Capítulo 05

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*Desculpem se tiver alguns errinhos ortográficos ;)

Nathan

Leona... Desde o momento em que ela saiu daqui, não consigo parar de pensar nela, e que assunto sério é esse que ela pretende falar comigo.

Ligo a televisão e tento me concentrar no que está passando. Mudo de canal várias vezes, até encontrar algo que seja interessante. Até que paro em um canal que está passando um filme do 'Mr. Bean', esse homem é hilário. Quando percebo, não estou rindo sozinho, Selena está chorando de tanto rir.

— Oi Nathan, acabei me distraindo e esqueci o que vim fazer. Aqui está seu almoço — ela me entrega uma bandeja e dá um beijo em minha testa. — Nunca ri tanto, quase fiz xixi de tanto rir. Mas você está bem querido? Ainda sente dor?

— Deveríamos fazer isso mais vezes, sorrir faz bem. Obrigado pelo almoço. Agora estou bem melhor, os remédios fizeram efeito.

Enquanto eu comia, Selena me fazia companhia. Conversamos amenidades até que terminei meu almoço.

— Nathan, percebi que quando o doutor falou que você vai precisar do apoio e suporte de familiares e amigos, você ficou muito pensativo ou foi impressão minha?

— A se... você está certa. Na verdade fiquei desanimado, não tenho ninguém aqui em Nova Iorque. Tenho familiares e um irmão no Brasil, só que com eles não vou poder contar, se eu não me perdoei até hoje, eles provavelmente não me perdoaram pelo o que aconteceu. Quanto a amigos, nunca fiz amizades por aqui, só tive contato com pessoas nas ruas que faziam coisas erradas e por isso me afastei. Ou seja, estou completamente sozinho, não será fácil lutar contra esse vício sem ninguém para me apoiar e me incentivar a não desistir.

— Primeiro de tudo querido, seja lá o que você tenha feito, todos merecem perdão e uma segunda chance. E segundo, você não está sozinho, tem a mim. Você aceita minha ajuda?

— Claro que aceito, obrigado — eu quero ser forte, mas essa mulher tem um coração enorme, mau me conhece e quer me ajudar. — Na verdade estou meio perdido, não sei por onde começar.

— Calma que cada coisa no seu tempo. Primeiramente, você tem para onde ir depois que sair do hospital?

— Voltarei para as ruas novamente.

— Mais não vai mesmo. Você vai morar em minha casa — quando eu ia me pronunciar, ela me corta. — E não aceito não como resposta.

— Você irá colocar um estranho na sua casa? E sua filha, o que vai achar?

— Não seja por isso. Vamos começar o interrogatório. Seu nome completo e idade?

— Nathan Harris Thompson, 27 anos. — ela estava levando isso a sério, esse seu jeito espontâneo é divertido.

— Nacionalidade?

— Eu e meu irmão Nick, nascemos no Estados Unidos e fomos criados por aqui já que meu pai Kleber, era americano. Nos mudamos para o Brasil na minha adolescência, porque minha mãe Inês, era brasileira e estava com saudades dos seus familiares.

— Já que seu pai era americano, você tem parentes por aqui, certo?

— Se tenho, não conheço. Meu pai perdeu os pais ainda criança, sendo filho único. Como não apareceu ninguém da família disposto a ficar com ele, teve de ficar no orfanato até os 18 anos. E quando saiu, não fez questão de procurar por seus parentes.

— Hum... entendi. Fizemos progresso, você contou detalhes da sua vida naturalmente. Fico feliz que está se abrindo comigo aos poucos. Com o tempo, vamos nos conhecendo melhor, agora já te conheço o suficiente. E sobre minha filha, a Ágatha, ela tem 6 aninhos. Tenho certeza que ela vai amar te conhecer.

O MendigoOnde histórias criam vida. Descubra agora