lembranças vêem como uma rajada de vento cortante

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CAPÍTULO 2

         Na manhã seguinte finalmente pude ver a casa pela qual eu avia me mudado, era de certa forma bem grande, se comparada a minha antiga.
     Eu e meu pai viemos a nos mudar depois do acidente, este o qual não me agrada lembrar dos detalhes mas que mudou completamente minha vida, a partir daquele momento em que abri os olhos o carro se encontrava virado de cabeça pra baixo com os vidros totalmente estilhaçados, ainda era capaz de ouvir o som da ambulância vindo ao longe e pessoas curiosas ao redor, a maioria assustadas pela gravidade do acidente, pude ver com certa dificuldade alguns paramédicos tentando consolar meu pai, este que se encontrava aos prantos apoiado sobre o corpo de alguém estirado no chão. Pude ver com mais clareza e com certa dificuldade depois disso. Minha respiração falhou.
     Lágrimas passaram a descer sobre o meu rosto, queimando como ácido. A dor e o desespero vieram logo em seguida. Estava prestes a desmaiar antes mesmo de poder surtar pela cena que acabara de ver.
      Aproximadamente três dos médicos que se encontravam no local correram rapidamente em minha direção antes que eu fechasse os olhos completamente. Queria gritar, e chorar perguntando o porque daquilo estar me acontecendo, não podia ser verdade, mas agora eu realmente entendia aquele ditado idiota que as pessoas costumavam usar para referir-se a casais recém acabados, quando uma das duas pessoas descobrem não sentir nada pela outra e decidem terminar tudo. "A verdade dói, mas não tem como ignora-la nem como fugir da dura realidade que a mesma nos trás". Era verdade então, eu realmente pude entender o significado dessa desprezível frase.
   E aquela noite foi a última vez em  que pude  ver minha mãe, na pior das situações diria eu, oque posso afirmar com toda certeza não ter sido nem um pouco agradável aos meus olhos.

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