Chapter 16/Uh, who?

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— Perrie, vamos tentar, Ok?

— Mãe, vou falar pela última vez, não quero dar atenção. Ele apareceu do nada, sumiu do nada e está fazendo tudo de novo.

— Ele está aqui, agora.

— E o que isso importa? Ele sumiu, sem dizer uma palavra sequer.

— Mas agora voltou, e pode ter uma explicação para esse desaparecimento.

— Você realmente acha isso?

— Não só acho, como tenho certeza.

— Você parece está decidida a acreditar nele.

— Pois estou.

— Você ainda o ama?

— Que pergunta é essa? — seu olhar percorreu a sala e parou na porta de madeira.— Vamos, Perrie. Alexander, quero dizer, seu pai, não pode esperar muito tempo.

— Porque mudou de assunto? — seu olhar sério e pensativo caiu sobre mim, me fazendo criar uma especíe de vergonha e ira.— Por mim eu nem abria aquela porta.

— Pena que você tem que abrir.

— Precisamos conversar. Você anda muito estranha ultimamente, e envolve ele em tudo. Nós duas realmente precisamos conversar.

— E você precisa abrir aquela porta. Não quer ouvir o que ele tem pra falar?

— Isso é bem irritante.

Quando abri a porta, encontrei Alexander desesperado, e várias pessoas batendo fotos suas. Fiquei parada naquele lugar mais ou menos cinco minutos, sem me mexer e muito menos entender algo, eu pelo menos estava tentanto entender alguma coisa, de repente, os flash's caíram sobre mim, minhas mãos gelavam, minha cabeça não me deixava pensar, e minhas pernas fraaquejaram bem no momento em que eu precisava. Ele é uma pessoa importante? Ainda não entendo.

— Vem, Perrie.— mãos me puxaram para dentro da casa. Por sorte aquilo tudo estava passando. Eu só precisava sentar, para tentar entender tudo.

Mas talvez, Debbie e Alexander possam me explicar isso melhor do que ninguém.

Os dois estavam quietos, não se pronúnciavam, e muito menos olhavam-me nos olhos.

— O que foi aquilo? — perguntei acabando com aquela agonia, eu só precisava de um explicação e nada mais.

Estranho? Tudo para mim é estranho, eu mesma já devia ter me acostumado.

— Hum... acho que... Alexander pode responder isso melhor do que eu.— Minha mãe falou entre gaguejos e pleno nevorsísmo.

Suspirei, tentando controlar a adrenalina mental, pressionei os lábios para me auto impedir de falar alguma coisa, sem antes ouvir explicações.

— Eu? Porque eu? — ele perguntou.

— Porque você é... você. Vamos, ela merece uma resposta, é sua filha, ou já esqueceu disso de novo?

— Não, claro que não. — ele maneou a cabeça, com as mãos no rosto, se enfureceu.— Porque você sempre  quer jogar na minha cara que eu tenho uma filha. Não acha que eu já ouvi isso demais, além do mais, eu cuido de uma.— ele me olhou e suspirou, sua vergonha estaria formada, eu nunca tinha o visto assim, mas a verdade é que, ainda tem muita coisa que eu preciso saber dessa família.

— Vocês não vão começar uma discussão agora, certo? — passei a mão suada por minha coxa fazendo-a deslizar e voltar usando minhas unhas para me arranhar.— Estou esperando.— comentei, encarando os dois. O susto não conseguia se desfazer da minha face, e sei que isso levaria um tempo. Estou tentando agir naturalmente, mas está um pouco difícil no momento.

— Tudo bem.— ele suspirou passando a mão pela cabeça.— Bom, eu... como posso dizer. Debbie, pode me ajudar com isso?

— Não.

— Oh. Ótimo.

— Vamos logo. Ainda estou esprando, e nossa! Odeio esperar.— falei fechando os olhos, colocando a mão no peito e mais uma vez, maneando a cabeça em negação.

— Perrie, eu sou governador.— ele falou rápido e olhou o lado, minha mãe fez o mesmo. Os dois estavam desconsertados.

— Porque escondeu isso de mim?

— Eu não escondi, estou falando agora.— Alexander respondeu, parecendo sereno.

— Não, eu não perguntei para você. — respondi me aproximando cada vez mais de Debbie.— Se você sabia, porque não me falou? — olhei em seus olhos enquanto fazia careta.

— Eu não sabia como, seria muita coisa para você acimilar.

— Mas teria evitado esse susto.

— Tem razão.

Olhei o chão e balancei os calcanhares, agora quem estava sem jeito, era eu. Suspirei enfiando as mãos nos bolsos do meu shorts, ergui mais uma vez o olhar e encontrei Debbie e Alexander se entreolhando, eu não queria que me visem, mas devo admitir, eles formavam um belo casal, pena que ele tenha sido um tanto bobo a ponto de abandonar sua mulher e filha, quem sabe não fora a mesma situação com minha irmã, que eu não conheço. Mas como ele mesmo disse, ele cuida de uma filha, então...

— Eu acho que... eu acho que vou deitar.— falei fazendo gestos com as mãos, umedeci os lábios, baixando o olhar.

— Está tudo bem? — Debbie perguntou, acariciando as maçãs do meu rosto, deixei-me levar pela doce sensação de afeto entre minha mãe e eu. Mesmo que nós nunca fossémos de demonstrações de carinhos.

— Estou, só preciso descançar. Com licença.— envolvi a casa toda em um só olhar, percebi que Alexander estava parado atrás de Debbie, me permiti observá-lo, suas roupas eram realmente sociais, ternos e sobretudos, ele estava vestido da mesma forma que um político se veste, afinal, ele é um. Mas como é que eu nunca percebi isso antes?

Ás vezes chego a ser muito igenua, e nossa, eu odeio ser assim. Pois, muitas coisas estão na minha cara, mas parace que preciso só de um empurrão para criar meus pensamentos em relação as coisas materiais.

Hoje novamente foi assim, haveria alguma mudança agora, que eu descobri ser filha de um governador? Eu tenho medo disso. É uma angústia que só quem sente, sabe. E eu não queria sentir, para não poder saber. Mas infelizmente...

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