Ha tantas questões, tantas perguntas, tantas duvidas apalavra "tanto " já era uma parte quase concreta de minha vida, ou pelo menos do que eu achava que era minha vida.Dormi com essas angustias , foi uma noite difícil eu m de e revirava na cama, o sono sempre me abandonava. Olhei para o relógio ja eram 5:30 da manha,resolvi vestir minha roupa de caminhada e tentar colocar minhas ideias em ordem. Havia uma pracinha bem próxima de casa.
Estava um dia maravilhoso os primeiros dias de primavera, os raios de sol brigavam com o vento tentando ganhar espaços.Fui aumentando o ritmo de minha caminhada, quando percebi ja estava correndo, não reparei que havia algumas variações na calçada ao redor da praça, pisei em falso e cai, foi uma dor terrível, acho que tinha torcido o tornozelo, coloquei as minhas mãos no rosto e comecei a fazer um exercício de respiração para ver se a dor passava, eu não conseguiria me levantar sozinha e não tinha nenhum apoio ou um banco em que eu pudesse tentar me arrastar e sentar. O melhor era eu esperar a dor passar e esperar por ajuda, logo teria pessoas saindo para o trabalho.
_Senhorita , posso ajudar? Uma voz de homem me perguntou.Olhei para cima e vi que era um senhor de meia idade, apesar de usar roupas pesadas dava para reparar que era alto e forte.
_ Claro, por favor. Respondi .Eu estava fazendo corrida e tropecei na calçada, acho que torci o pé, tentei me explicar.
_A moça se lembra de ter batido a cabeça e perdido o sentido? me perguntou o homem, agora tirando seu casaco e me cobrindo. Foi só ai que percebi o quanto estava frio,olhei para o céu a procura do sol e só o que vi foram nuvens pesadas e um vento gelado que queimava minha pele do rosto. O senhor me ajudou a me levantar, eu realmente não conseguia ficar em pé sozinha.
_ A senhorita mora aonde? tem alguma pessoa que eu posso chamar para ajuda-la?
_Eu moro a três quarteirões daqui, e a unica pessoa que esta em casa é minha prima.
_ Entendo senhorita, olha eu só quero ajudar, a senhorita esta se sentindo bem?
Que homem estranho pensei, será que ele estava me achando louca?Dei uma olhada ao redor para ver se tinha mais alguém q quem eu pudesse pedir ajuda, foi nesse momento que reparei que eu não estava mais na praça perto de casa, era uma rua larga de terra batida ,com árvores enfileiradas formando uma cerca gigante e viva, não existia nenhuma casa por perto, Olhei assustada para o senhor que me ajudou e reparei que suas vestes eram muito diferentes das roupas que os homens habituavam a usar, ao invés de uma calça jeans , ele usava uma calça de brim , justa e que mostrava as meias, uma camisa de colarinho alto e um paleto de ombros estreitos, segurava uma bengala na mão e em sua cabela usava um chapéu de feltro escuro. Realmente não era um tipo muito comum.
_Senhor, eu não sei o que esta acontecendo, mas eu não reconheço esse lugar, essa não era a praça em que eu estava a poucos minutos, e eu não sei aonde estou. Falei olhando ele com a mesma curiosidade com que em que ele me olhava.
_ Vamos fazer o seguinte, eu a levo ate a minha casa, minha esposa vai lhe dar vestes adequadas, não é bom uma donzela andar com trajes íntimos na rua.Se a guarda a estivesse encontrado a teriam levado presa. Depois de alimentada tentaremos descobrir o que aconteceu, esta bem ?
E realmente não tinha o que responder, seu jeito nobre e suas falas mansas , fazia com que eu confia-se naquela pessoa. Eu aceitei a sua ajuda, me apoiei em seu ombro e com ajuda de sua bengala deixei ele me conduzir até sua casa.

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A CASA
SpiritualERA PARA SER UM LUGAR DE DESCANSO, MAS COISAS INEXPLICÁVEIS ESTAVAM ACONTECENDO...