A CASA

O DESFECHO

Me aconcheguei por entre almofadas que estavam encostadas na cabeceira da cama. Fechei os olhos e pensei que estava mais uma vez sonhando acordada, logo abriria os olhos e estaria em casa. Ao abrir os olhos para mina surpresa, tinha umas três crianças me olhando. O silêncio foi cortado pela fala da mulher que me recebeu na cozinha.

- deixe a dona menina descansar, ela deve estar com dor de cabeça.

- não se preocupe. Respondi com um leve sorriso

_ quantas crianças lindas, são todas suas? Perguntei já quase sabendo a resposta.

- não, aqui é uma casa de ajuda. Eu e meu esposo o Expedito, nunca tivemos filhos. Mas a vida nos trouxe esses anjinhos se lar para cuidar.

_ entendo, são crianças órfãs de pai e mãe?

_ muitas que aqui estão tem mãe ou pai. Mas as vezes a família não pode criar ou ainda são tiradas de lares que não são bons.

_ como assim não são bons, não entendi?

- doninha sabe, são tiradas de mãe que foram fazer a vida no bordel e depois não se cuidam, aí fica essas judiação entregue aos conselheiros. Mas, isso não é assunto para a senhorinha, descanse que eu vou fazer um bom chá de canela. O Expedito foi falar com o vigário, ele vai saber de onde a senhora apareceu, se tem uma pessoa que conhece todo mundo e sabe de tudo é o vigário Felício.