DEZ//Demônios

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"Infelizmente as coisas que me fazem te odiar, me fazem te amar."
(Greys Anatomy)

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Eu odiava você Lexi, realmente odiava, mais me odiava ainda mais, por amar você.

Você não me saia da cabeça, o tempo todo eu me lembrava dos seus lábios, dos seus olhos, do seu corpo...

Puta Merda!

O que você fez comigo?

Quanto mais eu pensava. "Não pense nela, não pense nela." Eu repetia isso pra mim diversas vezes como um mantra, e não adiantava nada, eu pensava em você o tempo todo.

Miseravelmente eu falhei em te esquecer.

E novamente eu voltei a ser o merda de antes.

Eu não me importava com nada, eu tinha voltado a ser aquele babaca cretino que você tinha conhecido, eu voltei para as drogas, o álcool e o sexo com desconhecidas, voltei a ser o pior de mim mesmo.

Lexi, eu me envergonho dessa pessoa que eu fui.

Por mais fodido que nossos momentos possam ter sido, eu preferia como eu era quando estava com você, tudo era mais fácil na minha vida, tudo menos você, eu gostava do enigma que você era, eu tentava desvenda-la, entende-la, e tudo o que eu pude fazer por você foi ama-la, eu amei tanto você Alexis que chegava a doer, me afastar de você era doloroso, você era minha droga, e quando eu estava longe de você, sentia os sintomas da abstinência chegando.

Nós dois sempre fomos orgulhosos demais para pedir desculpas, ou para voltar atrás, esse sempre foi nosso maior defeito, se um de nós tivéssemos deixado o orgulho para trás uma única vez, talvez nossa história poderia ter sido diferente, ao invés de escreve-la em um papel, eu poderia estar vivendo ela agora ao seu lado.

Me lembro que pouco depois da nossa briga eu estava uma porcaria, eu estava sempre bêbado, ou chapado, e nesse dia em questão, eu lembro vagamente da minha mãe me encontrando no banheiro inconsciente cercado por meu próprio vomito e mijo, lembro de ouvir minha mãe chorando, dela me colocando no chuveiro, e cuidando de mim.

Lexi, minha mãe era a única pessoa que eu não queria ferir dessa forma, me vendo nesse estado.

Eu queria colocar a culpa toda em você, queria poder dizer que foi por causa do que você fez, por causa da nossa briga, por causa que eu conheci você que eu estava assim, no fundo do poço.

Mais eu não posso culpar uma nuvem pela tempestade, você foi só uma parte do que houve comigo, eu era o culpado de tudo, eu e meus demônios,
você os acalmava, mais agora eles me atormentam, e eu permitia isso.

Eu sei que demorei muito tempo pra ignorar meu orgulho e pensar como você estava, eu aguentava bem minhas merdas, mais eu temia o que você poderia fazer, eu já vi você bêbada, já a vi com raiva, mais eu não sabia o que você estaria fazendo e isso me assustava.

Eu fui até sua casa, aquela que "invadimos" fiquei olhando por um tempo mais não te vi, eu não queria ir até o galpão, mais não tinha outro jeito, esperei anoitecer e fui, a luz estava acesa e eu fui até as janelas e espiei, você estava lá, apenas de calcinha e um top, segurando uma garrafa de tequila em uma mão e na outra um cigarro que você alternada em sua boca, hora a bebida, hora o cigarro, e Lexi você estava dançando, eu não conseguia ouvir a musica ate ver que você usava fones de ouvido, eu notei que suas mãos estavam machucadas, devem ter sido de ter espancado seu saco de areias.

A separação não fez bem a nenhum de nós, éramos tão diferentes e tão iguais ao mesmo tempo que chegava a ser irônico.

Fiquei ali te olhando, matando a saudade louca que eu sentia de você, minha maluquinha.

Você me viu, foi um choque te ver olhando diretamente pra mim, e eu sabia que poderia passar a vida admirando seus olhos, como eu senti falta desse seu olhar, das profundezas indecifráveis de seus olhos cor de chocolate.

Eu saí da janela e abri a porta do galpão e entrei, não esperei convite, não esperei você falar nada, apenas me aproximei de você, a cada passo que eu dava, podia sentir o calor do seu corpo, o cheiro inebriante de sua pele, e eu não me aguentei mais, e te beijei, foi um beijo urgente, cheio do desejo que eu reprimi de você.

Sentir suas mãos ao redor do meu pescoço, foi tão prazeroso, eu tirei seu top e acariciei seus mamilos, você me mordia, lambia meu pescoço dando mordidas e beijos que me fez ficar duro e louco pra te foder, eu te precionei na parede e tirei sua calcinha, você abraçou cintura com suas pernas, e tirou minha camisa, eu abri meu ziper e abaixei minha calça até os joelhos, e te fodi ali mesmo na parede, como era bom estar dentro de você, como era bom sentir seu corpo novamente.

Que droga Lexi, não conseguíamos ficar longe um do outro.

Éramos auto destrutivos, foi insuportável ter ficado longe de você, e ainda é insuportável saber que não tenho mais a chance de ter você comigo, não poder te tocar.

A cada dia que passa sinto ainda mais sua falta.

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⏰ Última atualização: May 24, 2018 ⏰

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