Dou meia volta com um sorriso matreiro, pronta para explorar o resto da casa, porém, deparo-me com Adrian encarando-me seriamente. Sentia que estava chateado mas não percebia porquê.
- humm...está tudo bem contigo? ou...estás chateado ? - Bolas, só faço asneira, mas o que raio fui eu dizer ?!
- pensei que ias dormir - disse ele, continuando com a mesma expressão de constrangimento no seu rosto pálido.
- KKK e ia mas ao que parece estão ali 2 pessoas que precisam de "conversar" KKK, por isso vim dar uma volta à casa - tentei ter um pouco de graça numa tentativa de que ele se ri-se um pouco, mas sem sucesso.
- bem...a curiosidade matou o gato...tem cuidado com o que descobres - sussorrou ao meu ouvido de maneira sádica.
A sua voz era parecida com a de Ekto mas um pouco mais, melódica, embora também tivesse o seu lado grave e intimidante, era uma mistura entre o bem e o mal. A melodia doce representava o bem, se quisesse aconchegar alguém bastava abrir a boca e deixar essa melodia encantadora e apaixonada entoar pela sua garganta e sair num tom perfeitamente afinado e suave, porém se quisesse demonstrar severidade, e constrangimento, bastava controlar as suas cordas vocais deixando a melodia doce tornar-se grave e áspera intimidando o indivíduo que o desafiasse. Essa parte representava o mal.Continuei a caminhar pelo corredor dentro até me deparar com mais uma porta. Abro e vejo um quarto do mesmo feitio que o meu mas com mais personalidade, também tinha casa de banho, closet e varanda com vista para o quintal. Por cima da cama estava um monte de fotos e colagens, tudo de Paris, escassamente iluminadas por pequenas luzes de natal. Certamente seria o quarto de Mari, tudo nele descreve a personalidade da mesma, as paredes azuladas, os recortes, etc...
Continuo a andar e abro a seguinte porta, que me chamou a atenção. Tinha um "I" esculpido em madeira e pintado a azul celeste, colado na porta.
Queria abri-la mas algo em mim dizia para,eu me afastar cada vez que agarrava a maçaneta. Era como se uma pequena parte de mim soubesse que algo ia acontecer assim que passa-se a linha que delineava o espaço entre a porta e o meu ser. Decido não abrir e continuar o precurso...Mais á frente, deparo-me com uma escadaria que não devia ter mais do que 17 degraus, os quais subo com firmeza nos meus passos. Chegando ao topo deparo-me com uma pequena sala que não servia de divisão mas sim de passagem para outras 4 portas, duas do lado esquerdo e duas do lado direito,as quais eu abri mas desta vez batendo à porta 1° para não incomudar caso estivessem ocupados. Entrei na 1° porta à direita a qual pressupus que fosse o quarto de Ekto. Este era todo branco, tinha crucifixos desenhados nas parede por cima da cama, onde também se encontravam uma guitarra eléctrica e uma BD enorme. Este quarto já não tinha o mesmo feitio que o meu mas continuava a,ter os 3 itens, casa de banho, closet e etc...
Fecho a porta e vou investigar o outro quarto...Bato à porta e como ninguém me responde, abro e vejo um quarto espaçoso com varanda.
Uma das paredes onde se encontrava encostada a cama, era coberta por um papel cor de tijolo.Perguntei me se este seria o quarto de Adrian ou de Sevik...poderia ser do Adrian pois não parecia ter muita personalidade, parecia um estilo mais pesado, como o de Adrian. Ele era mais reservado ao contrário de Mari ou de Ekto que eram ambos mais extrovertidos.
Por isso pressupus que fosse o quarto de Adrian...passei para o outro lado da sala onde abri as duas últimas portas. O 1° quarto à esquerda era muito mais personalizado, tinha uma vista incrível. Estava cheio de posters interessantes e também tinha uma guitarra eléctrica, parecida com a que eu havia encontrado no quarto de Ekto. Este seria o quarto de Sevik, o que me espantava, pois não fazia própriamente o seu estilo, mas, era a última opção que me restava.Então a outra porta deveria ser o quarto de Diego...hwwam(bocejo)...
Já estou a ficar com sono, acho que vou ver os pombinhos, kkkk, coitada da Mari eu só mesmo má, KKK, pensando bem acho que meter-me com ela não será a melhor opção, tendo em conta que ela me pode por K.O com um simples golpe. Faço o mesmo precurso até ao meu quarto afogando-me em gargalhadas, sempre imaginando o que se estaria a passar entre aqueles dois...