele, pegando-me de surpresa por suas palavras calientes. Senti uma leve umidade na região escondida entre minhas pernas. 

— Céus... Você é louco. – joguei meus braços, exasperada.

— Louco por você. – completou ele.

Quê?
Meus olhos piscaram rápido.
— Louco de manicômio isso sim. – provoquei.

Ele sorriu.
— Se depender da loucura que eu estou imaginando fazer com você. Eu não me importo de ser preso numa camisa de forças.

Oh.
Minha pulsação enfraqueceu.
— Eu acho que essa conversa está passando dos limites.

— Porque?

— Você ainda tem coragem de me perguntar?

Ele se inclinou para frente. Sentando mais perto. Ergui as mãos na frente do meu peito.

— É melhor você se afastar. Minha irmã pode entrar no quarto a qualquer momento. – avisei, sentindo pavor e constrangimento se misturarem em meu rosto, ruborizado de vergonha.

Ele tão pouco me escutou e se aproximou mais ainda. Seus dedos percorreram minhas pernas. Por cima do lençol. Mas ainda assim já estava me provocando intensas cosquinhas. Expirei fundo, tentando controlar minha respiração entrecortada.

—  Pare. Jake. – não consegui evitar que um sorriso de excitante escapasse de meus lábios.

Ele começou a subir com sua mão para minhas coxas. Encostando levemente na minha pele que estava de fora. E um arrepio profundo percorreu meu corpo da cabeça aos pés.

— Pare com isso. – pedi, de novo.

Minhas pernas começaram a se inquietarem. E meu corpo todo parecia estar pegando fogo. A expressão em seu rosto era de puro divertimento. E eu podia imaginar que ele estava adorando a forma como meu corpo reagia aos seus estímulos. Ele era tão maluco por estar fazendo isso. E eu era mais ainda por estar gostando disso.

— Você é linda. Não sei como você ainda é solteira.

— Como você sabe que sou solteira? Eu posso muito bem ter um casinho na faculdade.

Ele sorriu, e seus dedos cravaram ainda mais em minha pele.
— Você tem? – perguntou, espreitando seus olhares na direção dos meus.

Expirei fundo, e revelei:
— Não tenho. Mas poderia ter. Quem sabe? Eu só... preciso encontrar o cara certo.

Estranho DesejoOnde histórias criam vida. Descubra agora