Nikki entrega a carta da Agencia VOICE

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São Paulo - Ibirapuera

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São Paulo - Ibirapuera

"Niki?... Pelo amor de Deus, você não pode ficar me puxando assim o tempo todo!", esbravejei a ser conduzida até o meu quarto me enfiando para dentro e me pondo sentada em minha cama, Niki respirou fundo, parecia me odiar, aquele olhar cortou meu coração em pedacinhos e comecei a me questionar se ela ou alguém nos viu na coxia e acabou falando para ela, Niki enfiou a mão no bolso de traz da calça Jeans e segurou o papel.

"Eu não ia te entregar isso, mas... Eu sei que é a sua vontade e...", Niki se cala e me olha e torce a boca, " quero você longe desta casa e do meu marido".

Meu estomago revirou na hora e as lágrimas desceram como correntes quentes, levei a mão a boca e puxei o papel de suas mãos e o abri, minha passagem só de ida para Nova York, meu passaporte e com a carta de entrevista para a agencia VOICE, minha decepção era grande, não olhei mais para minha irmã e chorei copiosamente decepcionada por sua incapacidade de me amar naquele momento, Niki ficou me olhando por um instante, ate achei que iria pedir perdão pelo que falou, mas se levantou, foi até o meu guarda roupa e puxou a mala que estava lá em cima e a jogou na cama, "faça suas malas, amanhã vamos te levar para a tia Lucinda", saiu do quarto sem dizer uma só palavra, respirei fundo e olhei para a mala e agora entendia o desespero de Dário, ele sabia sobre a carta e a passagem, funguei de decepção, abri minha mala e a fiz com gosto, estaria livre daquela maldita velha e de minha irmã autoritária e ciumenta, por um instante me arrependi de não der deixado meu cunhado se aproveitar de mim e me fazer mulher, joguei minhas roupas na mala, meus perfumes e o porta joia de minha mãe que Niki sempre desejou em ter, ultimamente estava pensando em deixar com ela, mas minha raiva era tamanha e o coloquei na mala, deixei uma roupa confortável para a viagem, fechei e coloquei embaixo da minha cama, respirei fundo e olhei no relógio, tinha algumas horas para me despedir de meus amigos, sabia que Niki me faria levantar bem cedo e seguir para São Paulo Já que levava mais de doze horas, vesti minha calça jeans surrada de montaria, puxei a galocha e as enfiei no pé e peguei uma camiseta velha e uma blusa de frio e desci, Niki veio até mim percebendo a minha intenção de sair e espalmou a mão em meu ombro me segurando, "não vai sair daqui a essa hora mocinha", sua voz era baixa justamente para não acordar seu marido e ele descobrir que estava sendo expulsa de sua casa, tirei sua mão e sai sem dizer uma só palavra, corri para a coxia e puxei Sininho e a selei e saí galopando rápido aproveitando toda sua velocidade, Dário ainda corre para tentar me segurar e grita meu nome, mas era tarde, eu saí da fazenda rapidamente, só deu tempo de vê-lo com as mãos nos cabelos respirando fundo atordoado.

A primeira pessoa que fiz questão de me despedir foi o professor Marcelo, apesar de ser lindo e ter uma queda por ele, era um ótimo amigo, bati em sua porta, sua esposa me atendeu e sorriu e me convidou a entrar, "Venha?", encontrei Marcelo sentado à mesa comendo o seu jantar e se espantou em me ver ali em sua sala parada e o olhando, quase engasgou e se levantou rápido, eu estava com cara de choro e era visível isso, me segurou pelos braços e me encarou, "Você está bem?", Marcelo me levou até o sofá, eu respirei fundo. "Estou indo embora do Brasil", meu sorriso vai de orelha a orelha, mas as lágrimas denunciam meu abatimento e tristeza, "A agencia VOICE me chamou e amanha bem cedo sigo para São Paulo e dentro de dois dias sigo para Nova York".

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