Capítulo 28 - Eu Não Vou Ser Jogador.

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(Davi)
Vou ser padrinho do homem que é segurança da minha namorada, pelo visto ele me considera bastante e eu considero ele bastante. Desdo dia que eu conheci o Gustavo, ele sempre me tratou bem, bem até demais. No começo achei um pouco forçado, mas quando eu estava ajeitando as coisas para pedir Mari em namoro, Gustavo ajudou bastante. Alicia eu não tenho muito o que falar, mas se a minha namorada gosta dela, eu gosto dela também, claro com todo o respeito.

Antes de sair da casa da Marina, eu já estava pensando na minha conversa com o meu pai quando eu chegasse em casa. Passei a manhã na escola, depois fui para laboratório, depois casa da Marina, e a metade da minha tarde já se foi. Cheguei em casa pianinho, pisei no chão como se eu estivesse pisando em ovos, pisando com todo o cuidado.

Entrei no meu quarto, tomei banho,  me vesti e quando mesmo eu esperei a porta se abriu, meu pai apareceu com a face mais feia nessa terra.

Alex: - Desce agora para a sala, precisamos conversar agora Davi. - Não questionei em momento algum.

Levanto, saio do meu quarto e vou seguindo o meu pai até a sala que fica no térreo da casa. Minha mãe sentada com o rosto de brava e meu pai bufando feito um búfalo. É, a conversa será longa. - Sento no sofá.

Davi: - Sem enrolação, pergunta, eu respondo e vou dormir. - Não vou ousar em sair para a casa da Marina hoje, minha mãe vai ficar puta pra caralho comigo.

Alex: - Você sabe o prejuízo que me deu? - Olhando para o meu pai.

Davi: - Não pai. - Minha mãe me olha.

Márcia: - Cadê a educação? Depois que namorou essa garota ficou assim, sem educação alguma.

Davi: - Não mete a Marina nisso.

Alex: - Fiz esse campeonato lá, por você. Você tem potencial, eu queria você jogando fora, mas você não quis ir por Marina. Programei essa merda de campeonato, levei os melhores do clube. Davi, Mattheus e Thiago, trio decepção. Você não assinou por qual motivo Davi? - Ele para na minha frente e me olha com o olhar de seriedade.

Davi: - Eu não quero ser jogador de futebol. Quero ter um vida normal, sem fama, sem um bando de Marias chuteiras atrás de mim, ter uma família, viver para a minha família e ser um pai e esposo presente. Quero ter faculdade, quero trabalhar, montar uma empresa, montar meu próprio negócio. Eu só quero viver a minha própria vida, fazer algo que eu quero, deixa eu fazer o que eu quero pai. Não venha culpa a Marina por nada disso. - Me levanto e fico de frente para o meu pai.

Márcia: - Meu Deus, tanto trabalho jogado fora. - Meu pai se senta no sofá.

Alex: - Você quer trabalhar velho até uma certa idade a espera da aposentadoria? Depois de ter talento nos pés, vai largar esse dom por uma mulherzinha? Você pode ter a mulher, piranha, seja lá o que for quando quiser.

Davi: - Eu não admito mais os meus próprios pais falarem dela. Não gosta, mas eu quero o respeito por ela. Já basta a vergonha que minha mãe fez na frente dela e na frente do irmão dela com o sobrinho.

Márcia: - Essa garota faz a cabeça dele, Alex.

Davi: - Quem faz a cabeça de algum aqui é a senhora mãe, vive fazendo cabeça do meu pai.

Alex: - Eu vou te deixar pensar no contrato e depois eu ligo para os olheiros, mas a Marina você não namora mais.

Davi: - Acha que eu sou um molequinho de nove, dez anos, que o senhor fala não para o amor da minha vida e eu obedeço? Essa fase passou, agora eu vou ir para o meu quarto, mas antes quero deixar uma coisa para vocês. - Olho para os meus pais.

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