Capítulo 139- Despedida de solteira

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Música: Girls in luv- Rameez.

Ed e eu tivemos a noite mais apaixonada e cheia de desejo de todas e adormecemos abraçados. Acordei e os olhos azuis dele já me encaravam.

-Bom dia...- Cocei os olhos.

-Bom dia.- Ele sorriu.

-To com fome.

-Vamos preparar o café?

Rolei na cama com preguiça e Ed se levantou. Depois de algum tempo em inércia, finalmente me levantei e o segui até a cozinha.

Preparamos o café e comemos juntos. Depois disso, Ed deitou no sofá, enquanto eu já começava as chamadas de vídeo com minha mãe, Iza, Laís e Leo para contar a novidade. Cada um deles ficou surpreso e surtou de maneira diferente, mas todos pareciam felizes.

Aproveitando também a estadia na Inglaterra, demos a notícia pessoalmente aos pais de Ed, recebendo lágrimas emocionadas de Imogen como resposta.

Taylor me ligou desesperada quando Ed a contou. Queria ajudar em todos os detalhes e eu amei a ideia.

Nos últimos dias de folga de Ed, antes de começar a turnê pela Europa, estávamos juntos no sofá da sala.

-Ed?

-Hum?- Ele não prestava total atenção.

-Precisamos falar sobre o casamento.

-É?

-Como você esta interessado no assunto...

-Que assunto?

-EDWARD!- Quase gritei chamando sua atenção.

-O que foi?- Ele resmungou.

-A data.

-Do que?

-Do casamento, inferno.

-Ah... Eu sei lá.

-Eu sempre quis me casar em 23 de setembro.

-Então ja temos a data...- Ele deu de ombros.

-O dia e o mês, ok... Mas e o ano?

-2023.- Ele me encarou como se eu fosse louca por aquela pergunta.

-Esse ano?- Arqueei a sobrancelha.

-E por que não?

-Porque esta muito perto...

-Ana, ainda estamos em fevereiro.

-Mas é um casamento.

-Você vai conseguir.- Ele voltou outra vez sua atenção para a televisão.

Comecei a planejar mentalmente tudo que eu precisaria fazer nas próximas semanas.

-Ed?

-Você quer mudar a data?

-Quero definir o lugar...

-Você gostou daquele castelo na Escócia, não?

-Isso é sério?- Sorri empolgada.

-Sim.

-Eu amo você.

Ele sorriu sem desviar os olhos da televisão. Desisti de tentar conversar com ele enquanto ele estivesse assistindo TV e fui para o quarto, ligando o computador e começando todo o tipo possível de pesquisa sobre casamentos.

A turnê européia começou depois de alguns dias e embora eu quisesse conhecer todos os lugares por onde passassemos, eu acabei gastando muito tempo conversando com a cerimonialista contratada e planejando minuciosamente cada um dos detalhes. Foi só na Itália, que esqueci o planejamento e aproveitei para visitar Florença, onde entreguei pessoalmente aos meus amigos os convites, enquanto praticamente todos os outros foi enviado pelo correio.

No Brasil, Laís desenhava meu vestido do jeito que eu sempre sonhei e minha família se preparava psicologicamente para me ver entrando de noiva.

Fui ao Brasil e a Escócia algumas vezes, deixando Ed sozinho na turnê, mas ele estava tão empolgado quanto eu com o fato de que iríamos nos casar e acabou não reclamando sobre isso.

O tempo passou voando e os shows da Europa foram finalizados três semanas antes do casamento. Era o tempo perfeito para que acertassemos os últimos detalhes para o nosso grande dia.

Duas semanas após o casamento, Ed iria começar a turnê pela Ásia e encerraria na Oceania, antes de irmos de volta para Los Angeles, para curtimos nossa nova vida como marido e mulher.

Faltando exatamente duas semanas para o dia 23, eu iria ao Brasil, para a última prova do vestido e ter minha despedida de solteira, enquanto Ed teria a dele em Londres. Ele me levou até o aeroporto, bem cedo e nos despedimos. Nos veríamos novamente, apenas no altar... Era o combinado.

Cheguei ao Brasil e fui recebida por Laís, que sorria de orelha a orelha.

-Minha modelo favorita!- Ela me abraçou com força.

-Minha estilista favorita!- A apertei mais ainda.

-Seu vestido está na sua casa...

-Eu estou louca com isso.

-Imagino.- Ela riu.

-Eu e Iza já fomos... Só falta você casar agora, Lai.

-Credo.- Ema torceu o nariz.- Vamos embora?

Comecei a puxar a mala e fomos até o carro dela. Depois de já estarmos a caminho, voltei a falar.

-Você ainda não deu o braço a torcer?- Arqueei a sobrancelha.

-Não sei do que esta falando.

-Não se faz de desentendida, não. To falando do Niall.

-Não, não dei o braço a torcer.

-Você gosta dele e ele de você.

-Ta, mas eu não vou me entregar assim.

-Porque é tonta...

-Como é que você falava mesmo?- Ela franziu o cenho, encarando a estrada.

-Falava o que?- Perguntei confusa.

-To tentando lembrar.- Rla bateu de leve no volante algumas vezes, antes de voltar a falar, com uma voz fina e quase gritando.- AAAAAH, VAI LAVAR A CASA DA CACHORRA!

-Eu não acredito que você lembra disso.- Gargalhei.

-E eu não acredito que você acha mesmo que eu e o Niall possamos ter algo.

Revirei os olhos e mudamos de assunto. Assim que cheguei em casa e botamos as fofocas em dia, eu provei o vestido, sem conseguir conter a emoção ao me olhar no espelho. Sorrindo para o meu reflexo, me dei conta de aquilo era real e embora eu não achasse que isso fosse possível, meu sorriso se tornou ainda maior.

Nos dias ali na casa dos meus pais, eu me sentia mais nostálgica do que nunca em meu antigo quarto, que permanecia exatamente como eu deixei... Aproveitei para pegar mais algumas coisas que queria levar comigo para LA.

Encontrei com todos os meus velhos amigos e eles estavam evidentemente animados com o meu casamento, que contrariando a ideia de Ed, eu fiz questão que fosse maior e eu pudesse convidar todos que eu considerava importante, o que era realmente um grande número de pessoas.

Dias depois Iza também chegou ao Brasil e no sábado anterior ao casamento, saí com minhas amigas para uma boate. Convenci todas a usarem coroas e a minha tinha o acréscimo de um véu.

Dançamos e curtimos loucamente, regadas por tequila. Eu já estava meio grogue, quando uma amiga da época do colégio se aproximou, passando a mão por meu ombro.

-Não vai pegar ninguém na sua despedida?- Sua fala era arrastada pelo álcool. Ela estava pior que eu.

-Eu vou passar o resto da vida com o Ed Sheeran. Não preciso beijar mais ninguém.

-Quem disse só beijar?- Ela ria de maneira boba.

-Amiga... Acho que ja deu de bebida pra você.

Ela riu mais ainda e voltou a dançar desordenadamente. Percebi o quanto o que eu havia dito fazia sentido... Eu realmente não precisava de mais ninguém, já que os meus próximos dias estavam destinados a ter Ed ao meu lado.

Caso do AcasoOnde histórias criam vida. Descubra agora