Gestação: 5* mês

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" Sonhos so sao bons quando se tem alguem para dividir"
-Autor desconhecido.

🎯POV KATNISS🎯

Massa crocante e umida, com recheio do creme de chocolate branco misturado ao suco de limão levemente azedo e refrescante, e cobertura de chocolate com chantily.

O doce novo que Peeta fez, mini tortinhas. Receita nova e amada pela maioria dos cidadões do Distrito 12.
E de outros, ja que Peeta recebeu encomenda pra fora.

-Querido...- toco em suas costas, ele esta exausto.
Mas não posso evitar, sinto o gosto na saliva.

Minha mente so pensa e imagina essas tortinhas, meu estomago e boca pedem.

Meu primeiro desejo.

-Peeta, preciso que você acorde!

E nada. Continua com os olhos fechados e a boca pouco aberta, bufo irritada.

Com 5 meses, minha barriga cresceu e começou a ficar arredondada.
O bebê esta ganhado tamanho, moldando meu abdomen pro seu tamanho e movimento.

E como mexe. É cada chute que recebo, Peeta ama senti-lo.
Sorri, conversa com o bebê, chora e me beija.

-Droga, Mellark! Custa acordar e realizar meu desejo?

Belisco sua nuca, onde sei que é seu ponto fraco. Mas não funciona, resolvo atingir seu ponto fraco.

Pego sua mão esquerda, primeiro acaricio suas cicatrizes do pulso. Beijo cada uma delas, depois rodo sua aliança, começo a tira-la quando ele finalmente acorda.

-O que você ta fazendo?

Esfrega o rosto, assustado e sonado.

-To com fome!

-Meu deus...Espere ate de manhã, estou cansado, querida!

-Preciso daquelas tortinhas!

-Amanhã eu faço.

-Preciso agora, Peeta!

-Mulher, volte a dormir!

Bufo, rolando ate estar sobre suas costas. Deixo minha barriga precionar sua coluna, enquanto beijo seu pescoço.

-Você não facilita. Verdadeiro ou falso?

-Verdadeiro!

Ele sorri, vira sua mão subindo pela minha coxa. Estremeço quando o gelado de sua aliança contrasta com o quente da minha pele.

-Peeta...

Ele murmura, dando apertos na extenção da minha carne, suspiro sentindo os hormonios darem sinal.

-O que eu ganho?

-Deixe de ser interesseiro!

-Você é minha mulher...- ele, com todo o cuidado, me vira ficando por cima.

Ele se apoia com o cotovelo, tira alguns fios do meu rosto dando leves beijos.

-Vá fazer meu doce!

-Nada disso, quero minha recompensa!

Antes que eu diga, o bebê chuta.
Peeta sente, abre um sorriso abaixando ate ficar cara a cara com minha barriga.

-Esta vendo, bebê?
Sua mãe me explora! Sorte que a amo demais pra negar alguma coisa...

-Oh Peeta. Para de conversar com minha barriga!

-É com meu filho!

-Não! Ele é minusculo, não ouve voce!

-Não importa. Ele mexe, esta dando sinal de vida!

É como um tapa na minha cara, ja que nunca conversei com esse bebê.

Meu filho.

Algo louco demais pra admitir.
Eu e o garoto do pão fizemos um bebê, daqui a 4 meses uma nova vida que serei responsavel.

-Desculpa.

Peeta me encara, sobe capturando minha boca.

-Aos poucos você acostuma.

Concordo, ficamos nos perdendo nas respiraçoes do outro.
Quero meu doce, mas Peeta pegou no sono novamente.

Levanto, descendo as escadas silenciosamente. Não consigo dormir antes de comer esse maldito doce.

Pego o livro de receita, abro achando a receita. Peeta tem uma copia desse caderno na padaria, mas o original fica bem guardado.

-Droga, por que é tão dificil?

Não sou boa na cozinha, a ultima vez que tentei fazer um bolo decente pro aniversario de Peeta, tivemos que jogar a forma fora.

Nem Buttercup, que era vivo na epoca, quis o torrão de chocolate!

Vejo o pote de farinha no alto da prateleira, não posso subir na cadeira, mas nesse banquinho eu vou.
A ponta de meus dedos tocam a superficie de plastico, puxo fazendo tudo cair sobre mim.

Antes que possa tentar pegar, sou coberta de farinha. O barulho é alto, Peeta deve ter acordado e...

-Katniss, é você?

Otimo. Agora levarei a maior bronca, não estou com paciencia pra ouvir Peeta resmungar.

-Volte a dormir...

-Você voltou a subir ai? Não acredito, Katniss!

-Estou bem, Peeta. Vai la pra cima!

Suas mãos passam por meu rosto, limpando o excesso de farinha. Bufo, fazendo flocos cairem por meu marido, que ri.

Como ele consegue acordar de bom humor no meio da madrugada?

Esqueci que a graça aqui sou eu.

-Você esta coberta de farinha!

-Diga-me uma novidade, Mellark!

Saio de seus braços, pegando o pote vazio e jogando-o na pia.

-Vamos limpar voce!

-Eu vou fazer esse maldito doce!

Ele abraça minha cintura, deita sua cabeça na curva de meu pescoço.

-Sabe que não vai conseguir, eu faço pra vocês...Agora vá se limpar, logo estará coçando a pele irritada pela farinha.

Concordo, subo pro banheiro e tomo um banho quente.
O sono me atinge, deito na cama so acordando no outro dia.

-Hey, sua dorminhoca!

Acordo sentindo o cheiro, meu estomago da voltas de felicidade. Ou sera o bebê?

-Cheiro de tortinhas...

Abro os olhos, encontrando Peeta sentado na cama ao lado de uma bandeja de cafe da manhã com meu doce.

-Oh, Peeta. Você fez!

O abraço, quase deslocando seu pescoço, exalando felicidade pelos poros.

-É seu primeiro desejo. Não podia deixar passar!

Beijo seus labios, as lagrimas caindo.
Estou boba, chorando por tudo.

-Não quer provar?

Começo a comer, Peeta me acompanha.
Deixo a bandeja ao lado, deitando junto a ele.
Sua mão me assusta, passando por todo meu abdomen.

-Você ama o papai, bebê. Verdadeiro ou falso?

Peeta delira ao sentir o bebê chutando.
Esse é um dos curtos momentos que me fazem refletir e notar que a vida vale a pena.

Meu marido que viveu tantos pesadelos, tenta a oportunidade de ser feliz. Eu estou dando isso a ele, não muito a vontade com essa experiencia nova.
Mas se for pra deixa-lo feliz e sem crises, eu enfrentarei o que for.

-Verdadeiro. Amamos você!

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