Gemi quando senti com as mãos o desejo de corroer outras mentes por aí;
Mas que corroam a minha.Que corroam minha nudez.
Eu preciso, meu bem, preciso de alguma ação;
de algumas doses de tequila e um novo vício.Hoje o tédio corrompeu minha permanência e precisei correr pela cidade em busca de outras línguas;
Não entenda mal, meu amor é verdadeiro, mas sou indomável como cavalos selvagens;
Não me entenda mal, é que meu ímpeto está rezando por perigo
e as linhas estão confusas na minha cabeça.Precisei inventar uma nova liberdade
onde conseguisse transformar a calmaria em vulcão;Mas não conclua meu ceticismo. Isso apenas me inunda como centenas de pássaros fugindo pelo horizonte em praias litorais;
E isso desbravou novas maneiras de me manter sã.
Ah, sou uma mentirosa que rasga cartas ao meio dia;
sou uma cápsula de magnitudes desconsideráveis;
É que não aguento mais assistir desenhos sentada nesse sofá empoeirado;Eu vou, eu vou pegar carona em novas razões para continuar,
e vou embarcar em novos barcos de papelentão não me entenda mal.
A ruptura é certeira como ataques de cascavéis;E o risco é pertinente ao meu genocídio
Porque hoje à noite morrerei um pouco mais.
Meus nervos gritam por uma nova sensação.
Meu sangue ora por uma nova autoridade;Meu corpo, meu corpo suplica pelo impacto
As vozes estão mandando enfiarem o amor no rabo
Tornei-me pó por causa desses cascos inválidos.Inválidos.
Eu mergulharei em atrocidades.
VOCÊ ESTÁ LENDO
(In)expressiva & Insólita
RandomÀs vezes estagnada, às vezes quente e fria. Ou faminta e lasciva. Ou morta e brilhando. Aqui irei expurgar demônios e mastigar o infinito.