Capítulo 17: Um Dia em Paris

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Heeeey,there people!
Vou postar adiantado porque não sei se vou conseguir postar amanhã.
Se você ainda não viu o trailer o link ta na sinopse da fanfic
:3 Já sabe né?
Não se esqueça de votar,comentar e compartilhar.Ajuda muito a escrever. ;3
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Theodore me encarava com curiosidade,então ele fechou os olhos e seus ombros ficaram totalmente relaxados.Ele sorriu amplamente e abriu os olhos.

-Ômega.-ele disse.

Eu levantei minhas duas sobrancelhas em sinal de surpresa.Antes que eu pudesse perguntar como ele sabia,senti uma mão suavemente envolver meu braço.

-É melhor nós esperarmos no carro.-ele sussurrou calmamente,porém seus olhos azuis estavam bem abertos e alertas.Suas sobrancelhas albinas estavam levemente franzidas em sinal de preocupação.

Ele olhou de mim para Theodore,o analisando durante um bom tempo antes de voltar a olhar para mim.Eu concordei e deixei que ele escorregasse sua mão pelo meu braço até encontrar a minha mão,enquanto me guiava de volta para a picape preta.

Eu encarei Theodore enquanto me afastava com Ethan.Tinha quase certeza que minhas sobrancelhas estavam franzidas.Theodore me deixava confusa.Justo eu que sempre fui capaz de ler as personalidades das pessoas com a mesma facilidade com que eu lia um livro novo.Seu olhar,assim como o de Antoine,parecia antigo,sofrido,alguém que já tinha visto muita coisa.Ao mesmo tempo,tinha uma pitada de um tempero perigoso: Loucura.

Me sentei com Ethan dentro do carro e ele ligou o aquecedor,deixando os vidros enbaçados.Nenhum de nós disse nada,ambos muito perdidos em seus próprios pensamentos para tentar formar um diálogo.

Eu suspirei e encostei minha cabeça na janela da picape.Sentia falta da simplicidade da minha vida.Agora tudo era tão complicado.Sentia falta de passar horas lendo e escutando música no meu quarto,das minhas aventuras com Dani e Bia,de tomar café da manhã em família,de assistir séries com Gabriel...

Sacudi a cabeça e evitei esse sentimento nostalgico e deprimente que tentava tomar meu corpo.No dia em que Ethan quase morreu por minha culpa,eu fiz uma promessa silênciosa para mim e para aquela menininha enquanto pedalava de volta para tentar salvar Ethan: a de que iria ser forte.Eu nunca quebro minhas promessas.

Depois de 15 minutos,Tony voltou para o carro.Ethan pulou para a parte de trás da picape mas eu me recusei a me afastar do aquecedor.

Era bom ficar em silêncio perto de Tony,não era incomodo como se alguém tivesse que dizer algo para quebrar o silêncio.Era relaxante.Logo estamos de volta a cabana.

Charlotte nos recebeu na porta como da primeira vez.A diferença era que seu sorriso parecia forçado demais e seus olhos tristes.Ninguém comentou nada,nem mesmo perguntaram se ela estava bem.Eu queria abraçá-la mas me contentei em lhe retribuir um sorriso amigável e sem pena como ela tinha feito comigo da primeira vez que nos encontramos.

-Bem,eu tenho assuntos importantes para resolver.-disse Tony,esgregando os olhos azuis como se estivesse cansado.O azul tempestuoso deixou passar o cansaço acumulado durante décadas.-Lotte,poderia almoçar com Lucy e ajuda-la a se preparar para a reunião com o Conselho hoje à noite?

-Poderia parar de falar de mim como se eu não estivesse aqui e me tratar como se eu precisasse de babá?-perguntei irritada.-Sem ofensas,Lotte,eu adoro você.

Ela me deu um sorriso afável antes de se dirigir para Tony que me ignorou.

-Só se me der aquele seu magnífico cartão de crédito mágico que tem dinheiro infinito.-ela disse piscando seus longos cílios cheios de rímel e maquiagem enquanto estendia a mão.-Por favor,Tony?

Depois de alguns grunhidos e resmungos,ele tirou a carteira de couro gasto do bolso da calça e entregou um cartão dourado a Charlotte que quase deu pulinhos de alegria antes de dizer:

-Nós duas vamos nos divertir TANTO!

