Última roupa entrando na mala e feito! Mal sabia como fechar aquele armazém de roupa, já que não se podia chamar de mala por ser enorme e carregar demasiadas coisas. O senhor Carlos interfonou anunciando que estava embaixo esperando-me.Saboreei-me pela última vez as delícias da dona Cristina, aquele peito de frango com quinoa e brócolos feitos de mão cheia e o suco natural de laranja e cenoura para alegrar mais o meu dia. E sim, comida saudável é essencial todos os dias cá em casa!
Distribui as cartas de despedida em seus respectivos quartos e segui em frente com duas malas, três mochilas e bem, não sei se chamo a bolsa de bolsa ou de pasta.
Carlos ajudou-me a organizar os ditos "armazéns" na bagageira do carro que fechou-se por pura sorte.Despedia cada parte do apartamento com um olhar, ninguém gostava de viver em uma casa enorme com direito a escadas, apartamento era melhor para a família Dovski.
Apreciava o caminho de todo Rio de Janeiro porque iria sentir saudade, e principalmente desse calor.
Já no aeroporto. O alto-falante empurrava um grande som de uma voz doce avisando que o meu voo já ia descolar, ou melhor, dentro de 30 minutos.
Não havia choros, claro! Estava acompanhada da dona Cristina, os meus pais estavam de novo na Ucrânia em missão de trabalho pela milésima vez. Aproveitaram ficar mais uns dias para visitar os avós.
A Tamia estava na creche. Haveria de ficar com saudades dela, mas de certeza ela vai ficar bem.
Andei pela "ponte" até ao avião, despendido a dona Cristina. E entrei no avião, sendo cumprimentada pela a hospedeira.18B.
Quanto azar, sentar no meio de dois desconhecidos. Arrumei a malinha na cabine e coloquei a pasta em baixo do assento em frente.Para não ter nenhum problema com os tais desconhecidos, sentei-me calada e escutando música nos auscultadores. De um lado um velho com a barba branca ainda para fazer, do outro, um adolescente, da minha idade ou talvez uns anos mais velho.
- Oi - disse ele lançando charme
- Oi e pare! - exclamei me ajeitando na cadeira e fechando o cinto. Ele sabia muito bem que mulheres do meu tipo não gostam desse tipo de charme.
Não aguentava nem mais um minuto no meio de dois homens insuportáveis, o velho deitando-se no meu colo e quase babando e por outro lado, o adolescente tarado cantarolando algumas músicas estranhas do estilo electrónico.
Nem o lanchinho pude ter em paz porque o velho não parava de mastigar de boca aberta!(...)
Um lugar limpo, colégio bonito, instalações modernas. Gostei! Cheguei um bocado tarde, porque uma das malas demorou aparecer. Fui a recepção dos quartos e como fui uma das últimas tinha que esperar. Lá também estava o tarado do avião, o tal charmoso e chamativo.
Enquanto esperava por ser chamada, apreciei a recepção com um quadro cheio de chaves de diferente cores, estantes madeiradas, câmeras de vigilância, livros de presença entre outros.
Depois de minutos fui a última sendo chamada juntamente com o tal garoto do avião.- Melanie Dovski e Lucien Burgos - começou a directora nun som perturbador, aquilo me incomodava - Só restamos com um quarto e tentamos de todas as formas, mas temos a triste incumbência de avisar que vocês terão de ficar no mesmo quarto.
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Autora:
Mais um conto ♥️
Obrigada pelo suporte, e por ainda terem de me suportar!
Não esqueça de estrelar ou comentar :)
Bjs, Rebecca 😘
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Na Cama Ao Lado
Short StoryEm Revisão ♥️ Os dois não se dão nem tão pouco bem. Porque que a directora fez isso? A tímida teve que ficar no mesmo quarto que o pegador. E o que deu? ... Romance não, muito menos paixão. E então? Que culpa ele carregaria durante a vida toda? •...