Vingança estrangeira.

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Lexy Muller.

Não conseguia fazer nada depois que cheguei em casa, então, decidi relaxar e assistir um filme. Mas os acontecimentos de mais cedo insistiam em não sair da minha cabeça e junto com eles várias formas de me vingar de Alex.
Tudo bem que nosso namoro era de mentira, mas ele não tinha o direito de me trair, muito menos em público. Parece que está tudo acontecendo novamente... Não, não e não! Eu jurei para mim mesma que isso nunca mais aconteceria e eu vou manter minha promessa!
Me celular toca chamando minha atenção, coisa que nem o filme que estava assistindo tinha conseguido.
— Muller falando.
— E aí, Lexy! Não me diga que tinha perdido meu número, porque com essa formalidade...
— Eric!!!Claro que não perdi seu número, eu apenas estava tão distraída a ponto de não olhar para a tela do celular.
— Assim tá certo. Ficaria muito magoado se tivesse esquecido de mim. Aliás, onde está você?
— Como assim? Estou em casa, não deveria?
— Você em casa e eu aqui no aeroporto te esperando. Isso é ótimo, eu passo horas dentro de um avião imaginando como vai ser e sou esquecido no aeroporto pela minha melhor amiga. — Nesse momento eu já estou na porta do meu apartamento.
— Mas eu não lembro de ter ficado de ir te buscar. Na verdade, eu não sabia nem que você vinha.
— Era uma surpresa para você! A minha urna que vinha me buscar, mas ela teve uns problemas com o marido e não pode vir. Aí eu ligue para você.
— Ok. Já estou indo. Tchau. — Desligo o celular e ligo o carro.

****** Um tempo depois.
— Meu Deus! Que saudade que estava de você! — Digo o abraçando.
— Tenho certeza que eu senti mais.
— Ok, Sr. Eternamente Competitivo. E aí, como estão as coisas em Berlim? — Pergunto enquanto vou com ele pegar as malas.
— Ah. Tudo como sempre. A única novidade é a sua prima, que está mais maluca do que nunca.
— Lucy nunca teve um pingo de juízo, aí resolve namorar com o Thomas que tem menos juízo ainda.
— Exatamente.

Ele pega as bagagens e nós caminhamos em direção à saída. No meio do caminho uma senhora nos para e começa a falar com o Eric.

— Acho que esse brinco pertence à sua namorada.
— Nós não namoramos. — Dizemos ao mesmo tempo.
— Mas o brinco é meu sim. — Digo enquanto pego o brinco.

A senhora sai e eu tenho uma ideia maravilhosa.

— Eric Kross, preciso da sua ajuda!
— Só dizer o que é, que eu faço.

Começo a contar "minha história" com o Alex. Falo até mesmo sobre os acontecimentos de hoje. Ele fica indignado, mas para de julgar quando digo que "nunca" tive nada com Alex.
Depois de contar tudo, explico meu plano. Ele aceita, mas diz que acha que não vai da certo. Só quando termino de falar é que percebo que já faz um bom tempo que chegamos no hotel e que até agora não deixei ele descansar. Me despeço, mas convido ele para almoçar comigo amanhã.
Quando chego em casa, apenas me jogo na cama e vou dormir pensando no meu plano e na reação de Alex. Ah, acabei não dizendo, chamei o Alex para o almoço de amanhã também. Quero que ele conheça Eric, um dos meus melhores amigos, cujo toda minha família materna ama e adoraria que tivéssemos algo mais sério.

****** No dia seguinte (Hora do almoço)

Já estou no restaurante com Alex. E, como sempre, Eric está atrasado. Meu "namorado" já está impaciente, quer porque quer saber qual a surpresa. Quando estou preste a explodir com a insistência de Alex, avisto Eric caminhando em direção à mesa. Levanto para cumprimentá-lo-lo, Alex também levanta, mas na intenção de não deixar que nenhum homem fique perto de mim, que irônico, não?
Mesmo com o ato de ciumento, meu queridíssimo amigo me abraça demoradamente, depois cumprimenta o raivoso ao meu lado que retribui apenas com um simples aceno. Todos sentamos. Que o plano comece!

DANGEROnde histórias criam vida. Descubra agora