Eu olhei apreensiva para Ethan,me lembrando da nossa conversa sobre Charlotte querer me transformar em sua nova boneca Barbie e engoli em seco.Ele sorriu e murmurou um silencioso "Boa sorte,você vai precisar".

   Lotte me arrastou até uma moto Vespa preta,colocamos o capacete e ela acelerou pela estrada de terra até chegarmos no cimento.Agradeci ao chegarmos ao asfalto,meu bumbum estava sendo massacrado pelos buracos da estrada de terra.

   Eu sempre tive certa apreensão de andar de moto.Charlotte não ajudava acelerando cada vez mais e fazendo ultrapassagens perigosas.Várias vezes fechei os olhos esperando por um acidente que nunca acontecia,Charlotte ria da minha cara.Eu revirava os olhos,emburrada.

   Eu fiquei animada quando,ao longe no horizonte,avistei a torre Eifeel.Cada minuto que passava só me fazia ficar mais e mais ansiosa.

   Finalmente chegamos.Charlotte estacionou e eu fiquei sem ar ao ver as dimensões da torre.Era gigantesca!Eu nunca poderia ter sonhado que ela tinha esse tamanho.A maioria das fotos a fazia parecer menor do que realmente era.

   Assim que descemos,Charlotte enganchou seu braço no meu e voltou a me arrastar.Eu pensei em protestar mas tinha certeza absoluta que não iria adiantar de nada,então só suspirei e me deixei ser arrastada rua abaixo.

   Podem ter sido minutos,mas para mim foram horas entrando em lojas e mais lojas,experimentando roupas e mais roupas.No fim da rua,já havia tantas sacolas nas minhas mãos que meus dedos reclamavam de dor.

-Só mais uma loja.-disse Charlotte.

-Charlotte...-eu choraminguei.-Se tiver que segurar mais uma sacola,meus dedos vão cair!Aliás,como vamos levar isso tudo na sua moto?!São mais de 11 sacolas!

-Relaxa e vem comigo.-ela disse começando a me arrastar de novo.-Prometo que você vai amar essa última.

   Eu suspirei profundamente e a segui.Entramos em uma loja de antiguidades e eu olhava curiosa para todos os lugares.Sempre adorei coisas antigas,elas pareciam carregar e querer contar muitas histórias.

   Charlotte se dirigiu ao balcão de atendimento e eu dei uma escapulida,entrando em um dos corredores de prateleiras lotadas das mais diversas velharias.Parei e encarei curiosa uma vitrola vermelha opaca.
  
-Ela é linda,não é?-disse uma voz feminina atrás de mim.

   Eu acho que tive um mini ataque cardíaco com o susto que levei.Eu olhei assustada para uma garota que estava a 1 metro de mim.

-Desculpe,não quis assustá-la.-ela se desculpou. Ela havia falado em inglês,porém tinha um sotaque carregado que não consigui identificar de onde era.

   Ela tinha os cabelos pretos e ondulados na altura dos ombros.Sua pele era morena mas,ao mesmo tempo,pálida.Se ela não me olhasse tão curiosa,eu diria que ela estava passando mal pela sua pálidez.

-Tudo bem.-eu respondi.-Eu que devia parar de ser tão assustada assim.

   Ela sorriu.Seus dentes eram tão brancos que,por um segundo, quase fiquei cega.Então começou a me analisar com aqueles olhos castanho-avermelhados cheios de curiosidade.

-Você não é daqui é?-perguntou ela,ainda em inglês.

-Na verdade...-eu começei,antes de ser imterrompida por uma Charlotte reluzindo de alegria com uma câmera polaroid.

-Olha só o que eu achei!-ela disse quase dando pulinhos de alegria.

-Wow,eu não vejo uma dessas há anos!-eu deixei escapar,entusiasmada.

   Eu me virei para a menina mas franzi o cenho.O corredor estava vazio.

-Ué,mas pra onde é que ela foi?-eu perguntei.

-Ela?Ela quem?-perguntou Charlotte,franzindo o cenho.

-A menina do cabelo preto.-eu respondi.-Ela estava aqui...não faz nem um minuto...

-Melhor irmos embora.-disse Charlotte,com um sorriso forçado.Seus olhos pareciam preocupados,ela parecia ansiosa.

   Charlotte me arrastou de volta a moto.

Lobos Não Sangram [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora