Capítulo 28: Pesadelo Ruivo

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P.O.V. Lúcia

   Tudo o que eu conseguia pensar era que precisava fazer algo.Sentia com todas as células do meu corpo que alguma coisa estava prestes a dar muito errado.Me sentia agoniada,angústiada,desesperada.Eu precisava fazer alguma coisa,imediatamente.

   Assim que saí da sala,saí pelas portas ainda escancaradas do salão e corri.

   Eu precisava achar eles.Não podia deixar que os machucassem.Se aquele desgraçado infeliz encostasse em um fio de cabelo de qualquer um deles,eu o mataria com minhas próprias mãos da forma mais lenta e dolorosa possível.Que se dane se ele era um cara enorme e um lobisomem.Eu o faria se arrepender profundamente...

   Corri para a floresta.Eu havia ouvido Antoine dizer que achava que eles estavam se escondendo nas montanhas.Se era necessário que eu vasculhasse cada centímetro daquelas montanhas,era isso que eu faria.Lembrei da cabana do meu pesadelo.Tinha quase certeza que era lá.

   Era insanidade se guiar por uma coisa que eu havia sonhado a poucos dias?Claro.Se isso me impediria de fazer isso?Claro que não.

   Não sei por quanto tempo corri,mas logo havia parado,ofegante,para respirar.Meus pulmões pareciam estar em chamas.Talvez fosse minha cabeça,talvez eu tivesse assustada demais,mas só foi necessário um estalo de um galho sendo quebrado e eu já estava correndo como se minha vida dependesse daquilo.Mas não era só minha vida que estava em jogo,e era esse o motivo de eu estar correndo perdida em uma floresta,de noite,no frio.

   Eu não podia parar,não podia.Tinha que achá-los.Eles precisavam de mim.Mas estava exausta.De repente,tropecei em uma raiz e me estabaquei no chão.Fiquei algum tempo arfando no chão,em uma busca desesperada por ar.

   A imagem das caras de desespero e medo dos meus pais e de Dani e Bea no meu sonho.Aquilo foi o combustível para eu me levantar em uma pulo sob minhas pernas bambas.

   Droga,pensei,Eu tenho que parar de ser sedentária.

   Me apoiei em meus joelhos e olhei em volta.Estava um breu,mas meus olhos já tinham conseguido se acostumar com a fraca luz da lua minguante e das estrelas.Eu estava em uma clareira pequena.

   Franzi o cenho.Aquele lugar tinha algo de muito familiar.Olhei de novo e arregalei os olhos,surpresa.Era a clareira do meu sonho.

   Por onde era?,eu pensei.

   Me lembrava no sonho de ter corrido em uma direção para chegar até a cabana.Mas pra onde era?

   Andei ao redor da clareira,tentando reconhecer algo,mas tudo parecia igual.Eu suspirei e,depois de 7 voltas ao redor da clareira,eu parei.Estava cansada,com fome e frio.

   De repente,um estalo,outro galho quebrando.Depois outro.Eu não tinha mais forças para correr.Me arrependi-a amargamente de ter fugido.Outro galho quebrado,a minha esquerda.Olhei com medo para a mata e então...um cervo saiu da floresta.

   Eu respirei,mesmo sem saber que estava prendendo o ar.

   Medrosa,eu ri de mim mesma,Era só um cervo.

   Me virei para voltar a procurar o caminho com que havia sonhado e me deparei com um par de olhos vermelho-sangue.

-Aaaaaaaahhhhh...-eu gritei,tropeçando nos meus próprios pés e caindo sentada.

    Era uma garota.Não parecia muito mais velha do que eu.Os cabelos castanhos caiam até os ombros.A pele morena estava pálida,mas ela não parecia estar passando mal.Vestia um vestido preto pouco abaixo dos joelhos e me olhava com curiosidade,os braços atrás das costas.

Lobos Não Sangram [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora