No domingo eu acordei por volta das 11 horas da manhã, Marcos dormiu aqui porque ficou com preguiça de ir embora após ter deixado as meninas e vindo me deixar em casa.
Era legal ter alguém em casa, já moro sozinho há 3 anos, a casa fica melhor quando não estou sozinho. Ele ainda dormia quando acordei, esparramado no colchão na sala, fui até a cozinha é preparei algo para comer.
Nossa primeira refeição foi minha especialidade: macarronada. Passamos boa parte de tarde jogando vídeo game, jogando conversa fora e conversando sobre como ele conheceu a Alexa.
— Ah, seu celular está tocando — disse Marcos quando fui beber água — uma tal de Eliza está ligando.
— O que? — falei assustado, tinha esquecido totalmente do meu celular, desde quando vi a mensagem dela na outra noite — eu tô indo, não deixe ela desligar.
— Cara, como eu ia impedir ela de desligar? — ele sorria enquanto falava.
— É, ah, oi? — atendi todo atrapalhado — oi, Eliza?
— Oi Caio — a voz dela era suave, parecia preocupada — você está ocupado?
— Não, tô só assistindo — tentei controlar a respiração — tudo bem?
— Me desculpe, eu estivesse ocupada esses dias, não pude falar direito, você ficou chateado?
— Não, não, tá tudo bem, eu sabia que você deveria estar ocupada.
— Eu mandei mensagem ontem de noite, pra gente conversa pela webcam, queria ver você, mandei mais duas mensagens hoje e você não respondeu, me desculpa, realmente não queria magoar você.
— Desculpa Eliza, eu saí com uns amigos ontem, acordei tarde e um deles dormiu aqui, ficamos jogando vídeo game, acabei não vendo as mensagens, prometo que tá tudo bem.
— Ah, ainda bem, achei que você estava com raiva e fiquei preocupada em você achar que eu era maluca por causa das mensagens.
— Tudo bem, gosto de mensagens — falei tentando parecer amigável.
— É um pouco estranho, não sei o que dizer — ela falava enquanto dava risos — sobre o que quer falar?
— Eu já falei sobre mim, quero saber quem é Eliza, a garota linda que lê vários livros no café em frente à minha casa.
— Você me acha linda? — ela parecia envergonhada — obrigada — eu tentava imaginar o rosto dela nesse momento — tudo bem, eu trabalho em um estúdio de fotografia, sou fotógrafa e também tiro algumas fotos para a revista, tive várias reuniões esses dias e estou super atarefada para esses próximos dias.
— Pensei que você trabalhava com algo que envolvesse leitura.
— Não, eu amo leitura — ela falava de uma forma que me deixava calmo com um sorriso bobo — eu estava na casa dos meus pais aí na sua cidade, passei alguns dias aí, voltei porque fui chamada pela revista.
— Tem previsão para voltar? — falei esperançoso.
— Infelizmente não, como eu disse, estou cheia de tarefas.
— Você tem namorado? Noivo? Marido? — perguntei quase interrompendo.
— Está muito interessado — ela riu, mas estava flertando — estou solteira, faz tempo, para falar a verdade.
— Entendo, queria te ver...
— Vou mandar meu email por SMS, ai a gente se fala pelo Skype, tudo bem?
— Vai ser bom — quer fazer isso agora?
— Bem que eu queria, mas tenho que arrumar algumas coisas aqui, quando eu terminar eu te aviso tudo bem?
— Combinado.
— Até mais, Caio.
— Até mais, Eliza.
— Beijos.
— Guarda para me dar quando a gente se ver — flertei esperando um sim.
— Vou pensar no seu caso, até mais.
Talvez o que eu esteja fazendo seja errado, sai com uma garota ontem, flertei com a Eliza hoje, não gosto de sair com uma e com outra, não faz meu tipo, mas é difícil negar algo a Roberta, e a Eliza realmente mexeu comigo, não sei o que fazer, espero que eu tenha um pouco de juízo ou então vou acabar como estava, sozinho.
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Prenda minha
RomanceEle, um aspirante a escritor, numa vida solitário seguindo seu sonho sem sair da sua zona de conforto, tem sua vida estimulada por causa das pessoas ao seu redor tendo uma nova forma de ver o mundo. Às vezes longe demais, mas sempre sentindo bem per...