#26 O Interrogatório

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Fiquei me perguntando, porque Martin avia entrado na lista dos suspeito e eu também.
Meu celular toca e vejo logo o nome de Marcos, o pai de Martin.

Ligação on :

- alô, Mayck?

- sim Marcos, imagino que já saiba, não é?

- que Martin está sendo investigado pelo sequestro do seu filho? Há, sei sim, mas quero saber porque.

Sua voz estava alterada, com certeza não estava intendente nada, como eu.

- eu ainda não sei... Ninguém aqui tocou no nome do Martin... Eu também estou sendo investigado pelo sequestro e não sei porque.

- os policiais estiveram aqui e me perguntaram como era a sua relação com o seu filho, eu disse que não era das melhores, que vocês brigavam muito.

Fiquei pensando... Então por isso acham que sou o mandante do sequestro do meu filho?

- Martin e Derek tiveram alguma briga em público?

- pelo que eu saiba não, mas já falei com ele e ele me garantiu que não tem nada haver com isso e que a relação com seu filho estava normal.

- eu não intendo porque fui colocado como suspeito, será que acham mesmo que eu teria coragem de sequestrar meu filho?

- ele me perguntaram se você teria coragem de fazer isso e eu neguei, mas parecia não ter acreditado, acho que iram aí.

Fiquei calado e olhei para o sofá, imaginando Derek ali.

- vou desligar marcos, qualquer coisa me avise.

- claro, você também.

Ligação off.

Desliguei e me sentei no sofá, com certeza esse sequestro tem haver com o passado dele.

- Sr. Mendes? Os policiais estão aqui novamente.

Falou Eliot na porta da sala.

- mande entrar Eliot.

- sim, senhor.

Ele saiu e os policiais entraram na sala, me vendo sentado no sofá e continuaram em pé.

- precisamos fazer novas perguntas.

Um deles falou, retirando um caderno pequeno do enorme bolso na calça.

- vamos pro meu escritório.

Falei e sai, enquanto eles me seguiam.

- poderia nos disser, quando foi a sua última discussão com seu filho, Derek Mendes?

O policial chamado Logan falou se sentando, o outro Iuri sentou logo depois.

- bom... Foi quando a minha hóspede Emilly, também desaparecida, chegou, ele não aprovou a chegada dela na minha casa e brigamos, mas não teve nada demais.

Iuri me encarava com seu cabelo cobrindo o olho direito, enquanto Logan escrevia em seu caderno.

- interessante... Você chegou a agredi-lo fisicamente ou verbalmente?

Eu fiz que não com a cabeça e falei :

- nunca bati no meu filho e não seria agora que eu iria começar, também não os xinguei, sei como ele é, teria levado a briga mais a sério.

Lembrei de uma das brigas que eu xinguei ele e acabei rolando pela escada, de um empurram que avia me dado, mas logo depois ele se mudou para Orlando.

- como assim, levaria a briga mais a sério?

Ele me fez a pergunta que eu não queria ouvir.

- eu quis disser, que ele levaria a discussão por muito tempo, mas ela não tinha nada demais, era apenas uma moça que avia se hospedado em minha casa.

Falei ainda procurando palavras e justificativas.

- o Sr. Marcos nos falou que vocês brigavam constantemente, é verdade?

Eu respirei fundo e falei :

- há anos não via meu filho, como iria brigar constantemente com ele? O mesmo morava em Orlando, veio pra cá não faz duas semanas.

Eu estava indignado.

- então você diz, que o depoimento do Sr. Marcos é mentira?

Eu olhei bem pra ele, que tentava colocar palavras em minha boca.

- eu não disse que era mentira...

Ele me interrompeu falando :

- mas também não disse que era verdade.

Meu sangue fervia, então falei :

- bom... O interrogatório acabou, não é? Então podem ir andando, tenho uma reunião daqui a alguns minutos e já estou atrasado.

Eles se levantaram e saíram.

- sinto muito o incomodo, mas é o nosso trabalho Sr. Cross.

Ele saiu com um sorriso irônico e eu fiquei ali sem ação.

Sr. Cross? Mas... Como?

Vão saber logo porque ele chamou o Mayck de Sr. Cross, porque acham que ele falou isso?

Eu sou dele 1 {revisando} Onde histórias criam vida. Descubra agora