O hipnotismo sempre esteve envolto em mistérios e superstições. Seus praticantes eram considerados instrumentos da vontade divina ou enviados pelo demônio. Suas curas eram milagres e suas famas de feiticeiros, bruxos ou shamans.
Embora a prática tenha se distanciado dessas fundamentações pré-históricas e buscado cada vez mais se alicerçar no campo das ciências, muitos hipnotistas ainda alegam terem o poder da cura por questões místicas ou sobrenaturais.
Civilização babilônica - Grécia e Roma antigas “Templos dos Sonhos": local onde os doentes eram tratados enquanto dormiam por meio de sugestões terapêuticas. As instruções para utilização do método nessa época foram grafadas em um papiro de 3 mil anos atrás e, o mais interessante, é que estas instruções são muito parecidas com as que utilizamos atualmente.
Mesmo ainda muito mesclada com a religião e a mitologia, a hipnose praticada por estes antigos já revelava a forte ligação da técnica com a medicina, pois era exatamente no templo dedicado a Esculápio (Deus da Medicina) que as pessoas (peregrinos, doentes, sacerdotisas) eram postas em transe ou realizavam a auto-hipnose como dom de clarividência. Com isso, faziam revelações aos faraós, anestesiavam-se antes das torturas, promoviam curas,profecias etc.Expoentes dos primórdios do hipnotismo: Avicena (séc. X), Paracelso (séc. XVI), Richard Middletown (meados da Idade Média), dentre outros.
No Oriente, a prática hipnótica ainda hoje é muito empregada pela população, principalmente por meio da yoga, meditações e outros métodos mais ligados à vertente religiosa, porém de tradição milenar.
Johann Joseph Gassner , padre católico da segunda metade do séc. XVIII, “expulsava demônios” em latim na Alemanha do Sul.
Franz Anton Mesmer (1734-1815) responsabilizava os astros pelos fenômenos hipnóticos. Promovia “curas magnéticas” (com utilização de ímãs, pelo princípio da regulação dos fluídos vitais) em pacientes desenganados. Saiu de Viena para atuar em Paris, onde surgiu o “mesmerismo”.
Marquês de Puységur (1751-1825) era discípulo de Mesmer e utilizava ainda os mesmos conceitos que seus antepassados. Porém, destacouse com a ideia do “sonambulismo artificial”.
John Elliotson (1791-1810), médico inglês expoente do magnetismo, foi o primeiro a utilizar a hipnose (ainda não conhecida por este nome) no tratamento da histeria e o “sono magnético” em sua prática hospitalar para fins cirúrgicos.
James Braid (1795-1860) deu origem a uma nova forma de se pensar a hipnose, utilizando a vertente científica, e cunhou o termo hipnose e hipnotismo para se referir a essa prática. Porém, logo percebeu que o prefixo “hipnos” (sono) não era o mais indicado para descrever o que de fato acontece com a pessoa em transe, mas a expressão já havia se instituído.
James Esdaile (1808-1868) utilização da hipnose para analgesia. Realizava cirurgias e extrações de órgãos apenas com auxílio da hipnose, catalogando todos os procedimentos. Publicou o livro Mesmerism in Indian and its PracticalAplication In Surgeryand Medicine, porém, por ser contemporâneo à descoberta de outros anestésicos químicos, não ganhou muita atenção com sua prática.
Hyppolyte Bernheim (1837-1919), inicialmente cético quanto ao hipnotismo, procurou investigar o caráter subjetivo e estritamente psicológico da prática após a cura de uma de suas pacientes (com a qual já havia fracassado) por meio de hipnose. Seus métodos de sugestão são aplicados até hoje e sua visão de que todos são sugestionáveis fez com que a hipnose avançasse muito na época.
Ivan Pavlov (1849-1936) realizou estudos sobre os efeitos da
hipnose no córtex cerebral, além da indicação terapêutica para este tipo de intervenção.
Jean Charcot (1825-1893) responsável pela teoria de três estágios hipnóticos (letargia, catalepsia e sonambulismo).
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Segundo o neurologista, a hipnose só produzia efeitos em pacientes histéricas.
Sigmund Freud 1856-1939) recuperou a hipnose após um período de esquecimento da prática. Em 1890, foi até Salpêtrière estudar as técnicas de hipnose com Charcot, porém acabou dispensando a técnica na clínica psicanalítica, adotando o método da associação livre em substituição, por acreditar que nem todos os seus
pacientes poderiam ser submetidos à hipnose.
Milton Erickson (1901-1980) Fundou a Sociedade Americana de Hipnose Clínica e criou um estilo próprio, maternal, hoje chamado de “hipnose ericksoniana”.
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Guia da Hipnose "Os 7 Passos
DiversosO Maior Hipnólogo do Brasil REVELA os 7 PASSOS para Hipnotizar 90% das Pessoas em Até 60 Segundos (Método Comprovado).