4.1 - O baile

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É hoje. Hoje! Depois de anos esperando, finalmente. Eu não consigo explicar minha felicidade! Céus, é meu momento!

Para mim, estava tudo tão perfeito! Estava usando um terno simples, mas muito bonito, e rezando para não começar suar de nervoso.

Peguei o carro do meu irmão emprestado para ir buscar o Mike, poderíamos ir a pé, porém hoje é o baile. É diferente. Cheguei na sua porta e logo toquei a campainha da casa dele... e wow, ele não poderia estar mais perfeito.

— Boa noite, meu sonho — beijei ele e eu entreguei um buquê. Preciso de um instante para admirar essa obra de arte bem vestida na minha frente.

— Boa noite, meu anjo — ele sorriu e me analisou — Você está incrivelmente lindo! Obrigado pelas flores...

— Oh, obrigado e de nada... Você também está incrível — seguirei a mão dele e fomos para o carro.

— Lukey, esse carro é de quem? — perguntou depois de voltar de guardar as flores.

— Do meu irmão, a gente não iria a pé para o baile né?! — abri a porta para ele, esticando uma mão para que ele segurasse.

— Você não é o melhor motorista do mundo — ele disse apreensivo, segurando minha mão. — Só não mate a gente.

Mostrei a língua para ele e, após ele entrar, fechei a porta. Dei a volta e nos levei em segurança até o colégio, que estava bem diferente dos outros dias. O baile deixou tudo mais encantador.

Assim que entramos no salão, eu não consegui parar de sorrir. Era tudo tão... parecido com os filmes, perfeito aos meus olhos.

— Eu estou sonhando... Mikey, me belisca — me virei para ele, esticando meu braço.

— Quê?! — ele me olhou com os olhos arregalados e confusos.

— Santo Deus, isso não é de verdade — disse animado, segurando seus ombros, e ele continuou estático com aquela expressão. — Nossa, com essa cara, parece que viu um fantasma.

— Luke, aquieta um pouco — ele revirou os olhos, afastando minhas mãos. — Vamos dançar? — ele perguntou e sorriu.

— Só sei valsa — olhei para a "pista de dança", em dúvida. — Além do mais...

— Vamos logo! — ele não me deixou terminar e me puxou pelo pulso.

Bem, tirando nós dois dançando terrivelmente alegres, estava tudo lindo. Algum tempo, Ashton e Calum chegaram, conversamos, comemos e essas coisas. Não sei me expressar direito quanto àquele dia, sei somente sentir.

Quando o relógio bateu meia-noite, dançamos a valsinha, a música lenta. Cada segundo foi inacreditável. Foi maravilhoso.

Eu não via as horas passarem, não conseguia sentir nada mais além da emoção e a adrenalina correndo pelo meu corpo. Sabia que logo isso não seria mais nada do que fotos e lembranças, então eu queria aproveitar cada segundo e foi o que eu fiz. Jamais me vou esquecer desse dia, desse ano, desses amigos, desse amor que estou vivendo. Gostaria de poder parar o tempo e ficar aqui para sempre. Pausar e apreciar.

Quando o baile acabou, caíram algumas lágrimas dos meus olhos. E para acabar aquele dia, entramos no carro e fomos nós quatro para a praia mais próxima ver o nascer do sol.

— Mikey, obrigado — falei baixinho, perto de seu ouvido, o abraçando por trás.

— Pelo o quê? — ele se virou um pouco pra me olhar.

— Por ter mudado minha vida! — apoiei o queixo no ombro dele.

— Você melhorou a minha primeiro, era mínimo que eu deveria fazer — ele me abraçou de volta e me beijou na bochecha..

E acabou desse jeito. Com essa cena de filme romântico. Um casal de formandos, depois do baile, tendo um momento de carinho.

(Os outros dois são um caso à parte, os Cashton estavam jogando água um no outro na beira do mar.)

O garoto de cabelos e olhos verdes // muke ✿Onde histórias criam vida. Descubra agora