Começo de algo...

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  No dia seguinte, não pude evitar de perguntar se ela estava melhor. A conversa começou e terminou mais ou menos assim:
  -Oi – comecei.
  -Oi- sua voz mais parecia um murmúrio
  -Como está?
  -Bem
  -Digo, se sente melhor? Quer dizer... Ontem você estava passando mal.
  -Há, sim! Estou bem obrigada - suas palavras soam mais como um pedido de desculpas, do que como explicação - agradeço a preocupação...
  E assim, termina nosso diálogo pois me sinto incapaz de me aproximar.

   Dias depois, encontro Lara no corredor na hora da saída.
    Ela estava passando mal.
Como eu sempre carregava uma “farmácia” na mochila, perguntei o que ela estava sentindo:
  -Você está bem? -pergunto
  -Estou com tontura e dor de cabeça- ela diz com a voz enfraquecida.
   -Quer um remédio?
   -Aceito
   Ela tomou o remédio e respirou profundamente. Perguntei:
   -Está melhor?
   -Está aliviando... Obrigada
   -Por nada.
   A partir desse dia passei a acompanhar Lara em tudo na escola... Fomos nos tornando colegas de escola, e futuramente irmãs de vida e de alma.

A Menina Do CoqueOnde histórias criam vida. Descubra agora