Epílogo

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Ponto de Vista de Peeta

– Paciente no quarto 162. – a enfermeira informou, me fazendo pegar a prancheta de suas mãos, e acompanha-la.

– Qual o caso? – questionei.

– Acidente de moto. – informou. – A garota bateu em um poste.

– Está acordada? – perguntei entrando no corredor.

– Sim, mas está um pouco confusa.

Entramos no quarto 162.

– Clove, certo? – perguntei lendo o papel em minhas mãos.

A garota de cabelos negros me olhou, e piscou algumas vezes. Logo ela afirmou com a cabeça.

– Como se sente? – me aproximei da sua cama.

– Não sei. – Clove colocou a mão esquerda sobre a testa.

– A enfermeira fará alguns exames, e logo eu volto, tudo bem? – questionei.

Ela afirmou com a cabeça, olhando pra frente.

– A propósito. Eu sou Peeta. – sorri educadamente para a garota, que voltou a me olhar.

– Nome legal. – Clove deu um pequeno sorriso.

– O seu também. – respondi. – Nos vemos logo, Clove.

– Ok.

Sai do quarto e andei alguns passos, até Annie se jogar a minha frente.

– Preciso urgentemente que você venha comigo. – disse afobada, segurando-me pelo braço, e arrastando-me pelo corredor.

– O que você tá fazendo aqui? Achei que você começava só na segunda. – falei confuso.

– Eu começo. Ai que está o problema. – resmungou.

Continuamos a andar, até pararmos em frente ao quarto 193.

Ela me empurrou pra dentro, entrando logo depois.

Na maca mais próxima estava uma enfermeira de costas pra mim, levemente curvada, parecendo falar baixinho com o paciente.

Annie pigarreou, fazendo-a virar.

A mulher deu um pequeno sorriso.

– Que bom que veio logo, doutor Mellark. Tem alguém querendo ver o senhor. – ela disse, afastando-se da maca, me fazendo finalmente enxergar quem estava nela.

– Papai. – Liza disse com a voz baixa.

Meus olhos estavam arregalados, mas me aproximei dela.

Minha filha tinha um pequeno curativo na testa, e seu braço estava com um gesso recém colocado.

– O que aconteceu? – curvei-me em sua direção, acariciando seus cabelos castanhos.

– Caí do escorregador. – ela fez um bico de choro.

Olhei em direção a Annie, que tinha uma cara de culpada.

– Você é uma pessoa morta. Você sabe disso, certo? – questionei a ela, voltando a olhar Liza. – Está sentindo alguma dor, filha?

– Minha cabeça, papai. – resmungou. – Quero a mamãe. – seus olhos, que eram tão parecidos com os de Katniss, estavam avermelhados, denunciando que ela havia chorado ao cair.

– Ela já está vindo. – Annie quem respondeu.

Suspirei pesadamente.

Katniss mataria Annie, da forma mais lenta possível por ter deixado nossa filha cair.

The Patient 193Onde histórias criam vida. Descubra agora