Bem vinda, Willow! (Parte I)

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POV KATNISS

-Se continuar vai me aborrecer!

Sua boca sai de minha pele, seus carinhos sempre me fazem derreter em seus braços, não dessa vez.

-Por que não me quer aqui?

-Você vai ficar me irritando o dia todo.

-E meus beijos? Não contam?

-Não jogue toda essa conversa pra cima de mim. - o azul gira antes de voltar a me focar, meu marido quer realmente me deixar irritada.

Quase 9 meses de gravidez.
Meu clone do mal foi ativado.

-Você não pode ficar sozinha, Katniss.

-Quem disse?- o orgulho não saiu de mim, só esta mais forte toda vez que ele insiste nisso.

-Eu.- seus braços cruzam, um Peeta aborrecido é o que menos preciso.

-Pois agora eu estou dizendo que não preciso, garanto que será melhor se você for pra padaria!- apoio em seus ombros buscando apoio para levantar, caminho ate a cozinha em busca de comida.

-Quer que eu ligue para...

-Estou falando sério. Qualquer dor eu te ligo.- viro fazendo-o se chocar contra minha barriga, mesmo assim ele não recua.

-Ficarei menos preocupado se tiver alguém aqui.

-Willow não vai nascer agora. Pode ir.- agarro suas bochechas sugando seus lábios, o fogo dentro de mim so aumenta perto dele.
Apertar seus braços e bunda virou costume, culpo os hormônios.

-Certo.

Suspiro pegando um copo de suco, pelo menos terei a manhã livre de suas recomendações e cobranças.
É repouso, hidratação, vitaminas.
Fico irritada com tanta frescura, apesar de que para ele são apenas cuidados.

Entendo seu lado, quer apenas nos proteger.
Mas é irritante.
Sempre gostei de ser independente, não quero o contrário logo agora.

-Ainda me ama?- sua pergunta tem me estranhado, ha poucos dias ele me acordou só para perguntar isso.

Suspeitei de algum sonho ruim, talvez um pesadelo tenha provocado essa desconfiança momentânea. Respondo todas as vezes, mas estou tão irritada que somente bufo ficando ainda mais impaciente.

-Você ja sabe a resposta.- fecho a porta voltando a sentar na poltrona, ao relaxar minhas pernas sou atingida pelo remorso.  Por que eu simplesmente não disse uma única palavra que o faria ficar mais tranquilo?

Tento relevar e fechar os olhos não ajuda em nada, fico voltando ao sentimento ruim. A única coisa que eu não precisava era ficar pensando nisso.

-Droga!- ergo os pés,  num impulso agarro os braços do assento e levanto, tombo pro lado sentindo o peso ficar desigual.
-Merda. Não caia!- volto a sentar, dando profundos sopros de ar antes de tentar novamente.

Com sorte consigo, mas meus tornozelos não aprovam minha ousadia.

-Esta vendo? Isso é a maldita boca do seu pai. Ele sempre precisa estar certo!- vou até o escritório resmungando, entediada e chateada.

O telefone da padaroa ja esta gravado no aparelho, somente aperto a opção 1 e espero alguém atender.

-Anda. Por que tamanha demora?- estou estupidamente chata, implicante e nem um pouco gentil.

Hormônios. Conseguiram piorar em mim o que ja não era bom.

-Alô?- pergunto interrompendo a possível saudação da pessoa do outro lado da linha.

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