Little Mistakes

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Antes de ir para a escola, Lauren batia na porta da enorme casa do Dr. Connors. Tinha encontrado o endereço da mansão na internet, o que não foi difícil para ela. Viu o homem abrir a porta e depois lhe direcionou um olhar curioso.

- Dr. Connors, não se lembra de mim, eu...

- A estagiária do outro dia.

- Sim, eu mesma.

- Sei que é uma jovem de futuro, mas essa é a minha casa. Agende uma reunião no meu escritório. – Se deslocou para fechar a porta.

- Sou filha de Michael Jauregui. – A informação fez o homem a encarar novamente.

- Lauren? – Falou assustado – É você mesmo?

- Acredito que sim, sou Laure Jauregui.

- Entre, eu estava fazendo um café.

...

Já estavam na cozinha quando o loiro serviu o líquido em duas xícaras, tendo um pouco de dificuldade já que não tinha metade do braço direito. Quando estava tirando o bule de cima do balcão onde Lauren estava encostada, o objeto bateu em uma das xícaras a fazendo cair, mas não chegar ao chão. Lauren foi tão rápida, que pegou o copo no ar e logo em seguida bebeu um pouco do conteúdo. Curt apenas parou a observando com curiosidade.

- Ótimos reflexos. – Colocou o bule na pia.

- Obrigada. – Sorriu bebendo mais um gole e entregando a outra xícara para o homem

- Infelizmente não posso te ajudar, Lauren. Não sei por que eles partiram e nem para onde foram.

- Eu li o seu livro ontem. É muito interessante, juro. Acha mesmo que é possível fazer cruzamentos genéticos de espécies?

- É claro que sim! Mas durante anos zombaram do seu pai e de mim, por nossas teorias. Não apenas grande parte da comunidade, mas toda a Oscorp também. Nos chamavam de cientistas loucos. Íamos mudar a vida de milhões, inclusive a minha. Aí acabou. Ele... ele foi... ele foi embora e levou a pesquisa junto. – Deixou transparecer emoção, Lauren só não conseguiu definir qual. – E eu sabia que sem ele... sem ele eu não conseguiria. Fiquei com raiva. Por isso mantive distância de você e de sua família. Só posso te pedir desculpas. – Ficaram em silêncio por alguns segundos

- E se funcionasse... E se eu fizesse funcionar? De quanto seria a predominância da outra espécie? Quais seriam os efeitos colaterais?

- É difícil dizer, considerando que nenhuma cobaia sobreviveu. – Encarou a morena. – O problema sempre foi...

- O algoritmo de decaimento.

- Sim, isso mesmo... – Disse espantado.

- Ok. – Caminhou até a mesa – Posso usar? – Apontou para um bloco de notas com uma caneta que estavam sobre a mesa.

- Claro. – Se aproximou.

Lauren pegou o bloco e começou a transcrever o mesmo cálculo que seu pai deixou. Virou o pequeno caderno para o homem, que analisou o cálculo com cuidado.

- Extraordinário. Como chegou a isso? – Lauren apenas sorriu nervosa e apontou para a própria cabeça. – O que acha de me encontrar no prédio da Oscorp depois da escola?

- Pode ser. – Balançou a cabeça afirmando.

- Obrigado. – Voltou a encarar a equação com extrema adoração.

...

A morena passava pela quadra da escola, que por sinal estava cheia de pessoas preparando coisas para o dia da formatura que se aproximava. Alguns garotos estavam jogando basquete, inclusive Austin. Até que ele defendeu a bola do ataque de um dos amigos. O objeto bateu em uma das latas de tinta de uma das garotas que preparava um cartaz. Lauren logo notou que era Ally Brooke, uma das amigas de Camila.

Spider GirlOnde histórias criam vida. Descubra agora