#19 Lembranças E Memórias

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Corria pela casa brincando com meu irmão, Ian.

- eu vou te pegar Derek e te fazer muitas cócegas.

Eu corria sem parar, parecia um maluco correndo pela casa, batendo em vários móveis e parando alguns segundo para colocar no lugar, mas era em vão, pois logo depois Ian derrubava tudo de novo por onde passava.

- Ian, olha o vaso!

Falei vendo o vaso importado da mamãe cair no chão e se quebrar em vários pedaços.

- o que fizeram?

Gritou Orquídea, nossa babá, com os braços cruzados na porta, Ian correu pro quarto e eu fiquei, um menino bom nunca foge das consequências de seus erros.

- estava brincando de pega-pega.

Falei olhando pra ela e mexendo uma mão na outra, de tanto nervosismo.

- eu tenho certeza que seu pai não irá gostar nada disso Derek.

Eu olhei pra ela, que estava seria e abaixei a cabeça, não iria falar do meu irmão pra ela.

- também acho senhora.

Falei colocando as mãos pra trás e balançando meu corpo para frente e para trás, ela sorriu e falou :

- eu sei que não foi você... Foi o Ian, não é?

Eu fiz que não com a cabeça.

- fui eu senhora, derrubei tudo sem querer, estava correndo e derrubei.

Ela me olhou sem acreditar.

- você tinha falado que estava brincando de pega-pega, certo? Mas essa brincadeira não é de apenas uma pessoa.

Ela disse se ajoelhando na minha frente.

- eu estava correndo atrás dele, quando derrubei, mas foi sem querer.

- então ele também tem culpa?

Ela falou colocando minhas mãos encima da dela.

- não, ele não tem, quem derrubou foi eu.

- mas ele também estava junto de você, deveria ter ficado e não corrido.

Sinceramente eu concordava com ela, homens não correm de seus problemas, eles enfrentam de cabeça erguida, foi o que ouvi papai falar um dia.

- vou avisar ao seu pai... Mas ele com certeza vai ficar bravo, quer mesmo colocar a culpa de tudo encima de você? Apenas de você?

Fiz que sim e ela foi chamá-lo.

- como assim filho? Você que derrubou? Mas eu jurava que Ian avia feito isso...

Estávamos na sala dele, conversando calmamente.

- não pai, eu fiz aquilo, mas foi sem querer.

Eu abaixei a cabeça, já sentindo lágrimas rolarem pelo meu rosto, de criança apenas de sete anos.
Ian tinha quatro anos e já fazia muita bobagem.

- fique tranquilo filho... Vamos comprar um vaso novo.

Ele falou colocando a mão no meu ombro e sorrindo.

- obrigado pai.

Ele sorriu e eu sai do escritório, fui direto pro quarto.

- e aí? O que o sr. Mendes falou?

Perguntou Ian brincando com sua pequena faca de brinquedo, que tinha comprado escondido.

- ele disse que vai comprar outro vaso.

- não me dedurou, né?

Ele perguntou pulando da beira da cama e colocando a faca na mesinha.

- não, falei que derrubei enquanto corria atrás de você.

- ótimo, assim eu não fico encrencado, pelo menos você ele não coloca de castigo.

- porque eu me dedico a coisas boas.

Vi ele revirar os olhos, sempre foi uma criança pequena de quatro anos, com cara de ter dez.
Deixem suas perguntas aqui... Os personagens vão responder o quis no próximo capítulo, mas precisa ter mais de 15 perguntas, ou o quis será cancelado.

E se vocês não tiverem perguntas?

Sempre tem alguma curiosidade.

Eu sou dele 1 {revisando} Onde histórias criam vida. Descubra agora