Ele vem e tenta encontrar meus princípios de cumplicidade embaixo desse tapete pesado e velho e sujo de vinho tinto;
Quando estou prestes a morrer eu me escondo, meu bem. Quando a doença ataca eu me cubro de cobertas no verão e durmo até babar;
E sonho com o que parece ser minha verdadeira vida.Não deveria ter bebido tanto essa semana. Não deveria ter me afastado tanto do que somos, ou éramos, e então eu abraço o silêncio das brisas noturnas.
E eu sumo porque já não existo, já não gostaria de existir, apenas por alguns dias.
A enfermidade da minha alma ultrapassa até o amor em sua mais pura essência.Cachorros doentes também se escondem para morrer, meu bem. Preciso cavar meu buraco e me asfixiar com um pouco de terra quando amanhecer;
Não há muita coisa que eu possa dizer, então me excito com a sua ausência e conveniências escritas;
Não deveria ter demonstrado tanta dependência, meu amor, eu preciso te arrancar aqui de dentro para minha própria sobrevivência;
De qualquer forma estarei morta, e prefiro agonizar sozinha embaixo da cama;
não preciso de sua preocupação ou compaixão. Preciso do abraço do universo, e também sentir o cheiro do cigarro que sobe pelos meus cabelos;Estou doente e preciso ficar quieta embaixo da cama até que as aranhas me encontrem;
não me chame.
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(In)expressiva & Insólita
RandomÀs vezes estagnada, às vezes quente e fria. Ou faminta e lasciva. Ou morta e brilhando. Aqui irei expurgar demônios e mastigar o infinito.