acerto de contas

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No dia seguinte

Isabelle vai acordando ao sentir pequenas mãos em seu rosto.

— bom dia amorzinho.

— dia Isa- fala sorrindo e Isabelle beija o rosto da irmã, depois de alguns minutos Isabelle levanta e pega nos braços e vai a procura de Dona Rosa.

— bom dia Dona Rosa.

— bom dia menina, dormiu bem?

— sim, graças a Deus, depois de dois dias com medo, essa noite eu dormi como uma pedra.

— que bom menina, e essa Princesa.

— fala oi Angeline.

— oi- fala ela um pouco tímida e Dona Rosa sorrir.

— como acordaram um pouco tarde não tem muita coisa para comer- diz a senhora um pouco envergonhada.

— Dona Rosa, não precisa se preocupar, a senhora e o seu marido já fizeram muito por minha irmã e eu, nos acolheram sem ao menos nos conhecer, não precisa se preocupar, não queremos dá trabalho.

— não é trabalho menina, mais lá na mesa tem pão leite e café.

— obrigada, onde tem um banheiro?

— lá nos fundo da casa, pode ir- e Isabelle assim faz, assim que chega lá ela coloca Angeline para fazer suas necessidades e depois é sua vez, ao terminar, lava as mãos e o rosto da irmã, assim como as próprias mãos e rosto.

— agora vamos comer?

— mida Isa.

— isso, comida, e depois vamos dá um jeito de voltar para casa- fala e volta para dentro de casa, senta em uma cadeira, pega um pedaço de pão, coloca um pouco de leite com café em um copo e dá para Angeline comer, o que a menina faz, então Isabelle aproveitou para comer também.

— está gostoso?

— tá Isa- Isabelle sorri da irmã, depois que terminaram de comer, Isabelle deixou Angeline na cadeira e foi lavar o que sujou, depois foi para fora da casa, se sentou em um banco enquanto a irmã puxava seu cabelo, seus pensamentos vão para os dois dias que viveu trancada.

— está tudo bem menina?

— está sim Dona Rosa, só estou pensando...como pode existir pessoas ruins no mundo.

— menina, você ainda tem que viver muito, gente ruim sempre tem.

— eu não entendo, como alguém pode pensar em fazer mal a alguém como a Angeline, ela é um bebê, não faz mal a ninguém.

— está falando isso por causa do sequestro?

— sim, eu não quero nem pensar o que ele fez com ela, eu não vou me perdoar se ele tiver machucado a minha irmã, eu deveria ter protegido ela, e acho que não fiz, ou ela não estaria assim, só de calcinha, se ele tiver...tiver- não consegue terminar de falar pois começa a chorar.

— tiste Isa? Angeline pergunta enquanto senta no colo da irmã

— não amor, está tudo bem.

— menina, não adianta ficar assim.

— eu tenho medo, apesar de não ter nenhuma mancha de sangue na calcinha dela, eu não sei, tenho medo, sabe...quando a minha mãe contou que estava gravida dela, eu surtei, passei meses sem falar direito com os meus pais, e depois eu sofri um acidente de carro, fiquei em coma por uns quatro meses ou mais, quando acordei, a primeira pessoa que vi, foi a Angeline deitada ao meu lado, ela só tinha três meses, e desde então, eu faço tudo por ela, eu a amo mais que a mim mesma, e não vou me perdoar nunca se aquele monstro tiver feito algum mal a ela, porque era a minha obrigação salvar ela.

50 Tons de Amor e SuperaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora