Cap 7 - O Babá

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-O que eu quis dizer foi que ele nunca mais vai falar daquele jeito comigo, vou ensinar ele que ele mexeu com a pessoa errada.. - Bryan ficou um tempo pensando e me olhando, parecia me analisar.

-Posso te fazer uma pergunta?

-Acabou de fazer - Sorri com deboche, isso está virando hábito.

-Fazer outra além dessa?

-Fala logo...

-O que você veio fazer de verdade em Atlanta? - Fiquei sem palavras não sabia se podia confiar nele a esse ponto, porém resolvi arriscar.

-Olha eu posso até te contar mas você não vai poder contar a ninguém ou eu te mato.

-Tudo bem eu promet....

-Não prometa nada, não acredito em promessas...

Contei para ele tudo o que havia acontecido comigo, desde quando eu era mais nova até agora, o que havia acontecido com os meus pais, sobre o México, tudo o que aprendi lá. Bryan prestava bastante atenção em tudo o que eu falava, por um segundo vi seus olhos ficarem marejados, é realmente não era algo fácil de se falar, a muito tempo que eu não falava dos meus pais, era estranho falar em vez de só pensar. Depois eu vou precisar fumar alguma coisa, ou beber, preciso me acabar em algo. Sempre fingi e escondi o que sentia em relação a isso, desde que meus pais morreram eu nunca chorei nunca coloquei pra fora aquele sentimento de dor de angústia, nunca expressei nenhum sentimento. Bryan pareceu perceber que eu me incomodava com aquilo, mas não me interrompeu, ele não abriu a boca pra nada, terminei de falar tudo o que havia acontecido e como esperado ele continha uma expressão séria como se analisasse cada palavra minha, como se estivesse colocando tudo em ordem na cabeça dele, ele veio na minha direção espero que não fique com viadagem, sentou ao meu lado e então depois de um tempo começou a falar.

-Olha não importa o que aconteça, a onde deva procurar, pode contar comigo, vou te ajudar em tudo o que precisar. - assenti como se estivesse agradecendo, poxa eu tenho que agradecer por isso não é todo dia que alguem arrisca seu pescoço pra ajudar alguém a matar uns filhos da puta.

A porta foi aberta de uma forma um pouco brutal, Justin entrou no quarto e seus olhos logo pararam em Bryan seus olhos fuzilavam ele, olhei pra ele mas ele não olhava pra mim e sim para Bryan seus olhos não desviavam dele, será que eles dois já? Estranho! Bryan também não tinha uma expressão nada boa. Ele ficou de pé na frente do Justin, opa já tá na hora de intervir isso aí ou então vou ter que presenciar uma pequena briguinha, levantei com um pouco de dor, e fiquei entre os dois, porém por força do filha da puta do destino eu sou menor que eles não não deu muita diferença, mesmo assim eu tentei, posso ser pequena mas sei muito bem me defender e sou ótima em brigas.

-Justin posso te ajudar em algo? - melhor fingir ser simpática do que ter que ficar limpando sangue do chão. Depois de uns minutos ele me olhou mas não do mesmo jeito que ele olhou para o Bryan o olhar era mais sereno.

-Minha mãe me contou oque aconteceu com você vim ver se estava bem?

-Com um pouco de dor mais bem, consigo suportar um pouco de dor.

-Ah que bom, quando puder poderia passar no meu escritório gostaria de conversar com você.

-Sim, sem problemas.

-Okay até mais então.

-Tchau Justin.

E ele se virou e saiu do meu quarto, então olhei pro Bryan que me olhava com uma cara estranha, quando prestei atenção no que tinha dito vi que fiz merda, eu fui simpática demais, me sentei na cama e fui tentar lembrar a onde tinha guardado o resto da maconha que sobrou.

-Você já comeu hoje?

-Não ainda não tive tempo..

-Você sabia que um dos motivos de você estar no hospital foi por você ter uma péssima alimentação.

-Sério? Hum depois eu como. Onde ta essa porra.

-O que está procurando.

-Meu calmante?!

-Sério é um calmante ou isso aqui. - Bryan tirou do bolso minha maconha, esse filho da puta mexeu nas minha coisas?

-Como você?....

-Como eu achei isso tava procurando sua roupas e achei por sorte, você não vai fumar até ir comer.

-Você sabia que isso dá fome, e além do mais você não manda em mim me dá logo essa merda.

-Não ..

-Bryan me devolve essa merda agora..

-Já disse.. Não...

-Garoto não me irrita..

-Garota não me faz repetir...

-Ahhhhhh VAI SE FUDER.

Sai do quarto batendo a porta, desci a escada correndo eu podia estar sentindo dor mas isso não iria me fazer descer como uma "mocinha".. Bryan vinha atrás de mim, não acredito ele virou minha sombra, fui pra cozinha e tinha um prato de sopa lá olhei pra ele e ele apontou para a sopa, bufei me sentei na cadeira e fui comer, tenho que admitir estava bom, a muito tempo não comia nada parecido, terminei de comer e já estava quase esquecendo as minha coisas com o Bryan, estendi a mão pra ele e ele me entregou na mesma hora Justin entrou na cozinha junto com os meninos, tipo todos eles, TODOS, pronto a merda tá feita, eles olharam para Bryan com uma cara nada boa. Puxei o tapado que continuou sentado para ficar de pé ao meu lado e assim ele fez.

Aos Olhos Do DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora