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Bela On

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Bela On.

— Eu já falei que não vou! .

— Isabela você tem 5 minutos pra sair desse quarto! — a porta não vai resistir com as porradas que ela tá dando.— Ou você sai por bem ou vai ser por mal!

Aqui podemos ver o jeito carinhoso da minha amável mãe me acordando pela manhã. Uma coisa que eu nunca vou entender é por que a porra da escola começa às 7:40 da manhã ?

— Última vez que eu te chamo! Uma hora ou outra você vai ter que encarar isso minha filha. — suspiro derrotada e vou me arrastando até o banheiro. O fato é que eu detesto me expor, detesto que as pessoas me observem, sério por mim eu estudava em casa mesmo, com um professor velho e barrigudo fedendo a cigarro. Mas como diz a senhora Vilma "eu" preciso me socializar com pessoas da minha idade, preciso fazer o que eles fazem e deixar de lado o meu humor de 70 anos. Será que alguém já falou para ela o que jovens de 17 anos costumam fazer? Eu não sou esse tipo de garota que atrai vários olhares dos garotos, e que tem vários amigos ou se destaca em algo. Eu sou quieta, sou mais na minha, eu não tento ser algo que a sociedade quer que eu seja, não uso tal estilo só por que as Jenner usam, eu simplesmente me visto com o que me faz se sentir bem, eu sou simplesmente eu, com minha própria opinião finada.

— Da pra parar de tentar arrombar essa porta? Eu já estou de pé! — digo jogando água no meu rosto.— Que saco. — suspiro e me olho no espelho, estou com olheiras horríveis, isso que da passar a madrugada inteira lendo, Meus cabelos estão todos bagunçados, me martirizo por ter dormido de cabelo molhado e para piorar a situação estou com um belo berne estampado na ponta do meu nariz! É, a situação não podia ficar pior.

— Isabela se tu não descer agora vai se atrasar mais do que já está atrasada guria! — fico me perguntando como minha mãe tem tanta energia para ficar se esgoelando  as 7:00 horas da manhã em  plena segunda feira.?

Saio do banheiro fazendo um coque qualquer nos Meus cabelos, e já colocando o uniforme da escola e pegando minha mochila que estava jogada num canto qualquer do meu quarto e descendo para a baixo.

Quando entro na cozinha me martirizo pela cena que vejo, meu pais trocando saliva. Ergh é o dia não podia ter começado melhor.

— Hã hã ! Bom dia. — digo fazendo os dois se separarem de imediato e me olharem constrangidos.

— Finalmente senhorita pensei que ia ter que subir com um balde de água para te acordar. — fala minha mãe indo pegar a sua bolça.

— Bom dia filha. Dormiu bem ? — estou me segurando para não rir da cara do meu pai, acho que ele ficou mesmo constrangido de eu ter pego eles no flagra. Mas qual é, até parece que eu não sei que eles namoram, ou talvez eles pensam que sou apenas uma garotinha descobrindo o segundo sentido das coisas. — Preparada para a nova escola ?

— Tenho mesmo que ir para essa escola ? Eu posso muito bem estudar em casa. — Digo pegando uma maçã e dando uma mordida na mesma.

— Sim senhora e você vai prometer para mim que vai tentar se manter longe de problemas Bela.

—Ei eu não tenho culpa se são os problemas que me procuram. — Digo colocando minha mão no coração me fazendo de ofendida.

— Filha por favor?! — Ele faz aquela cara de cachorro pidão só pra amolecer o meu coração.

— Tudo bem pai, prometo que não vou me meter em problemas. — Digo erguendo minhas mãos em forma de rendição, fazendo meu pai soltar um suspiro e logo um sorriso, e me puxando para um abraço.
— Eu não consigo acreditar que a minha cabecinha de fogo é quase uma adulta.

— Pai ! A gente já conversou sobre esse apelido. — Me desfaço do abraço e cruzo Meus braços me fazendo de brava. Ele apenas ri da minha cara.

— Vamos Bela, antes que se atrasamos mais. — diz minha mãe indo em direção a porta.— Flávio não se esquece de levar os meninos para o karatê. 

