Vigia

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- Eu tô bem sim... - Respondeu Elizabeth, ainda escondendo seu rosto com vergonha da posição que ambos estavam.
- Ok. - Disse Ray, fechando o guarda-chuva, porém, no que ele virou para olhar pro lado, enquanto tirava a cobertura do Guarda-chuva da frente, ele viu que toda a onda de água que ele havia protegido de chegar em Liza, havia sido redirecionado não-intencionalmente, para Hans, que os acompanhava, logo a esquerda.
A reação dele não foi outra além de cuspir toda a água que havia sido estocada em sua boca por causa de um reflexo que o fez abrí-la um pouco antes da água chegar.
Ray apenas tirou seu casaco e deu para Hans se trocar, afinal, a culpa tinha sido dele.
Dessa hora em diante, Hans já havia se secado naturalmente e estava com o casaco de Alexander. Ambos estavam acompanhados de Liza e já haviam entrado no carro, também já estando no caminho para as casas. No meio do caminho, Raymond parou o carro, era lá que Hans iria se separar dele e ir para sua própria casa. Alex decidiu acompanhá-lo. Afinal, deixar ele sem casaco na rua idiotice e como a casa dele era próxima, Ray também pensou em economizar um pouco de gasolina acompanhando o amigo em uma curta caminhada. Não só pra certificar-se que ele chegaria bem, como para pegar seu casaco, sem que precisasse largar o colega encharcado no meio da cidade. Liza não foi, disse que preferia esperar no carro, afinal, o céu estava fechando e ela não queria pegar muita chuva. Ray entendeu, principalmente pela noite passada. Ela tremia de frio, provavelmente sua resistência contra temperatura era baixa enquanto não utilizava sua armadura. Então que os amigos fizeram seu caminho. Ray deixou Hans dentro de casa, pegou o casaco e voltou a fazer seu caminho em direção ao carro. Mas ele foi interrompido. Uma presença incrivelmente densa e poderosa se aproximava dele. Ele se perguntava se não era o Draig visto no dia anterior por Elizabeth. E ele estava correto sobre sua questão. Era ele. Estava descendo e queria interceptar Ray. Ao parar, Ray aproveitou o mísero segundo que podia para analisá-lo. Ele era um classe S dos Draig, por mais que fosse só um mensageiro, como foi descrito por Liza. Ray sabia, pois ele tinha uma aparência mais humanizada, por algum motivo, quanto mais o Draigs são parecidos com humanos, mais poderosos eles são classificados, mas em sua última forma, eles tornavam-se Dragões completos, atingindo o ápice de suas habilidades e poder destrutivo.

Ele barrou Ray, como já era esperado de sua abordagem

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Ele barrou Ray, como já era esperado de sua abordagem. Ray continuou quieto e sério. Ele por alguma razão emanava uma raiva desconcertante sobre o indivíduo em sua frente, mas sabe que não poderia agir de maneira ofensiva, pois queria preservar o segredo que a escola estava querendo manter pra outras raças.
- Garoto... Você possui um cheiro fraco... Mas muito familiar a um que foi liberado hoje de manhã por essa área, no qual eu estou buscando a origem... Eu nunca fui muito bom na parte sensorial, mas esse cheiro é um tanto... Único. - Disse, do mesmo modo que falava todas as outras vezes como quando invadiu o colégio. Com uma voz calma, ofuscado por sua voz grossa que soava como os rugidos esganiçados dos Dragões.
Ray não respondeu nada, apenas o continuou observando.
- Quer bancar o durão, garoto? - Disse, respirando forte em sua cara. Ele era bem mais alto que Ray, sendo que o mesmo já tinha 1,85m de altura. - Apenas me diga qual sua relação com a energia liberado hoje de manhã, que eu lhe deixo em paz. Ela foi até mesmo capaz de superar a supressão de energia composta pelos escudos de anulação e selos especiais desse local. Ela me interessa. - Disse o Draig.
Raymond apenas continuou como estava. Enquanto isso, pessoas saíam das casas envolta, até mesmo Liza havia ido. A liberação e pressão imposta por aquele Mensageiro era tão intensa que cobria vários quarteirões e ele não havia escondido sua presença. Fazer ameaças em áreas residenciais poderia render o exército atravessando as fronteiras impostas pelos Draigs contra os humanos, o que poderia prejudicar sua posição. Logo, o Mensageiro sabia que não poderia fazer nada contra o garoto naquele momento e entendeu sua tática. Logo, ele estava preparado para ir decolando, tirando seu próprio caminho. Mas antes de partir, teve uma resposta de Ray, que disse com um olhar disfarçadamente sarcástico e sínico:
- Não sei do que está falando.
O Mensageiro apenas fungou seu nariz com força e deixou o lugar em uma velocidade mais rápida do que os olhos dos alunos poderiam acompanhar.
Ray viu Liza e pegou em seus ombros, dizendo com tom sério:
- Você tá doida? Você sente uma energia desse nível e vem pra cá?!

Liza fica surpresa com a atitude dele e responde:
- Não aconteceu nada nem comigo nem com você, relaxa Ray.

- E se acontecesse!?

Liza ficou calada por um momento pensando no que ele havia dito e apenas respondeu com outra pergunta, enquanto estava de cabeça baixa:
- Achei que sua promessa de sempre se preocupar e sempre me proteger fosse só uma brincadeira.

Ray parou de apertar os ombros dela e disse de volta ao seu tom sereno de sempre:
- Eu disse que era uma brincadeira, mas ainda faz parte do meu trabalho tomar conta de você até que se torne a Maga Suprema. E o fato de nos tornarmos mais próximos apenas estendeu minha vontade fazer isso. Não confunda as coisas.

Liza percebeu que aquilo era apenas preocupação com ela, então apenas balançou a cabeça e disse:
- Bem, então... Vamos logo? Parece que vai começar a chover.

No que Elizabeth terminou de dizer, começou a respingar. Ambos começaram a correr, mesmo não adiantando muito, o carro estava no final da rua. Eles chegaram lá já encharcados e no mais, apenas fizeram seu caminho pra casa. Chegaram lá completamente molhados. Liza ainda estava de casaco, fora ter o reserva que havia tirado mais cedo, por isso não se molhou muito. Mas Ray estava só com o Blusão que tinha por baixo do casaco. Ele era Branco e havia tornado a roupa dele transparente, fazendo Liza ficar um pouco envergonhada por novamente ver seu torso bem definido... Logo, Ray disse:
- Vou tomar banho e me trocar, recomendo que faça o mesmo, vai ficar mais frio mais tarde.
No mais, o resto da tarde não teve nada de muito mais interessante, além do jantar em que Raymond havia preparado um frango.
No entanto, do mais longínquo e alto canto da cidade - topo do prédio da escola - eles estavam sendo observados, por alguém que vestia uma máscara de coelho com um kimono da antiga cultura típica japonesa. Que os observava mesmo há quilômetros de distância, com um leque em sua mão, sem qualquer tipo de ajuda.
"São eles" pensou a figura que logo depois sumira de lá, não deixando sequer um traço de sua existência...

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DIVINIUM - O PODER DOS DEUSESWhere stories live. Discover now