ALARME NA CIDADE

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Dessa vez houve escândalo em Diamantina. O famoso Inspetor Pimentel veio do
Rio de Janeiro, a ver se descobria quem era o misterioso assassino, como matava as vítimas,
e por que motivo tirava diamantes de pouco valor.
As pistas eram fracas. O fato é que ninguém prestara atenção especial no homem
magro de óculos sem aro que se misturara com os visitantes do Museu, e nem dera por falta
dele na hora da saída. As pessoas que lá tinham estado foram chamadas a depor, e se
prontificaram a isso. Todas menos uma. E foi então que aquele homem baixo e magro, de
óculos sem aro, começou a ficar suspeito. Como teria assinado no livro de visitantes? Seria
fácil descobrir isso por exclusão. Lá estava em letra maiúscula, um S apenas. Procedência:
Planeta Terra.
— O homem já tinha o plano todinho arquitetado e estava bem seguro dele —
comentou o Inspetor. — E esse negócio de assinar Planeta Terra foi de gozação pura, ou
então de. . . debilidade mental.
Boatos se formavam de todos os lados. Alguém vira, noite alta, silenciosa máquina
(seria motocicleta?) rodando, rápida, pela estrada Diamantina—Datas. Outro teria
percebido, já mais perto do Serro, uma sombra escura, como um grande pássaro, saindo da
mata e subindo em linha reta pelos ares, sem ruído algum. Alguns acreditaram, outros não.
"O povo fantasia muito", diziam, e "quem conta um conto, acrescenta um ponto".
E foi quando certo conhecido jornal do Rio de Janeiro mandou a Diamantina o
jovem Pedro, seu melhor repórter, com a ordem de ficar na cidade o tempo que fosse
necessário até deslindar tudo.

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⏰ Última atualização: Dec 22, 2016 ⏰

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