Jogo no lixo o que sobrou da minha maçã e sigo até a garagem, adentrando no carro onde a senhora extres já está me aguardando e da partida.

— Eu sei que você não é igual aos outros adolescentes filha, mas por favor esse é o último ano do ensino médio, se deixe levar, não fique só no seu canto, faça amigos meu amor.—Minha mãe fala e me dá uma rápida olhada antes de voltar a atenção a estrada.—  Se desconecta um pouco desse seu mundo literário, conheça aventuras novas, quem sabe arruma até um namoradinho. — ela diz e dá uma piscadinha seguida de um risinho.
—Mãe! — A repreendo com um olhar, enquanto ela aumenta sua risada.
— Filha eu já tive a sua idade, e acredite eu aproveitei muito bem! — Ela diz com um sorriso completamente malicioso.

— Eca mãe, me poupe desses assuntos. — A olho indignada.— Tudo bem senhora Vilma, você venceu.— Solto um suspiro de desânimo, e vejo o sorriso dela aumentar. — Mas não te garanto sobre a parte do namorado. — Digo num sussurro, até porque um garoto iria se interessar por mim? Não tenho nada de interessante, sou completamente sem sal.

O restante do caminho foi completamente entediante, minha mãe passou o caminho inteiro tagarelando sobre um caso que aconteceu ontem no hospital, enquanto eu apenas concordava com a cabeça, e quando me dei conta ela estava estacionando o carro para mim desembarcar.

— Chegamos — Disse destravando as portas — Boa aula e faça amizades! — Disse dando uma piscadinha enquanto eu desembarcava do carro.

Apenas acenei e fui caminhando para o portão de entrada, e acreditem se por fora essa escola parecia grande, por dentro é maior ainda, aí Jesus estou até me vendo perdida nesses corredores, são enormes, com certeza da umas três escolas da minha antiga, e olha que eu só estou no corredor principal procurando o meu armário.
Ando olhando para todos os lados a procura do armário 1234, às pessoas ao meu redor sequer notam a minha presença, estão preocupadas demais contando como passaram suas férias de verão ou sobre o carinha que pegaram na praia.

Finalmente encontro o meu armário, coloco a senha e pego os Meus horários, e olha só que maravilha os primeiros dois tempos são de química. Pego o material necessário e vou a procura do laboratório, pelo menos vou tentar encontrar por que essa escola parece um labirinto, socorro eu acho que vou precisar de um Gps para andar aqui sem se perder, cada passo  que dou surge um corredor diferente e...

— Eii olha por onde anda garota.— quando me dou conta já estou sentada no chão, e tenho certeza que não vou conseguir sentar direito pelos próximos dias, por que a pancada foi tão forte que não duvido nada que vou ficar com a bunda roxa. — É cega ou precisa de óculos.— Olho pra cima e vejo um garoto e uau que pedaço de mal caminho, ei Bela foca aqui sua imbecil ele acabou de te derrubar no chão e de te insultar, começo a me levantar sobe o olhar de todos, junto Meus cadernos e encaro o garoto a minha frente.

— Digo o mesmo pra você seu imbecil. — Saio andando rápido não antes de esbarrar de propósito em seu ombro, ouço umas risadinhas mais ignoro, quem ele pensa que é para falar comigo desse jeito? Deve ser só mais um rostinho bonito que se acha superior a todos, mas sinto lhe informar que eu não sou igual a todos, comigo ele não se cria. Finalmente encontro o laboratório e entro, me sento na primeira mesa, e fico observando o lado de fora pela janela até que o sinal bate e os lugares vazios começam a ser ocupados.






Notas finais. Leiam por favor! 🙏🏻

Oi, oi oi cara de boi!
Eu ainda não sei se tem alguém lendo, mas se tive por favor comente o que achou desse primeiro capitulo, e peço compreensão por que é a primeira história que escrevo, então não sei se está bom, mas pretendo ir melhorando conforme o tempo!
Aí que mico KKKKKK, sério se tiver muito bosta falem que eu apago....

A Bela e a Fera / JB Where stories live. Discover now