Prova do cuidado de Deus

WHERE IT ALL BEGAN

- Helena! Vá para o seu quarto agora! Eu e seu pai temos que conversar um assunto muito sério. E assim eu fiz, fui para o meu quarto e tranquei a porta, sem entender o que estava acontecendo. Fiquei em silêncio, esperando respostas, ouvi um barulho muito forte mas sem saber o que era. A casa ficou em silêncio e depois eu ouvi minha mãe chorando e minha curiosidade estava me matando. Desci as escadas, assustada e me dei de cara com a minha mãe no chão, com partes do rosto sangrando e ao lado vi meu pai com uma madeira na mão. Eu paralisei, subi correndo para o quarto e tranquei a porta. Fiquei imaginando o que teria acontecido se ele tivesse me visto, e então deitei na minha cama e comecei a chorar. Tentei pensar no que fazer e acabei ligando pra polícia, chorando de soluçar. E nisso tudo só ouvia os barulhos de madeiradas e minha mãe chorando baixinho pra mim não escutar e a cada vez ficava mais alto. Eu tentei me distrair até a polícia chegar e foi mais rápido do que eu imaginei! Vi os carros da polícia na minha janela, e agradeci muito a Deus por isso. Continuei na janela, vendo tudo e os policiais começaram a bater na porta e nada do meu pai abrir. Escutei o barulho da porta da sala sendo arrombada e ouvi a voz de um homem com uma voz firme e amedrontadora:   

- Largue isso! Agora! Ou vamos atirar! 

Desci depressa, e vi minha mãe desmaiada no chão sangrando muito, mas ainda viva. E três policias apontando as armas pro meu pai, aquilo me desesperou! Eu sei que o que ele fez foi muito errado, mas era meu pai. E então eu ouvi um barulho de tiro inesperado, e vi meu pai caindo no chão. Atrás, vi uma mulher com uma pistola na mão, vestindo roupa de policial e com a expressão de quem acabou de fazer o certo. Então ela me olhou, e seu rosto mudou completamente, os policiais começaram a conversar dizendo coisas que eu não entendia muito bem. A mulher que atirou em meu pai se aproximou, e quanto mais ela se aproximava mais apavorada eu ficava. Ela me lançou um olhar, e disse.

 - Nós tentamos fazer o máximo pra salvar a sua mãe, mas não tive outra escolha. Você e sua mãe vão ficar bem, eu prometo! Eu sei que era seu pai, eu juro que tentei.                                       

Tentei ser forte, tentei não chorar. Mas uma dor muito forte tomou conta de mim e já era visível pelos meus olhos. A policial que eu não conhecia se aproximou mais de mim, me deu um abraço muito forte dizendo que tudo iria ficar bem.                                           

Não sei o que minha mãe fez pro meu pai tomar essa atitude mas ela não merecia isso, era uma boa mãe, uma boa esposa.