Sangue ruim. (Capítulo 5.)

824 68 26
                                    

POV Perrie.

Meu corpo inteiro começou a queimar, era estranho isso. Eu sentia ele queimar, mas eu não pegava fogo, o que estava acontecendo comigo? Eu conseguia ver tudo o que acontecia a minha volta, mas não conseguia me controlar, vi Jasper se aproximar de mim, senti ele usar os poderes dele, lembro que era sobre mexer com os sentimentos dos outros e tentei me acalmar, mas as coisas só ficavam piores. Minhas mãos estavam pegando fogo e eu estava flutuando. Eu só posso está perdendo a cabeça, fechei os olhos e gritei. Quando abri os olhos novamente, mais árvores estavam queimadas e todos olhavam pra mim assustados. Jasper estava mais próximo e Edward estava ao lado dele, ouvi Jasper falar algo com Edward, mas não consegui entender.

- Agora. - Jasper falou baixo. -
- Perrie? Você consegue me ouvir? Sou eu, o Edward. - Edward falou. -
- Edward... eu, eu não consigo controlar. É muito quente, tá me queimando, dói muito. - falei choramingando. -
- Você precisa se acalmar, entendeu? Você tem que se esforçar pra se acalmar. - ele falou chegando mais perto. -
- Eu não consigo, eles mataram minha mãe, eles mataram a mamãe! - eu falei e mais uma onda de fogo emanou de mim, e mais algumas árvores pegaram fogo. -
- Sua mãe está viva. - ele falou rápido. -
- Você está mentindo, ela não está, NÃO MINTA PRA MIM! - gritei. -
- Eu não estou mentindo, a Alice disse que o futuro estava incerto, mas não viu ela morrendo, então existem chances de ela está viva. Mas você precisa se acalmar para falarmos sobre isso. - ele falou. -
- Mamãe pode esta viva? - falei e comecei a descer do ar. -
- Sim, existem grandes chances. - ele falou chegando mais perto. -
- Desculpa, eu não consegui controlar, é mais forte que eu, é como se não fosse eu, mas outra pessoa dentro de mim. - comecei a chorar. -

Senti os braços dele em volta de mim e percebi que todos travaram, com razão, eu era a louca que estava flutuando e queimando tudo em volta e agora ele está aqui me abraçando. Libertei todos os meus pensamentos, eu não tinha mais forças pra bloquear ou controlar isso mais, então fiquei livre. Sei que ele tinha percebido que não conseguia ler minha mente, não sei nem como fiz isso, mas bloquiei, não queria ninguém invadindo ela e vendo o que estou pensando, mas o Edward, ele é diferente, ele me faz sentir em casa, mesmo eu não tendo mais casa, nem mamãe pra me fazer sentir assim. Fiz ele ser inundando com meus pensamentos e sentimentos, ele precisava saber o que estava passando em mim, por que eu não iria conseguir contar isso a ninguém, e me conhecia o suficiente pra saber que não iria pedir ajuda a ninguém, então esse foi o único jeito que encontrei pra pedir ajuda, pedir socorro. O pensamento mais predominante em mim era medo e a lembrança mais recente de mamãe lutando contra Félix e Demetri, senti ele me abraçar com mais força e então tremi e senti meu corpo ficando fraco, me entreguei a escuridão e me deixei apagar nos braços de Edward.
Tive outro sonho, o lugar era calmo, uma campina, cheia de flores, o cheiro de lavanda era o mais predominante e eu estava calma e feliz, como há muito tempo não me sentia, eu estava deitada e olhava pro céu, estava um azul lindo de se ver e com poucas nuvens, senti alguém pegar em minha mão e quando me virei, eu não conseguia ver de quem era o rosto, mas eu sentia que conhecia a pessoa, mas não conseguia identificar quem era, os braços da pessoa eram gelados contra meu corpo quente, era como se fôssemos derreter um ao outro, era incrível a sensação. Ouvi um barulhinho de algo gotejando e abri os olhos devagar e pisquei algumas vezes tentando me acostumar com a luz, olhei em volta e vi Edward sentado ao meu lado com o rosto indecifrável.

