Capítulo 23: Rastros

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Hey
O capítulo hoje é dos grandes então nem vou falar muita coisa aqui.
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Falei demais? O.o provável
Boa leitura.
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P.O.V. Will

   O princípio básico para seguir rastros de qualquer coisa que você esteja rastreando é não fazer barulho.Matt não entendia esse pricípio básico.

   Assim que chegamos na cabana,ou melhor,no que havia restado da cabana,Matthew saiu procurando em baixo de entulho e chutando toda a tralha que entrou em seu caminho conforme ele ziguezagueava pelo que um dia já fora um belo e bem cuidado quintal.Respirei fundo e resisti a minha vontade de socá-lo na cara.

-Matthew.-chamei,tentando não desgastar minha curta paciência.

   Ele parou de chutar um pedaço carbonizado de um rádio e me encarou com as mãos nos bolsos da blusa.

-Pare.De.Chutar.Lixo.-eu disse pausadamente.

-Hmm.Foi mal.-ele respondeu antes de voltar a andar atravéz dos restos de móveis.

   Minha paciência havia se tornado curta depois daquela briga com Lúcia.Eu a entendia,pra falar a verdade.Eu a havia incentivado a confiar em mim e depois não quis confiar nela.

-O que está procurando?-perguntei.

-Algo fora do lugar.-ele respondeu.

   Eu ergui uma sobrancelha e olhei para a bagunça ao nosso redor me perguntando se ele estava fazendo alguma piada.

-Você vai entender quando eu achar...-ele respondeu.-Pode procurar por pistas se quiser,pegadas ou coisas do tipo...

   Ótimo,agora eu estava recebendo ordens de um pirralho aprendiz de bruxo.Sai andando por ai olhando para o chão,procurando qualquer coisa suspeita.Não demorou muito para que eu encontrasse marcas na terra,pegadas,como se alguém tivesse chutado alguns pedaços de entulho.

   Segui as pegadas que adentravam a floresta.Parei na beira da clareira e me agachei para analisar as pegadas:Algumas eram de botas,outras pegadas tão grandes de lobos que poderiam ser facilmente confundidas com pegadas de urso.

   Encostei minha mão na terra marcada pela pegada de um lobo.Estava quase fria.Estiveram ali a mais ou menos 40 minutos.Contei as pegadas,eram quatro lobos.As pegadas humanas também contavam como quatro.Deduzi que eram quatro lobisomens que se transformaram.

   Respirei profundamente o ar e prestei atenção nos odores.Floresta...plástico queimado...fogueira apagada...quatros lobisomens adultos e machos...um deles bem poderoso...Um cheiro podre ardeu em meus pulmões.Sangue,carne em decomposição,animal morto.

   Olhei para de onde o sonho vinha.Há alguns metros de mim,dentro da floresta,um corpo humano estava jogado no chão de barriga para cima.Tampei o nariz,horrorizado.

-Achei uma coisa.-disse Matthew.

-Eu também.-respondi.

-Não vai ser tão surpreendente quanto o que eu achei.-disse ele.

-Tenho sérias dúvidas...-sussurrei.

   Não estava com estômago para ver tripas e sangue agora.Me afastei da beira da floresta e fui até onde Matthew estava agachado.Ele apontou para o chão,animado.Na sua frente havia um tipo de caixa,estava intacta.

-Por que eles largariam uma caixa aqui?-perguntei.-Será que tem uma mensagem assustadora dentro?-brinquei,me agachando ao seu lado.

-Por um simples motivo,meu caro Watson:Não foram eles que largaram a caixa aqui.-ele disse animado.

Lobos Não Sangram [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora