Capítulo 08

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* Pensaram que eu ia sumir de novo né? Não, não. Essa semana precisei trocar o domingo, por hoje que é feriado para postar. Boa leitura! *----*

Nathan

" FINALMENTE NOS ENCONTRAMOS NOVAMENTE, PEQUENA SELVAGEM. PENSOU QUE EU NUNCA TE ACHARIA? QUE SE ESCONDERIA PARA SEMPRE? VOCÊ NOS DEIXOU PREOCUPADOS QUANDO FUGIU, SABIA? AGORA ESTAMOS AQUI PARA PEGAR O QUE NOS PERTENCE. "

Leio e releio essas palavras várias vezes, e não encontro uma resposta que faça sentido. Pensei que poderia ser um ex namorado, que não aceitou o fim e está perseguindo Leona. Mas o bilhete está no plural, então isso quer dizer que não é apenas uma pessoa.

Olho para Leona, e ela continua imóvel. Suas lágrimas cessam, e nesse mesmo instante, ela se vira para mim rapidamente.

— Precisamos sair daqui, agora! — falou com urgência.

Antes mesmo de dar a partida no carro, ela desmaia. Sem saber a quem recorrer, procuro seu celular e acho o número da sua amiga. Posso estar invadindo sua privacidade por mexer em seu celular sem permissão, mas foi preciso, porque Elizabeth é a única que pode me ajudar nesse momento. E disco seu número.

Início da ligação

— Alô Leona? Já ia te ligar sua irresponsável! Posso saber onde você está?! E porque saiu sem segurança?! — meu ouvido doeu pelos gritos dela.

— Alô Elizabeth, aqui quem fala é o Nathan. Estou com a Leona, e ela não está bem. Não sei o que fazer.

— O quê? Como assim? Escute bem Nathan, eu não sei quem você é. Mas se fez algo com minha amiga, considere-se um homem morto.

— Eu não fiz nada, fica tranquila! Ela desmaiou depois que entrou no carro e viu um bilhete que deixaram no para brisa.

— Certo! Traga ela para casa, pegue esse bilhete que eu quero ver do que se trata — muito mandona essa Elizabeth. — Te mandarei o endereço por mensagem. Venha logo! Tchau!

— Tchau! — e desligo.

Fim da ligação

Dou a volta no carro para assumir o banco do motorista. Mas antes coloco o bilhete no bolso. Pego Leona no colo e a coloco deitada no banco de trás, onde também coloquei o Toddy.

Respiro fundo antes de ligar o carro, faz tempo que não dirijo, depois daquele trágico dia nunca mais quis dirigir. Tenho que ser forte, Leona precisa de mim, irei conseguir. Pego o celular, e vejo o endereço que Elizabeth enviou por mensagem. E assim dou partida, dirigindo o mais rápido possível.

Chego no endereço indicado, parando em frente a um prédio enorme. Sem esperar, uma moça ruiva entra no carro, me dando um grande susto.

— Te assustei? Desculpa! Prazer Elizabeth! — falou apertando minha mão. — Não consegui esperar em casa de tanta ansiedade, resolvi descer.

— Ok! Leona ainda não acordou, estou começando a ficar preocupado. O que vamos fazer?

— Vamos levar ela para meu apartamento. É melhor entrar pela garagem, para ninguém nos ver e ficar especulando coisas. Essa gente pode ser rica, mas gosta de cuidar da vida dos outros. Não suporto gente fofoqueira — ela fala pelos cotovelos.

— Não seria melhor levar ela para o hospital?

— Faz o que estou falando loirinho. Sei muito bem o que fazer — como não me movo, ela continua. — O que está esperando? Você é lerdo garoto! Se você não entrar nessa garagem agora, eu chuto sua bunda para fora desse carro, assumo o volante e esqueço que você está ajudando minha amiga.

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