Owwaw

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Oawwwww!!!

- O minha santa mãe de deus!!! - esclamei

- kkkkk gostas? - perguntou-me Mari ( pergunta retorica só pode ) com um sorriso de orelha a orelha

- amei!!!!!! - ela riu-se de novo e disse

- tem casa de banho claset entrada para o quintal ( clarificou com uma voz engraçada fingindo-se de e mobiliária ), mas ainda falta um pormenor...devia já estar pronto mas as tintas atrasaram-se, devia estar pintado de azul oceânico, - quando pensava que não podia ficar melhor, adivinhem, ficou!!!! Wiiiiiii!!!!. Estava a comportar-me como uma verdadeira criançinha frente a uma loja de bonecas, mas desta vez tinha desculpa.

- Ainda melhor!!!!! - abraçei-a

- tem tudo o que uma miúda de 17anos, radical e 10% infantil, gosta - devia estar meio ofendida com o seu comentário mas não posso negar o que é verdade.

No entanto, apercebi-me de algo, que me deixo meio confusa

- mas vocês já sabiam que eu vinha para cá morar ? - o seu sorriso entsiasta converteu-se numa expressão de angústia desfarçada por preocupação, até finalmente decidir falar

- Não propriamente...-ela senta-se na beira da cama e eu faço o mesmo para ouvir a sua explicação escassamente reduzida - todos nós estamos nesta casa a viver como uma família, mas estamos aqui para ter uma vida "normal", em vez de viver apenas com o propósito de servir líderes e/ou homens ambiciosos e sedentos guerra e de domínio, que apenas nos querem pelas nossas capacidades especiais, mantendo-nos presos e encarserados, aumentando a cada dia a nossa raiva de modo a fazer-nos esquecer as nossas emoções até ficarmos aos seus comandos sem qualquer liberdade de expressão...- Mari desanima na parte final da explicação, o que me faz sentir pena, será que ela tinha passado por tudo isso, talvez, penso eu, para o descrever com tanta clareza.

- então isto é tipo uma casa de acolhimento para pessoas com capacidades especiais? - ela anuiu com a cabeça tal como eu havia feito á pouco

- exato! Mas quanto a ti a história já é diferente...Quando tu saiste e foste para o bosque Sevik perguntou ao pai - estanhei o facto de Mari se referir a Diego como "pai", mas não o demonstrei para não a interromper - porque razão ele te tinha trazido se eras apenas humana, e então ele respondeu " eu estou tão intrigado como vocês, mas quando a vi eu tive uma sensação estranha, foi como se ela me tivesse atingido e me fizesse sentir inferior. Ela não sentia medo de mim mesmo depois de todo aquele espetáculo, e a reacção dela fez-me..."
" isso é aquilo a que eu chamo medo!" interrompeu Sevik, mas por mais irritante que fosse ele tinha razão, o que o tornava mais irritante ainda! Diego ficou um bom tempo calado a tentar processar mentalmente, o facto de ter sido intimidado por uma rapariga humana, sem ofensa, até que em fim falo de novo " bem isso não é chamado para o assunto. Adrian quando tu me disseste que vias naquela rapariga algo que a tornava especial tinhas razão, e eu decidi perceber melhor e durante essas 5 semanas que estive fora eu estava a obeserva-la, a principio nada me espantou, mas uns dias depois de avaliar o seu comportamento percebi-te e avisei-vos então, o que estava a fazer e porque iria demorar a vir para casa precisava de criar algo que me desse vantagem para a levar, e quando o tal incidente aconteceu ocorreu-me a hipótese de que ela pudesse ser um...deles...porém, não era, mas de facto sim era especial e por isso a trouxe" Ninguém falou mais no assunto sabia-mos todos que era difícil para o pai criar uma família sem Isabel que...era a nossa mãe - bem já sabia porque estavam á minha espera e o que viam de especial em mim, mas a quem se referiam quando disseram "deles". Vi uma pequena lágrima sintilante escorrer pela sua face, mas mais nenhuma se seguiu a essa, eu compreendia a sua tristeza, senti compaixão por ela e consolei-a.

- sabes a morte não é uma paragem é apenas uma parte do precurso, ela não desapareceu, apenas chegou mais á frente...-

- ...e mesmo assim os mortos não estão assim tão longe, estão apenas do outro lado do muro - Ekto completa a minha frase com um sorriso doce e contagioso. Ele não se tinha esquecido! O que me surpreendeu...nunca ninguém tinha sido tão atensioso comigo.

Ele vem até nós, senta-se na berma da cama, e abraça-nos, reparo que Mari retribui o abraço, já eu, continuava no meio dos dois a sofocar, com a fofura, e também com o escesso de força

- owaww que fofos adoro abraços, mas sabem eu também adoro respirar por isso - eu sei eu sei...lá tinha que vir eu com o meu famoso sarcasmo hilariante não?. Mas para dizer a verdade até que gostei daquele momento por mais piegas e clichê que fosse. Eles desfizeram o abraço, encararam-me com os seus sorrisos famosos.

- que foi ? - perguntei enquanto ambos me encaram. Mas claro era uma pergunta retórica

- então...vão ficar ai a emcarar-me até eu ficar vermelha como um tomate ou querem mostrar-me o resto da casa?- e foi nesse momento que me apercebi de que eles não se riam para mim, riram-se um para o outro, nem me encaravam a mim, era ao outro, eu é que estava lá a mais...

- Ou se calhar eu vo ver sozinha o resto da casa e vocês ficam aqui a, conversar...- eu estava a ser completamente ignorada pelos dois, apesar de olharem para mim, eles certamente estavam a pensar um no outro ou pelo menos Ekto já que Mari estava com uma cara de "eu vou te matar por me teres deixado sozinha!!!" acompanhando os meus movimentos com o seu olhar matador que mais tarde eu iria acabar por conhecer muito bem, com as sobrancelhas arquiadas e um sorriso forçado, até por fim eu fechar a porta e os deixar a "conversar"

A new life (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora