O que você faria se fosse uma pessoa completamente sã e de certezas concretas na vida e acabasse se apaixonando por alguém que é o contrário? A que ponto chegaria seu amor? A que ponto faria coisas para um psicopata, um louco, um sadista, um piadist...
Ele retirou um pouco do meu sangue com seringas, e depois pediu para que eu injetasse no mesmo.
-Eu andei pensando… -Disse antes de injetar. -Se der certo, todos meus poderes vão passar para você?
-Isso nós vamos descobrir. -Comecei a injetar, vi como ele estava sofrendo, seu gemido de dor era horrível, fiquei com medo de machucá-lo e parei. -Continue! -Por fim, obedeci e continuei, aos poucos seus gemidos de dor foram dando lugar a uma gargalhada um tanto clássica vindo dele. Acabei. Ele se levantou rapidamente.
-Deu certo, estou sentindo! DEU CERTO! -Transferiu um soco na parede deixando um buraco na mesma, ele me olhava totalmente insano. -Tome! -Me entregou uma arma. -Atire!
-Não posso fazer isso! Se não der certo você…
-ATIRE! -Falou em tom alto. Ergui meu braço um pouco trêmula, mas não, eu não conseguia puxar a porra do gatilho, se isso der errado, eu vou perde-lo pra sempre, e isso não pode acontecer. -Do que está com medo! Hum? -Apoiou sua testa na arma. -Faça!
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-Sim. -Ele abriu um sorriso demoníaco. -Mas, todo esse poder vem de mim... -Levei a arma até minha cabeça, essa minha atitude fez com que ele ficasse em completo silêncio, perplexo. -Deixe me testar primeiro.
-AUDREY NÃO!
Simplesmente puxei o gatinho e vi tudo ao meu redor escurecer… Só conseguia ouvir a voz dele ao fundo chamando pelo meu nome. Acho que... Talvez... Essa... Possa ser a maior prova... De amor que eu tenha feito... Por ele.
