Cheguei a casa acompanhada por Ekto estava nervosa de novo, não me apetecia enfrentar os olhares sobretudo depois de ter descarregado em Diego frente a todos.
Ekto abre a porta e lá me deparo com todos os olhares pousados em mim. Mari vem até mim, preocupada, e pergunta-me- estás bem ? - eu apenas anui com a cabeça, e Diego disse
- estávamos preocupados contigo - o seu tom era assustado. Diego não sabia que eu já tinha descoberto mas percebi que não seria a melhor altura para confronta-lo, além disso eu estava fatigada, por isso apenas lançei um olhar de desgosto e raiva, a Diego
Estavam todos calados, deixando apenas o som da lenta brisa de outono que traspaçava as árvores e as abanava ténoamente, como se tivesse vontade de embalar todos aqueles que ouvissem a sua canção suave e delicada.
Eu vou domir... - desfarçei o desgosto com um tom cansado para que mais ninguém se preocupasse, ou se incomodasse com a minha presença
Mari quiz acompanhar-me e mortrar os quartos. Subimos as escadas, porém, quando estava no topo uma subita vontade de olhar para trás fez-me desviar o olhar para Adrian que me fixava sem qualquer emoção no rosto não percebia a razão mas assim que uma expressão de fome passou pelo seu olhar, ele baixou a cabeça e olhou para a carpet, o que me assustou e me fez andar mais depressa tentando acompanhar Mari.
Quando já estava um pouco mais á frente ouvi Adrian falar algo com Diego,no total apenas consegui captar 4 palavras..."perigo","especial"e "não contar" a palavra "especial" foi a que mais me cativou, seria sobre mim? Não eu não tenho quaisquer indícios de ser especial ou distinta, bem quando era mais nova eu queria que algo assim me acontecesse e tentava ser igual as personagens das historias e filmes que via mas foi antes de deixar de acreditar que coisas como vampiros existissem, no entanto ao que parece eu estava certa, mas continuo sem ter quaisquer habilidades especiais. Queria voltar para trás para tentar ouvir o resto, mas não podia por demasiadas razões, das quais, eu não queria deixar uma má impressão e não me apetecia descobrir mais coisas perturbadoras sobre a minha nova vida ou mesmo a minha antiga...- Vamos, quero mostrar-te o quarto - Mari estava entusiasmada ao contrario de mim que continuava meio deprimida e fatigada, mas não queria incomoda-la.
Atravessamos um corredor com alguns móveis que pareciam estar dispostos sob uma sequência e meticulosamente limpos. Um pouco mais á frente estavam os quartos, uma sala de reuniões, um escritório, e uma sala de estar com varanda, e outra TV.
Um pequeno detalhe chamou-me a atenção, cada porta estava iluminada por nada mais que uma pequena vela ode estava cravado um símbolo, também, ao contrario do outro corredor este não tinha nenhuma janela nem um único quadro, apenas os tais moves antiquíssimos.Parámos na penúltima porta, Mari abriu-a com um enorme sorriso na cara, que me fizera esquecer a tristeza por uns instantes e me entusiasmara, e...