Capítulo 3 (Alice)

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Eu estava tentando entender ainda o que estava acontecendo.

Essa história de eu ser uma semideusa não estava entrando na minha cabeça... todos meus irmãos e irmãs me acolheram bem, mas parecia que Annabeth não gostava de mim por algum motivo.

– Alice, soube que machucou as costelas.

– Sim, é verdade. Mas quem é você?

– Ops, desculpe, me chamo Igor e sou um filho de Atena, como você.

– Ah, muito prazer.

– O prazer é meu. Tome. –disse-me ele alcançando um copo com uma bebida estranha.

– O que é isso?

– Ambrosia, bebida dos deuses.

Tomei o líquido em poucos segundos, ele tinha um gosto muito bom.

– Obrigada.

– Imagina, logo você estará novinha em folha, agora pode terminar de arrumar as suas coisas.

– Ok, até mais.

– Até. – ele saiu me deixando sozinha novamente.

Após terminar de organizar minhas coisas peguei uma roupa confortável e fui tomar banho, a água quente ajudou-me a esquecer um pouco dos problemas, mas não afastava minhas dúvidas, o que aconteceria agora?

Me arrumei e fui até o refeitório, aonde sentei na mesa de Atena, pude ver Bryan na mesa de Hades com mais duas pessoas e acenei para ele.

Após escutarmos Ártemis falar que estávamos ficando sem tempo e um monte de baboseiras, nós tivemos que fazer uma oferenda aos nossos pais.

Percy anunciou que amanhã à tarde ocorreria o capture a bandeira.

Fiquei imaginando se teria algo haver com o capture a bandeira da escola, mas algo me dizia que o daqui era muito mais perigoso.

– E ai Ali, sua costela melhorou?

– Sim, um de meus irmãos me deu um pouco de ambrósia, estou pronta para outra.

Ele me olhou com uma cara de zangado, mas me abraçou protetoramente.

– Nunca mais tente me salvar.

Eu retruquei:

– Nunca mais faça algo sem pensar.

Ele me deu um beijo na testa, desejou-me boa noite e cada um foi para o seu chalé, por estar muito cansada dormi logo que deitei na cama.

No meio da noite comecei a ter sonhos estranhos, estava em um lugar muito escuro e havia um cheiro muito forte de enxofre ali, logo minha consciência me avisou que aquele lugar era o submundo.

Pude ver o tão famoso rio Estinge e alguém se banhando nele, ao chegar mais perto reconheci a pessoa, era meu pai.  Mas o que ele fazia ali?

Ouvi uma voz terrível murmurar algumas palavras:

– Corpo humano, frágil e limitado, fácil de ser ocupado, agora pelo Deus do Tempo será dominado e dessa vez eu não irei ser derrotado.

Uma rizada maligna tomou conta do lugar e ele gritou:

– Cronos voltou!

Acordei soada e ainda ouvindo o grito em meu subconsciente, olhei no despertador e vi que ainda eram três horas da manhã, tomei um copo de água na tentativa de me acalmar, mas vendo que aquilo não havia adiantado peguei um calmante dos mais fortes em minha mochila, tomei e logo adormeci novamente, dessa vez sem sonho algum...

The Last SecondOnde histórias criam vida. Descubra agora