As aulas voltaram a retomar-se depois das férias de Natal.
Harry teve que suportar os outros a questionar o seu trabalho, incluindo nas suas aulas, sentados observando as reacções dos seus alunos e a sua forma de os tratar.
Também no seu escritório o deixavam demasiado tranquilo tendo de responder as perguntas estúpidas que não faziam mais do que pô-lo mais zangado mas sem nunca chegar a perder a cabeça.
Respeitava a politica da universidade, mas não a entendia, menos sabendo que não tinham nenhuma prova.
Harry tinha lhes dito que levou a Ellie onde ela queria e deixou-a lá, não se preocupou mais. Mas o facto de que Jake a tenha visto semi-nua ao lado do seu carro e ela entrara lá dentro parecia prova suficiente para suspeitar de mais.
Mas mesmo quando o seu trabalho estava a ser questionada não só por a sua suposta relação com uma aluna, senão também de agredir um aluno, o único que lhe importava era Ellie. Tinha deixado de ir as suas aulas e apenas a via nos corredores. Julian tinha perguntando ao resto dos professores sobre o seu possível carácter e comportamento nas aulas e isso chateava-o. Não sabia que Ellie lhe era impossível seduzir ao resto dos professores porque estava seguro de que só o amava a ele, só a ele… Ao menos até que a recusou.
Ainda tinha pesadelos daquele momento. Levantava-se a meio da noite completamente suado, gemendo e com o seu nome na boca. Doía-lhe pensar nas lágrimas que tinha derramado no seu carro e só esperava que tudo acabasse, se tinha sorte, em umas semanas.
Ellie também não estava bem. Depois de passar o Natal fechada no seu quarto fechada por uma maldita relação o único que tinha claro era uma coisa: Harry era um porco.
Estava segura que depois de conseguir um bom ‘tempo’ com ela; de permitir-lhe fazer-lhe coisas que jamais tinha pensado, cansou-se dela e deixou-a um lado dizendo que só deviam ser “professor e aluna”.
Mas apesar disso não podia tirar da cabeça e do seu coração o profundo sentimento que tinha por ele.
Não queria voltar a pisar as aulas do professor Styles e procurava não encontra-lo nos corredores. Procurava-lo e quando o encontrava, tentava esconder-se ou dar-se meia volta para não vê-lo.
Os exames estavam de volta e era bom concentra-se em algo que não fossem nos seus sentimentos destroçados. Também tinha Sarah que a apoiava cada vez que as memórias voltavam. Dizia-lhe para procurar um substituto para o professor mas recusava-o directamente. Não queria um substituto; apesar de querer odeia-lo com todas as suas forças, no fundo, continuava a ama-lo.
Uns golpes na porta fizeram que Harry levanta-se a cabeça estranhando. Era demasiado tarde para explicações e não tinha visitas previstas.
Harry: Entre.
Sarah abriu a porta do escritório e fechou-a atrás de si. Levava uma minissaia o suficientemente curta para provocar um ataque a qualquer homem e a camisola não devia ter custado demasiado tendo em conta a pouca tela que tinha usado.
Harry: As explicações acabaram, senhora.
Sarah: Estava a perguntar-me se podia dar-me uma privada, professor. – Disse ela aproximando-se e apoiando as mãos sobre o escritório. Isso fê-lo lembrar-se de Ellie. Fechou os olhos e afastou a cara. Tinha que deixar de pensar nela.
Harry: Peço-lhe que saia do meu escritório.
Sarah: Vamos, professor! Vai ser bom. Não há ninguém por perto e seguro que se lhe ocorrem uma ou duas cosias para fazer aqui. – Disse piscando-lhe o olho.
Harry pôs-se de pé e pegou-a pelo braço. Aproximou-a o suficiente a ele como para que a Sarah tivesse de olhar para cima para olha-lo nos olhos.
Harry: Fora. – Sarah fez uma careta e levou a sua mão até a entre perna dele. Apertou o seu membro e começou a acaricia-lo para que se pusesse duro. Afastou-a o suficiente para a conduzir a porta do escritório.
Harry: Primeiro, não sou desses. E segundo, já estou apaixonado por alguém.
Abriu a porta e encontrou dois homens parados a sua frente. Olhavam mais a Sarah e a sua mão agarrando o seu braço do que a ele.
Sarah: Apaixonado de Ellie?
Harry: O que se passa aqui?
Sarah: Desculpe, professor. Tinha que assegurar-me de que não era dos que se aproveitavam das suas alunas e quando conseguem o que querem as abandonam.
Harry franziu a sobrancelha. Não gostava de partidas e menos a sua custa.
Sarah voltou-se para os homens e sussurrou-lhes algo e depois desapareceram pelo corredor. Voltou-se para ele e o seu carácter divertido e amável mudou por completo
Sarah: Temos de falar de alguém em comum.
Harry: Não há nada para falar. – disse entrando novamente no seu escritório.
Sarah segui-o e fechou a porta.
Sarah: Acho que sim. Gostava de saber o motivo porque a recusou-a. Acabou de dizer que a ama.
Harry: Não disse tal coisa.
Sarah: Então quer f*der-me? – perguntou aproximando-se dele e afastando uns papeis para se sentar.
Harry que estava sentando na sua cadeira, olhou-a surpreendido mas sem ter nenhum tipo de atracão a ela. Não era a Ellie.
Sarah: Foi o que pensei. Ninguém que não esteja apaixonado me resiste. Como pode ver sou muito persistente.
Harry: Não há duvida…
Sarah: Não entendo, professor Styles. Supõem-se de que ambos sentem o mesmo um pelo o outro. A que vem isto? Ellie está destroçada.
Harry: Isto não tinha acontecido se tivéssemos esperado 2 meses, o tempo em que ela estivera licenciada. – Sarah agachou a cabeça pensando em que dizer quando viu a folha.
Sarah: Demissão?
Harry saltou e pegou no envelope para afasta-lo da sua vista.
Sarah: O que se passou aqui?
Harry: Não é da tua conta?.
Sarah: Se tem a ver com a Ellie, maldita seja, é da minha conta.
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Meu Querido Professor
RandomEllie uma aluna dedicada... Mas esta apaixonada pela pessoa menos obvia. O seu Professor. Será que Ellie acabara por declarar-se ou o seu amado professor Harry o fará primeiro?