#4 O Almoço

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Depois de pegar o meu carro, na garagem do hotel onde aquela garota estava, dirigi em alta velocidade.

- eu não preciso de ajuda!

Gritei, dirigindo cada vez mais rápido, ela não precisava ter me ajudado, eu não preciso de ajuda, principalmente de uma garota pobre e tão... Linda.

O que eu tô pensando? Aquela vagabunda não é tão bonita assim.

Eu sei que ela tem um corpo bonito, um olhar angelical, rosto de donzela em perigo e um cabelo parecendo ouro, mas ela é mulher, então não merece nada, nem mesmo meu respeito.

Cheguei em São Paulo, depois de pegar um avião e dirigir por dias, mas cheguei e fui pra casa do meu pai.

Quando os portões foram abertos para mim colocar o carro, vi meu pai, junto de uma mulher.

Ele casou de novo?

Sai do carro e bati a porta forte. A mulher era morena, olhos pretos, parecidos com os da minha ex mulher.

- filho, porque não me avisou que vinha? Cadê a sua mulher?

Eu tirei a jaqueta de couro e coloquei no ombro.

- não quero falar sobre isso agora.

Ele sorriu e me abraçou, foi quando ouvi alguém descendo as escadas.

- venha conhecer a nossa nova hóspede.

Eu entrei e vi... Aquela garota está me perseguindo, só pode.

- essa é Emilly.

Ela ficou seria na hora que me viu.

- então, você é o Derek?

Ela perguntou se aproximando ao descer as longas escadas. Ela rebolava de um jeito natural, mas sedutor.

- sim, sou eu... O que você está fazendo aqui?

Meu pai me encarou de um jeito, que me deixou com raiva.

- você não pode tratá-la assim... Você está na minha casa.

- já me lembrei o motivo que sai de casa... Você não se importa comigo e eu não me importo com você.

Ele estava sério e eu continuei :

- e essa vadia, quem é?

Me referi a mulher que sempre o-acompanhava.

- eu mereço respeito garoto!

Ela falou, dando dois passos e ficando a minha frente.

- essa é a Sr. Ana Paula e quero que a-respeite, enquanto estiver sobre o meu teto.

Eu olhei bravo pra ele e subi as escadas pisando forte, passei ao lado de Emilly, mas não me dei ao trabalho de olhá-la pra saber que me analisava, fui pro meu quarto, que já era de costume.

- cadê as minhas coisas?

Perguntei vendo o quarto com coisas de garotas, roupas, fotos e vários pôsteres de lobos.

- eu estou nesse quarto, espero que não se importe.

Falou a garota atrás de mim, com os braços cruzados e com o olhar desafiador e frio.

- o quarto dos empregados é nos fundos.

Falei me virando, eu tinha visto seu olhar pelo espelho do quarto. Ela riu, de um jeito sem graça, mas que sorriso lindo ela tem.

- eu não trabalho pro seu pai, muito menos pra você, estou aqui para visitar a minha tia.

Cruzei meus braços e falei :

Eu sou dele 1 {revisando} Onde histórias criam vida. Descubra agora