Quem nunca quis sair de casa e ir morar com o melhor amigo ? Quem nunca quis sair de casa e aproveitar a vida ? Rebeldia ? Não, liberdade ! Charlie, Dyllan e Tyller são os irmãos mais fodas da faculdade, todos os anos eles passam o natal com sua fam...
Dirigimos durante duas horas até chegarmos até a primeira parada de nossa pequena viagem, um hotel fazenda que fica ao norte do estado. Cuidei de tudo pra nos hospedarmos, passaríamos aquele dia todo ali.
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-"Era isso ? Saímos de casa pra ficar em um hotel durante um dia ? Porque não nos deu o dinheiro do hotel e deixou que gastássemos com o que quisermos ?" Perguntou Tyler.
-"Ah cala a boca Tyler. Isso aqui é o presente de vocês e é melhor aproveitar, eu não ia dar nada. Tava pensando em deixar vocês dois em casa e viajar com a Hillary pra bem longe e pelo que eu sei você foi o primeiro a fazer draminha por ser um natal fora de casa." Digo enquanto nos reunimos em um círculo.
Tyler faz uma cara de tristeza, acho que ele cai em si de que estava reclamando demais e que se não fosse por essa minha tentativa de amenizar a situação, o nosso final de ano seria pior do que o esperado.
-"Ta eu não quis dizer ..." Jully não deixa que ele termine a frase.
-"Ele sabe que não Tyler, só para de ficar reclamando igual uma velha de oitenta anos e vamos aproveitar." Ela lhe da um beijo na bochecha e cada um pega sua mochila e anda em direção ao corredor que nos leva ao nossos quartos.
Depois de instalados em nossas moradias temporárias, cada casal decidiu fazer uma coisa diferente. Dyllan e Lindsay saem em direção a uma trilha no meio de uma floresta, Tyler e Jully se jogam na piscina de águas naturais que havia logo ao fundo do hotel; já Hillary e eu entramos pra dentro do nosso quarto e deitamos na nossa cama de casal, que era extremamente macia.
-"Será que estamos ficando velhos ?" Me pergunta ela.
Me apoio sobre um braço e fico olhando seu rosto. Penso em uma resposta e no quê ela estaria se referindo. Me perco em pensamentos distantes quando noto que tudo o que eu pensava me levava a uma lembrança.
Olhando-a nos olhos lembro do nosso primeiro beijo. Eu estava voltando da faculdade, estava chovendo, andei durante uns vinte minutos na chuva até estar completamente ensopado e quando finalmente cheguei em frente ao meu prédio ouvi vozes ecoando do final da rua. Ouvi quatro vozes diferentes e uma se distanciando, notei que alguém subia a rua. Uma garota, linda, com os cabelos pretos completamente molhados e grudados no rosto, com a roupa de líder de torcida colada ao corpo, ela andou olhando pro final da rua como se esperasse que algo aparecesse. Quando eu já estava com a chave na porta da entrada ela passou por detrás de mim, escorregou no piso molhado e quase caiu no chão, por instinto segurei seu braço e a puxei de encontro ao meu corpo, ficamos a centímetros de nos beijar. Seria uma cena muito romântica se eu ao menos, conhecesse ela, mas ao invés disso ela pisou no meu pé com toda a força.
-"Você ficou doido ? Quem é você?" Me perguntou ela com uma cara de ódio. Notei o quanto ela era pequena.
-"Ai, desculpa, você que deve ta ficando doida, meu pé sua idiota." Digo.
-"Idiota ? Você que me agarrou, sai de perto de mim se não eu vou gritar."
-"Gritar por que ? Eu tentei te ajudar, podia ter deixado você cair e machucado esse rosto lindo."
Desfaço sua cara de raiva e ela começa a sorrir.
-"Ta desculpa, eu só fiquei assustada, tinha uns caras subindo a rua atrás de mim e quando eu decidi correr acabei escorregando e caindo direto nos seus braços."
