Infelicidade do destino

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Eu e Nik temos feito amor quase todas as noites, cada vez é melhor que a outra. Tenho andado tão feliz nos últimos quatro meses, que nem reparei que a Lana estava triste, parecia que a cada dia ficava mais deprimira. Acho que no lugar dela eu estaria super feliz, há pois esqueci-me de contar que Jessé a pedido em casamento a duas semanas, sinceramente fiquei um pouco triste e perguntei-me se Nik chegaria a fazer o mesmo comigo. Eu estava na cozinha a assistir Lana segurar Emma no seu colo, ela tinham um olhar triste enquanto olhava para Emma que se remexia impaciente.
- O que se passa?- pergunto eu enquanto retiro Emma do seu colo. Assim que ela sente os meus braços envolvere-na acalma.
- Parece que ela não gosta muitos mim.- comenta ela quase a chorar.
- Não sejas tonta, ela só está com sono.- digo.- Lana conta-me o que se passa, já todos nós reparamos que tu não andas bem.
- Oh Ellisa.- diz ela começando de seguida a chorar.
- Eu estou preocupada contigo, por favor fala comigo.- pouso Emma no carrinho e vou até ela, quando lá chego ajoelho-me no chão para conseguir ver a sua cara.
- Eu ... eu.- começa ela.- Eu foi ao médico.
- O que se passa? Estás doente é isso?- pergunto preocupada.
- Não é isso.- diz ela simplesmente.
- Então diz-me.- insisto.
- Eu foi ao médico e ele disse-me ... Que eu não posso ter filhos Ellisa.- diz ela começando a chorar compulsivamente.- Eu sou infertil.
- Oh meu Deus Lana. Tenho tanta pena.- disse eu começando também a chorar.
- É o pior é que não posso dar essa felicidade ao Jessé.- diz ela.
- Ele ama-te Lana não é por não poderes ter filhos que isso vai mudar.- digo eu confiante.
- Mas Ellisa, o problema não é só esse eu também queria ter filhos um dia, não já mas lá mais para a frente.- diz ela olhando-me nos olhos.
- A sempre outras maneiras, podes adotar.- acho que o Nik não iria gostar muito da minha proposta mas pronto.- ou se quisesses eu poderia fazer de barriga de aluguer para ti.
- Oh Ellisa não acredito que farias isso por mim.- diz ela abraçando-me com força.
- Eu faria de tudo para ver a minha família feliz.- ela olha para mim um pouco surpreendida.- Sim Lana podes ainda não ser casada com Jessé mas já fazes parte desta família.
- Tu és sem sobra de duvida a minha melhor amiga!- diz ela sorrindo.
- Acho melhor contares ao Jessé.- digo.- Ele vai compreender.
- Sim tens razão eu hoje vou falar com ele.- diz ela voltando a abraçar-me.

...

O dia passou mais rápido que o normal, depois de Lana ter desabafado tudo fomos sair para comprar roupa. Acabamos por comprar mais coisas para a Emma do que para nós.
No final do dia os rapazes chegaram exaustos, dei força a Lana uma última vez e ela é Jessé saíram para conversar.
- O que se passa?- pergunta Nik enquanto segura Emma em seus braços.
- Lana não pode ter filhos.- digo eu baixinho.
- O quê?- diz ele surpreso.
- Shiu...- digo eu.- É ela quem deve falar não eu.
- Tudo bem, mas tenho pena do Jessé dês que viu Emma que sonha em ter um filho também.- comenta.
- Eu sei. Mas eles ainda podem ter filhos, só que de outras formas.- digo eu.
- Sim, tens razão.- diz ele.- voltando a assuntos mais agradáveis, o que são todos aqueles sacos no nosso quarto?
- Bem, para animar a Lana acabamos por ir às compras ... Mas tu sabes quão entusiasmada eu fico quando vejo coisas para a Emma, não consegui resistir.- digo eu envergonhada.
- Vais acabar por encher o nosso armário com a roupa dela.- diz ele rindo-se.
- Que exagerado. O armário dela tem espaço suficiente para tudo e mesmo que não tivesse eu iria ter de lá ir tirar as coisas que já não lhe servem.- digo meio frustrada.
- Já há assim tanta coisa que não lhe sirva?- pergunta ele.
- Sim, não muitas mas o suficiente para fazer alguma família muito feliz.- digo, nos dois concordamos em doar todo o que já não servisse para famílias necessitadas.
- Ok.- disse ele.
Depois de jantarmos decidimos ir os dois para o quarto, nem a Lana nem Jessé apareceram para jantar e eu estava a começar a ficar preocupada.
- O que vai nessa linda cabeçinha?- pergunta Nik enquanto me arrasta até a cama.
- Nada, só estou um pouco preocupada com eles.- digo enquanto ele me beija o pescoço.
- Eles são adultos, ao de saber como resolver as coisas entre eles.- diz ele continuando o seu caminho.
- Sim, tens razão.- digo poxando-o para um beijo.
...

Amor ao limiteOnde histórias criam vida. Descubra agora