- Oi. - sussurrei. -
- Oi. - ele continuou me olhando estranho. -
- Causei muito estrago? Alguém se machucou? - perguntei preocupada. -
- Não. - ele continuou me olhando. -
- Pode me dizer o por quê está me olhando assim? - falei. -
- Você me deixa confuso, e eu não estou acostumado com isso. - ele falou. -
- Por quê, confuso? - me virei deitando de lado na cama. -
- A poucas horas eu conseguir ler sua mente, mas agora, tá tudo estranho, tudo como se estivesse desligado. Não consigo ler nada mais, como você faz isso? - falou. -
- Não sei, eu não sei nem como faço isso. Quando você conseguiu ler minha mente? - perguntei. -
- Quando você desceu do ar, quando começou a se acalmar. - ele falou. -
- Acho que foi na hora que eu estava exausta, eu não sei ligar e nem desligar, eu não sei fazer nada. - falei e senti meu corpo tremer. -
- Antes de tudo, fique calma, por favor. - ele segurou minha mão e eu me arrepiei. - Segundo, não tem problema você não saber ligar e desligar isso, nós vamos te ensinar. Carlisle viveu um bom tempo com sua mãe e o que ele não souber te ajudar, iremos pesquisar, procurar, não precisa se desesperar de novo, ok? - ele falou ainda segurando minha mão. -
- Tudo bem. - respirei. - Prometo tentar não me descontrolar de novo. - dei um pequeno sorriso. -
- Você deve está com fome, faz algumas horas que você comeu. - ele falou. - Vou pegar algo pra você comer.
- Não é sangue não, ne? - falei baixo. -
- Você não deve esta com sede. - ele apontou pro suporte de ferro que estava ao meu lado e eu me virei e vi três bolsas de sangue vazia. - Já que matou a sede enquanto dormia. - ele sorriu. -
- Ah... desculpa. - falei sem graça. - Vocês tem comida normal aqui? - perguntei surpresa. -
- Sim, Renesmee e Jacob são humanos, precisam comer. Quer dizer, Renesmee é um híbrido assim como você, mas não é de fênix, Bella deu a luz a ela ainda humana e eu sou o pai biológico e Jacob é um lobo. - ele falou. -
- Um lobo? - perguntei surpresa. - Quer dizer, ele vira um lobo? - olhei espantada pra ele. -
- Sim, um lobo. - ele sorriu. - Quer descer? Acho que estão todos bastante curiosos pra te conhecer de verdade. - ele falou sorrindo. -
- Sim, acho que sim. - sorri. -
- Eu te ajudo. - ele falou e se colocou ao meu lado, me ajudando a levantar. -
- Obrigada. - falei sem graça. -

Assim que ele segurou em minha mão e me puxou, senti uma sensação estranha, não conseguia lembrar de onde, mas era familiar. Não era de mamãe, por que a temperatura dela é a mesma que a minha, ela era até mais quente as vezes, mas a pele dele, era como gelo contra a minha pegando fogo. Ele passou o braço em volta da minha cintura e colocou meu braço em seu ombro e me ajudou a descer as escadas, reclamei bastante, eu não estava inválida, conseguia andar sozinha, mas ele disse que era isso ou era eu ir no colo dele, então resolvi não teimar mais. Assim que chegamos na sala, sete pares de olhos amarelos se vidraram em mim, um par de olhos castanhos e um de olhos pretos se viraram aos poucos pra me olharem e ficaram apenas me observando, esperando que eu desse o primeiro passo.

- Oi, meu nome é Perrie Bohen e eu sou uma fênix. - falei sorrindo e vi todos sorrirem de volta e levantarem pra virem me cumprimentar. -
- Já gostei dela. - um alto falou enquanto se aproximava de mim e me esmagava num abraço de urso. - Eu sou Emmett e bem vinda a família. - ele sorriu. -
- Obrigada. - falei sem graça enquanto me soltava do abraço. -
- Eu sou Alice, mas você já sabe e aquele loiro ali é o Jasper. - Alice falou sorrindo apontando pra Jasper que me deu um aceno de cabeça. - Vamos ser grandes amigas, eu vi isso. - ela falou me abraçando. -
- Ah, você é a que vê o futuro. - sorri. -
- Aquela é Rosalie, - ela apontou pra uma loura que sorriu pra mim forçadamente. - E eu sou Esme, bem vinda a família. - A mulher que me lembrava mamãe falou e me deu um abraço. -
- Hum, obrigada. - falei sem graça. -
- Eu sou Renesmee e como você sou híbrida, mas não sou tão legal de poderes como você. - ela falou sorrindo. - Aquele é o Jacob - ela falou apontando pra um rapaz moreno. - meu namorado e o lobo da família. - Jacob sorriu. - É muito bom ter alguém parecido comigo na família agora. - ela falou me abraçando. -
- Ah, é, legal. - falei sem graça. -
- Eu sou Bella. - uma mulher de cabelos longos castanhos falou sorrindo pra mim. - Bem vinda a nossa família. - ela abraçou Edward de lado. -
- E como você já sabe, eu sou Carlisle. - Carlisle falou me abraçando. - É um prazer receber você em nossa família, Perrie. Você está enorme. - ele falou sorrindo. -
- Obrigada Carlisle. - sorri. -
- Esme, tem alguma coisa na cozinha? Pez esta com fome. - Edward falou sorrindo. -
- Como você sabe meu apelido? - me virei pra ele surpresa. -
- Sua mente está livre e você estava a poucos segundos reclamando que odeia seu nome e ficava gritando na mente pra te chamarem de Pez, só atendi seu pedido. - ele sorriu. -
- Ah, entendi. - falei sem graça. - Chega de vasculhar minha mente. - fiz cara feia. -
- Opa, desculpa. - ele sorriu. - Olha, você conseguiu bloquear ela de novo, tem que prestar atenção como faz isso. - Edward falou. -
- Vou tentar aprender, agora se me dão licença, onde fica a cozinha? - perguntei sem graça. -
- Vem, eu te levo, vovó fez um bolo de chocolate maravilhoso. - Renesmee falou. - E a propósito, pode me chamar de Nessie. - ela sorriu. -
- Ok, Nessie, pode me chamar de Pez. - ela concordou e sorriu. -

Nessie saiu me arrastando pra cozinha, e me contando sobre a vida dela, eu apenas sorri, me esforcei um pouco e consegui deixar minha mente livre novamente e me virei a tempo de ver Edward dando um pequeno sorriso e eu sorri de volta.

Phoenix.Onde histórias criam vida. Descubra agora