-"Destino ou puro acaso ?" Pergunto levantando uma sobrancelha. Nesse momento a chuva já tinha amenizado e reduzido a apenas uma garoa.
-"Acho que eu não cairia nos braços do cara mais cobiçado da faculdade só por acaso ou você acha, Charlie Strong ?"
-"Ta, agora você me pegou. Você me conhece e infelizmente eu não te conheço, acho que ta na hora da gente se apresentar, não acha ?"
-"Não – diz ela rapidamente – eu ainda não te peguei."
A princípio fico espantado, achei que ela estava se referindo a não ser a hora das apresentações, porém, ela se coloca na ponta dos pés e me dá um beijo. Retribuo, claro.
-"É, os boatos tem certo fundamento mesmo." Me diz ela sorrindo.
-"Você pode tirar suas próprias conclusões, se quiser." A envolvo em meus braços e abro a porta do prédio, entre um beijo e outro paramos pra respirar.
-"A propósito, meu nome é Hillary."
Sinto uma dor na bochecha esquerda.
-"Charlie, Charlie ?! Ta ai ? Não quero te dar outro tapa. Acorda !"
Hillary ta em pé de frente a cama me olhando com uma cara furiosa.
-"O que ?"
-"Onde você tava ? De repente você parou de me responder e ficou olhando pro nada, ta tudo bem ?"
-"Anjo, você tava me seguindo ?"
-"Han ? Seguindo ? Ta falando do que ?"
-"Do dia do nosso primeiro beijo, aquele dia na chuva, você tava me seguindo ?"
-"Como assim amor, porque isso agora ? É claro que não, eu tava indo embora pra casa depois do jogo, porque eu estaria te seguindo ?"
-"Não, não estava indo embora, aquele era o apartamento do Bishop, e aquela rua não ia pra perto da sua casa. Você tava me seguindo Hillary ? Já tinha uma queda por mim antes ?"
-"Charlie larga de ser idiota ..."
-"Me responde, anjo fala agora."
-"Sim, ta bom, sim, eu já tinha uma queda por você antes da gente se encontrar aquela noite, mas eu não estava indo atrás de você, na verdade eu tava indo encontrar outras meninas pra gente sair, só que começou a chover e eu sai correndo até que entrei numa rua e vi os caras que começaram a me seguir até eu escorregar e cair."
-"Cair bem encima de mim, vale lembrar."
-"Obrigado por ter cuidado de mim daquele dia em diante."
-"Anjo, não precisa me agradecer, eu faço isso não só por você, mas por mim também."
-"Será que da pra escutar os barulhos do outro quarto ?" Ela me interrompe com outro assunto.
-"Eu não sei, acho que sim, as paredes são finas, porque ?" Pergunto.
-"Droga, não gosto de ser silenciosa, na verdade você não me deixa ser silenciosa."
-"Como assim silenciosa ? Não to entendo."
-"Fecha a janela, rápido – levanto da cama e fecho a janela, antes vejo Tyler e Jully fazendo uma guerra de água - agora liga o ar-condicionado ." Faço o que ela pede.
-"Ta agora pode me explicar o porque disso ?!" Pergunto e ela tira o roupão que estava vestindo e revela uma lingerie preta com rendas que se encaixavam perfeitamente em seu corpo.
-"Estamos aqui pra aproveitar o final do ano, não quero perder muito tempo se não for fazendo alguma coisa com você."
-"Pode ficar tranquila, você não vai." Digo e pulo na cama.
Hillary abre as pernas para que eu possa me encaixar a seu corpo, começo beijando seu pescoço e então mordo sua orelha, beijo seus lábios e desço por seu ombro, faço o contorno de seus peitos com a boca até tirar o sutiã. Ela estava linda com a peça de roupa, mas sem, estava espetacular. Acaricio cada parte do seu corpo com as mãos enquanto a beijo. Quando já não aguento mais, tiro a roupa e ela também. Acho que não vamos conseguir ser silenciosos.
