OITO//Álcool

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"Não existem pessoas frias, existem pessoas que aprenderam a bloquear seus sentimentos."
(House)

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É claro que eu conseguia perceber que algo em você havia mudado, não fisicamente, mais sim emocionalmente.

Você parecia mais leve, mesmo que não dividisse muita coisa comigo sobre você.

Mais Lexi, eu já me sentia feliz pelo simples fato de ve-la sorrir todos os dias.

Por você eu havia conseguido criar um equilíbrio em minha vida, meu trabalho não era dos meus glamurosos, eu trabalhava em uma oficina mecânica, foi uma das coisas que tive que aprender para ajudar lá em casa, pois quando meu pai foi embora eu acabei tendo que ajudar nas dispesas de casa, mais não me importei, eu gostava do que fazia.

Tirando meu trabalho eu passava a maior parte do tempo com você

Mais como eu sabia como você era, eu que não iria preciona-la ficando o tempo todo com você, por mais tentador que fosse.

Eu tinha uma outra vida, uma que eu tinha que passa um tempo com minha mãe, e tentar conciliar um tempo com meus amigos.

Era muito estranho tentar voltar a socializar com outras pessoas, me acostumei rápido a ser só eu e você.

Eu decidi ir me encontrar com uns amigos em um bar.

Quando cheguei lá, eu desci do carro e vi no estacionamento a moto do Scott, entrei e logo os vi sentados em um mesa no fundo, estavam bebendo cerveja e rindo.

Assim que cheguei até eles, Scott foi o primeiro a me ver.

-Hey, Ty apareceu.

Eu me sento em frente a eles, Mattew só me cumprimenta com a cabeça, está muito concentrado paquerando uma loira, eu rio disso.

-E ai Tyler, afim de pedir pra viagem?-Scott pergunta apontando para algumas amigas da loira que Mattew estava paquerando.

Eu olhei na direção delas e até que elas eram muito bonitas, e se fosse antes de conhecer você Lexi eu as teria levado pra cama sem me importar, sem ao menos saber o nome delas.

-Fiquem a vontade.-Digo para Mattew e Scott.

Scott me olha como se eu fosse louco.

-Você ta namorando não é seu filho da puta.-Scott não disse isso, ele anunciou e todos perto de nós ouviram.

-Não fode Scott.

Scott e Mattew começam a rir, e eu reviro os olhos com a infantilidade deles.

Sou bombardeado com centenas de perguntas sobre você. Se você é gostosa, se eu já te comi, se você faz algo muito gostoso na cama pra ter me prendido, se você é uma vadia qualquer, todas essas perguntas me incomodaram.

Decido ir lá fora fumar.

Minha última experiência de ir fumar sozinho não foi a das melhores, se aparecesse alguém pra me bater você não estaria lá pra me salvar.

Eu rio com esse pensamento.

Pouco depois do meu terceiro cigarro alguém se aproxima de mim.

Eu me viro e vejo um cara, e já imaginei se eu tinha dormido com a namorada dele também.

-Eu ouvi o que seus amigos disseram que você está namorando.-Ele diz.

Eu fico olhando ele e me pergunto se esse cara era gay e estava dando emcima de mim.

-E o que você tem haver com isso?

Ele sorri.

-Vi você com a Alexis Grayson há alguns dias na rua.

Esse cara conhecia você.

-Quem é você?

-Sou o Dylan ex da Alexis.

Demorei um tempo pra me lembrar que esse era o cara que estava te chamando na árvore, no primeiro dia que te vi.

-Ruim pra você, bom pra mim.-Digo e jogo meu cigarro no chão e piso nele para apaga-lo.

Volto em direção ao bar, mais Dylan me segura.

-Qual é cara.

-Fuja dela enquanto você pode. Ela vai fuder sua vida. Vai te deixar na merda.

-Vai se fuder porra.-digo pra ele.

Ele começa a ficar falando o que você fez com ele. E eu não queria ouvir.

Mais esse babaca do Dylan não calava a porra da boca dele então eu fui mais perto dele e acertei um soco no rosto dele, e depois outro e outro, eu queria matar esse filho da puta por falar merda de você.

A porta do bar se abre e Scott e Mattew aparecem com as garotas.

Quando eles me veem, vem logo me tirar de cima do Dylan, eu nem percebi que estava espancando o cara, e que tinha deixado ele inconsciente.

Pego meu carro e saio dali, eu não queria ir para o galpão agora. Eu ainda estava muito puto pra ver você.

Então dirigi até em casa e fui tomar um banho, quando acabei me deitei na cama e fiquei olhando o teto branco, e senti falta do nosso céu estrelado.

Meu celular mostra que uma nova mensagem chegou, e era você.

Lexi: Apanhou de alguém hoje? 😆

Não Lexi pelo contrário hoje eu bati em alguém.

Eu: Hoje não. 😐

Assim que envio a mensagem fico olhando pra tela esperando sua resposta mais mesmo depois de 20 minutos você não responde e eu entro em pânico, eu sabia como você era instável, então eu pego o carro e vou até o galpão.

Quando chego lá você está apagada na sua cama, com o celular na sua mão, umas seis garrafa de vinho no chão, parece que você tomou um porre e capotou, quando eu chego mais perto vejo que sua mão está inchada e sangrando, parece que você e seu velho melhor amigo o saco de areia tiveram uma briga, minha mão Lexi não estava muito diferente da sua, mais Dylan foi meu saco de areia.

Nós eramos ruim um para o outro, tínhamos muita raiva guardada dentro de nós, muitos demônios.

Mais foi um dos motivos por que eu fiquei Lexi, eu precisava de você (e ainda preciso) você me ajudava a controlar meus demônios, fazia tudo parecer normal, ou pelo menos estar com você, eu podia lidar com seus demônios mais não conseguia enfrentar os meus.

Eu cuidei dos ferimentos da sua mão e joguei fora as garafas vazias, acabei limpando o galpão inteiro querendo me distrair.

As palavras do Dylan não saiam da minha cabeça.

"Fuja dela enquanto você pode. Ela vai fuder sua vida. Vai te deixar na merda."

Será que se eu estivesse ouvido esse conselho eu não estaria na merda agora? Será... Nunca vou saber a resposta. Sabe Lexi mesmo depois de tudo o que houve não consigo me arrepender de te amar.

Doce VenenoOnde histórias criam vida. Descubra agora