Algum tempo se passou. Dico acordava cedo, e corria lépido para a aula, pois estava
se preparando para exames. Depois do almoço, havia o trabalho. E lá ia o mocinho para o
Instituto Diamantinense de Mineralogia, do qual era uma espécie de conservador. Arrumava
as amostras, classificava-as, recebia e acompanhava os visitantes, dando-lhes explicações.
Um dia notou que haviam sumido três pequenos diamantes brutos. O mais esquisito é que
eram peças pequenas, de muito pouco valor comercial. Dico demorou a dar por falta das
pedrinhas, que se achavam expostas, entre dezenas de outras, numa pequena bandeja.
Teriam desaparecido exatamente quando ele estava de férias. O diretor do Instituto chamou
a polícia mas não acharam pista alguma, e ninguém descobriu nada. Os colegas riram-se,
quando Dico lhes contou que encontrara em sua mesinha de trabalho uma folha de papel
com a palavra Spharion, escrita em letra de imprensa, bem no meio. Embaixo dela, as letras
FF. A mesma "marca" deixada no rosto do minerador que fora encontrado morto dois meses
atrás.
Enquanto isso. . . sozinho em seu quarto, um jovem radioamador da cidade tenta
definir certas ondas que está captando. Esquisitas. Muito esquisitas mesmo.
- Ai, que mal estar. . . que enjôo. . . -- suspira ele para si mesmo, pondo a mão na
cabeça. - Que tontura, poxa!. . . Pronto: passou. Fui comer manga verde e deu nisso.
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Spharion
Ciencia FicciónO caso Spharion se passa em Minas Gerais, estado onde a autora nasceu. Spharion é um assassino muito misterioso que rouba diamantes e deixa sinais que mais se parecem com iniciais de nomes nos corpos de suas vítimas. É através desses sinais que o pa...