Prólogo

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   As ruas de Saltaire eram sinuosas e inóspitas. Não havia alma viva na vila naquela noite fria, imersa num vastíssimo nevoeiro que acentuava o seu caráter sombrio e místico. 

   Harry deambulava apressadamente pelos passeios de pedra gasta que delimitavam a estrada. À sua esquerda, o rio contrastava com o resto da cidade, num bulício imparável das águas turvas. O ministro da magia, Kingsley Shacklebolt, tinha enviado o seu melhor auror, chefe do departamento dos aurores, para uma missão de alto risco. Subitamente, todos os candeeiros da rua se apagam, deixando Harry na escuridão plena.

   - Lumos – sussurrou – uma pequena luz saiu da ponta da sua varinha iluminando a rua.

   Harry desdobrou um papel, em que se lia «PROCURA-SE CHARLES QUINN » com o respetivo retrato do criminoso, abaixo do qual Harry tinha escrito a possível morada do mesmo. Após uns minutos indagando, chegou a uma rua muito estreita, na qual se encontravam varias casas geminadas. Harry analisou as várias janelas e portas de cada uma, tendo-se aproximado de uma das portas. «Tem de ser aqui» disse para si próprio e, encostando a varinha à ranhura da fechadura, disse:

   - Alohomora... – a porta destrancou-se e, com um ranger estrepitoso, abriu-se.

Harry Potter E A Varinha FantasmaOnde histórias criam vida. Descubra agora