Chapter 2/ The Beginning

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Perrie Edwards: 2 anos atrás.

— Parece que você não faz nada certo! Na próxima vez que você tratar um cliente mal, você estará demitida! — Kristen, minha chefe gritava comigo na cozinha do restaurante. Apenas assenti com a cabeça baixa.

Sim, sou uma garçonete, tenho 20 anos e moro com minha mãe, não conheço meu pai e nem quero conhecê-lo. O que se diz ser meu pai abandonou minha mãe no momento em que ela mais precisavada dele. Apesar de mim atormentá-la perguntando-a sobre a história de vida do meu pai, me sinto mau pois cada vez que pergunto sobre ele minha raiva cresce, e a mágoa da minha mãe também. O que me encomoda é que minha mãe não me diz absolutamente nada de interessante, somente:"Calma meu amor, na hora certa você saberá". O que me deixa mais brava ainda.

Não sei praticamente nada sobre ele... Muito menos seu nome e se está vivo. Me conformo em ser somente Debbie e eu.

Estupido não é? Não quando se é abandonada. Não quando é seu PAI que lhe abandona.

— Agora vai fazer seu trabalho, e direito! — ela me repreendeu.

Não acho certo ficar calada enquanto um homem mexe com você em um ambiente de trabalho. E muita das vezes não fico calada, mesmo com Kristen pedindo que fique, porquê como ela diz: "Você vai acabar espantando os clientes, e lembre-se eles quem pagam seu salário. Devia ficar calada e fazer o que eles mandam". Absurdo.

Voltei a atendê-los apenas o sorriso forçado e "Já fez o seu pedido" ou "O que você vai querer" se mantiveram em minha face e meus lábios.

— Você.— um cara respondeu após eu fazer a típica pergunta que por obrigação faço.

Minha vontade foi de lhe dar boas respostas, lhe bater até minhas mãos sangrarem. Mas dependo desse emprego para viver.

Minha mãe trabalha em um hospital como enfermeira, recebe bem mais o dinheiro some rápido, com tudo que temos que pagar.

Após meu espediente acabar tive que fechar todas as portas do restaurante, somente eu e ninguém mais.

— Oh vocês já estão fechando!? — O garoto baixo, com uma franja castanha cobrindo seu olho direito. O qual pude ver que são azuis, perguntou.

— Sim. Sinto muito.— respondi pressionando os lábios em um sorriso torto.

Seu olhar percorreu o ambiente todo, parando-o em um bolo coberto sobre o balcão, seu olhar se voltou para mim como forma de pedido, compreensívelmente maneei a cabeça em negação.

Ele maneou a cabeça em aprovação.

— Por favor, estou morrendo de fome e todos os restaurantes e lanchonetes já fecharam. Essa é minha última oportunidade.— clamava com a voz aguda e suave.

Passou várias vezes por minha cabeça que ele poderia ser pobre o algo do tipo, por está aqui nesse humilde restaurante em Londres. Mas sua roupa e o carro ao fundo fizeram-me mudar de ideia.

Passei a mão por meu "Rabo-de-cavalo" tentando pensar em algo. Novamente estaria desobedecendo minha chefe. Já que a décima segunda regra é: Fechar o restaurante ás 10pm.

E bem, já são 10:21pm.

Seu rosto ficou fofo quando ele piscou algumas vezes quase fechando os olhos quando sorria.

Ri fraco e maneei a cabeça concordando.

— Obrigado.

Caminhei até o balcão e dei um pedaço de bolo para ele.

— Por favor, sente-se comigo.— ele pediu me olhando.

— Não é uma boa ideia.— respondi seca, passando minha mão pelo pescoço, imaginando o que acontecera milhares de vezes após ter aceitado um convinte desses.

Novamente ele pediu e dessa vez não pude recusar. Sentei em sua frente e observei o lugar reparando nos mínimos detalhes de sujeira, para que Kristen não chamasse minha atenção no dia seguinte e eu perdesse meu emprego, já que corro um enorme risco disso.

— Relaxa... Ela ou ele não vai brigar com você, estou vendo que fez um ótimo trabalho.— ele falou sorrindo levando de vez em quando um pedaço de bolo até sua boca.

Assenti timidamente, como soubera que estou tensa?

Me sinto péssima por está sozinha com um homem que além do mais, é estranho.

— Obrigado por ter deixado eu comer aqui. — ele falou se levantando, eu o acompanhei em um movimento rápido. Peguei tudo que ele havia usado e levei para a cozinha.

Não percebi que ele havia me seguido.

— Posso lhe ajudar? Eu lavo o que sujei, uh? — ele falou.

— Não obrigada, esse serviço é meu, é minha obrigação. Não se preucupe.

Ele puxou minha cintura para que me afastasse da pia. O olhei incoformada e ele começou a lavar os pratos. Maneei a cabeça.

— Por favor, deixe isso.— pedi com minha expressão assustada.

— Louis.

— O quê?

— Me chamo Louis Tomlinson.

— Não mude de assunto

Ele continuava lavando a louça.

— Qual seu nome?

— Perrie Edwards.

— Oh, belo nome, Perrie. Você é linda, sabia?

— Por favor, já não aguento mais, por hoje já chega. Homens de mais já mexeram comigo. Não aceito mais um.

Ele riu. Como ele pode está rindo da minha raiva? Da minha completa desordem?

— Meu namorado falou a mesma coisa quando o elogiei semana passada. Mas a diferença era que ele estava brincando, mas você não. Me desculpe eu não sabia que isso magoaria você.

Oh, ele tem namorado.

— Ah, me desculpe... Eu não sabia que... Ai droga, me desculpe.

— Tudo bem, Perrie. Agora vamos que amanhã você têm que trabalhar, certo? — ele perguntou e assenti ainda envergonhada por minha reação constrangedora.— Sabe, gostei de você. Voltarei amanhã.— Ele beijou minha bochecha e saiu.

Saí minutos depois dele. A rua estava escura, isso fez com que meus passos fossem mais fortes e minha ansiedade crescesse.

Ao chegar em casa, a bagunça estava pior do que de costume. Debbie e eu nunca temos tempo para arrumar nossas coisas, mesmo que não passemos tanto tempo aqui. Ela sai de manhã cedo, até antes de mim, volta normalmente ás 11pm, somente para dormir. No outro dia começa tudo de novo, ah sem contar com o plantão que sempre faz quando precisam.

Tirei meus sapatos, que estavam a me encomodar desde o ínicio do espediente. Soltei meu cabelo, esses penteados na maioria das vezes me dão fortes dores de cabeça. Subi a escada enquanto desabotuava minha blusa social. Sempre olhando a casa, para não encontrar nada estranho.

Tomei meu banho, nada demorado mais também não foi rápido, só levou o tempo sufiente para fazer as coisas que preciso.

Vestí uma blusa grande que chegava até minha coxa e deixei meu cabelo molhado sem pentear. Por ele não precisar, já que está um pouco liso.

Antes de dormir ví as várias notificações em meu celular. Nada de importante, mas respondi todos. A maioria eram das minhas amigas, e duas eram da minha mãe dizendo que iria fazer plantão hoje. O que me deu uma raiva imensa. Quero tirá-la disso, não quero que trabalhe ou se esforce. Mas é preciso.

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