Nem vou pedir desculpa pela demora, né? Só aproveitem a volta sz
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Ai meu Deus. O que é que tá acontecendo aqui? Eu não consigo parar de olhar pra esse sorriso. Eu tenho que sair daqui AGORA.
— E-eu preciso ir, Harry.
— Sério? Por quê? — ele pergunta.
— Er... Que... Eu... Eu... Tenho que fazer um exame pra faculdade, é. Sabe como é, né? Se eu não fizer ninguém faz, então... — se eu vivesse de atuação passava fome.
— Sei... — o tom da voz... Enganar eu não enganei. — Tá bom, Boo. — chama de Boo não, senão fode.
— Ok. Tchau, Rapunzel.
— Tchauzinho... — aquilo doeu demais. Me sinto um monstro. Sei que estou sendo um completo idiota por deixar ele aí, sozinho, precisando de um abraço. Nossa, e como eu queria abraçar ele agora. Mas por que eu quero abraçar ele? Por quê? Por que, de repente, esse sentimento diferente? Eu não entendo nada disso. Só sei que aqueles olhos verdes não saem da minha cabeça. E mesmo que eu conseguisse tirar, eu não quero. EU NÃO QUERO. E se eu for... Não, eu não quero pensar nisso, eu não posso. Meu Deus, o que eu faço?
— Que tal você começar saindo do meio da rua? — hã? Socorro, eu ainda tô aqui na frente da casa do Harry.
— Er... Desculpa, moça.
— Garoto maluco. — Af, paguei um mico. Do jeito que eu tô indo, daqui a pouco tô pagando a macaca inteira. Melhor eu ir pra casa. Sempre tomo minhas melhores decisões deitado na cama, fazendo vários nada...Sinceramente, eu queria estar morto. Eu devo ter tacado fogo na cruz na vida passada, só pode. Acho que é melhor eu dormir, bom que não penso nisso, sei lá. Mas eu consigo dormir? Pois é. Harry, por que você foi entrar na minha vida assim? E quando eu digo isso, quero dizer quando você me salvou da dianteira daquele carro lá. Tô pensando seriamente se foi realmente necessário aquele agradecimento que eu te fiz, sabe? Como eu ja disse antes: queria estar morto. É tão difícil de explicar, argh, que ódio. Mas também sinto desejo, amor, carinho, felicidade, e não preciso nem dizer por quem, né? Eu tô desesperado. Vou ligar pra alguém. Vou apertando o botão verde várias vezes seguidas e acaba direcionando pra a unicórnio. Que por sinal, nunca mais eu tinha conversado.
— Alô.
— Alô. Rai?
— Oi. Ai meu Deus, não acredito. Lô? — eu sinto a felicidade na voz dela.
— A-cer-tooou. Como você tá? — ouço a risada dela bem baixinha.
— Tô bem. Mas pelo visto você não tá, né? Pra me ligar assim...
— Desculpa por ligar só quabdo eu preciso, eu...
— Tá tudo bem, Lô. Pelo menos eu sou importante, né?
— Claro... — falo aparentando certeza, mas nem vou comentar o fato de que foi puro acaso a ligação tem sido pra ela. — Bem, eu vou tentar explicar a situação pra você de um modo bem rápido. — depois de esclarecer tudo, ela diz:
— Cara... Meus conselhos não são os melhores, mas...
— Não seja modesta... — se ironia fosse líquida, taria me afogando.
— Acho que você deseja se jogar, sabe?
— QUÊ?
— ISSO MESMO. Para de viadagem, tá? Se você gosta dele, se você ama ele, se permita a esse amor. Não fica se escondendo dele. E talvez, se você ficar aí, pensando, outro já pode estar agindo...
— Tchau, Rai. Preciso fazer uma coisa...
— Eu ainda não terminei, idiota. Volta aqui... Vai fazer o quê, hein?
— Me permitir...
— Hum... Então tchau...Assim que eu desligo o telefone vou correndo pro ponto de ônibus. Que é o que mais faço ultimamente, haja passagem de ônibus, eu hein. Será que três horas de viagem valerão a pena? Chegando lá eu percebo que até se fossem mil, não chegariam nem perto de me fazer desistir. Batendo na porta, como sempre faço. Nossa, isso tá meio monótono. O Harry abre a porta com um rosto feliz por me ver, mas triste porque, né?
— O que foi? Esqueceu alguma coisa? — ele pergunta.
— Talvez...
— O quê?
— Eu... Eu não sei...
— Como assim voc-...
— S-sabe... quando você consegue reconhecer a risada na multidão da praça?
— Do que você tá faland-
— Quando você sabe que aquele olhar queimando as suas costas é o dele? — depois daquilo ele fica corado e vejo a oportunidade de continuar... — Ah... E quando você confunde a luz do sol com o brilho daquele sorriso?
— Louis...
— Você sabe de quem eu tô falando, Harry?
— Eu... Tenho uma ideia... — os olhos dele brilham naquele momento. Nossa, como eu amo esse garoto, meu Deus...
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I'll find you
Fiksi PenggemarSabe quando você precisa agradecer a alguém? O motivo de Louis é por alguém ter salvo a sua vida. Pra ele isso é como a missão da sua vida, mas por um motivo ridículo, ele não vai conseguir.