Fixei o meu olhar em Sevik que se mantinha firme analisei-o...tinha o olhar vazio pelo canto da boca serrado e a vibrar ténoamente notava-se que serrava os dentes, baixei o olhar e direcionei-o para o seu braço tinha as veias em tensão que sobressaíam como se fossem rembentar o que indicava que escondia algo e que apesar de se manter firme seria fácil faze-lo falar
Odeava que me escondessem coisas mas não posso dizer que eu própria fosse uma santinha pois na verdade eu tinha um certo estorial em partidas e mentiras perfeitamente credíveis no entanto nunca me conseguiam esconder nada pois eu acabava por descobrir
Caminhei até ele Cruzei os braços e cerrei o olhar e assim fiquei parada à espera que ele cede-se o que foi mais rápido do que eu esperava não era difícil desde que soubese-mos avaliar uma pessoa todos me olhavam...uns impressionados outros confusos mas ambos num silêncio comum até por fim Sevik o quebrar
- Eu não vou confessar! Quem te trouçe que o faça - arquiei uma sobrancelha estava mais frustrado do que se evidenciava e a forma como disse "confessar" indicava que o que me escondiam seria mais grave do que esperava
Levantei a sobrancelha e virei-me para Diego à espera de outra explicação no entanto ele desvia o olhar para Sevik com uma,expressão de fúria
- filha eu... - interrompi a sua explicação desajeitada
- eu não sou sua filha Diego! Eu tinha uma, família e você robou-ma ! - acabei por descarregar nele não queria mas ve-lo a chamar-me filha, quando tinha acabado de me fazer de prisioneira e nem tinha, a coragem de me contar o que quer que fosse !!!
Eu precisava, de me acalmar na, floresta claro, era o único sítio onde podia voltar ao meu humor calmo e ao meu Tom melódico e suave, respiro fundo e digo
- eu vo dar uma volta pela floresta...quando acabarem com as fofoquises avisem-me! - passei por eles firmemente sem olhar para nenhum, tentei que fosse rápido de modo a aguentar a firmeza antes de desfazer em lágrimas como se não houvesse amanhã...
Passo pelo corredor agora mais calma e menos firme, detenho-me de novo em frente ao quadro da mulher sinto lágrimas a escorrer pela minha face e apesar de ser apenas uma pintura de alguém que não conhecia, não me parecia que devesse ver-me a chorar por isso baixo a cabeça mas a imagem continua na minha mente...agora que penso ela e Mari e Adrian eram parecidas pele clara olhos verdes e profundos, e feições parecidas, agora que penso nisso Sevik também era parecido mas apenas na feição no resto parecia-se a Diego e Ekto também
As lágrimas continuavam a correr não percebia a razão... talvez fosse por saudades da minha mãe e do meu pai da minha família...já não ia aguentar muito mais, sem notar já estava de joelhos a chorar...sabia que mais tarde ia sentir vergonha de todo este dramatismo
Ouço passos ligeiramente abafados pela carpet que se estendia pelo corredor. Sabendo que vinha alguém levantei-me e corri para a floresta.
Mesmo já estando longe da casa não parava de correr...pelo menos até pensar"Para onde é que vou ?"
Não tinha para onde ir, finalmente paro de correr e sinto o cansaço olho em volta e vejo uma escadaria solitária coberta de musgo certamente faria parte de uma antiga casa agora em ruínas é uma pena como a natureza trata as coisas...bem certamente só está a recuperar o que é seu, aquilo que lhe tirámos durante anos construindo em cima dela e contra a sua vontade se os humanos desaparecessem durante anos tudo ruiria como esta casa...as centrais ficariam descontroladas e explodiram deixando o ar muito mais poluído mas os maiores edifícios como pontes ou estatuas turísticas também desabariam pois não haveria ninguém para cuidar delas mas mesmo assim a natureza voltaria e ia avançando, e ganhando território sobre os restos das casas e criaria novas florestas abundantes como no passado...os animais como cães de maior porte juntarse-iam em matilha e voltariam a aparecer espécies outrora extintas que contribuíam para maior desenvolvimento e passado alguns anos a terra havia recuperado como se ninguém a tivesse ocupado e apenas ficariam pequenas construções como moinhos desalojados, ou seja a terra regenerarse-ia e sobrevivia sem nós mas nós não sobre viveríamos sem ela
Quando dou por mim estou sentada no último degrau da escadaria solitária, a minha mente estava sempre ocupada com algo mesmo que estivesse, a falar com alguém ou a fazer algo tinha sempre um segundo pensamento na mente como agora por exemplo...